Eficácia e segurança do tramadol em indivíduos com ejaculação prematura: uma revisão baseada na evidência
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732017000600003 |
Resumo: | Objetivos: A ejaculação prematura (EP) é a disfunção sexual masculina mais frequente e a sua prevalência ronda os 20-30%. Nos últimos anos, várias alternativas farmacológicas têm sido usadas no tratamento da EP. Um dos tratamentos usados, on demand, que recentemente mostrou ser promissor no tratamento da EP primária é o tramadol. Contudo, há estudos que demonstram resultados inconsistentes relativamente ao seu uso. Assim, este estudo teve como objetivo rever a evidência mais atual sobre a eficácia e a segurança do uso do tramadol no tratamento da EP. Fontes de dados: National Guideline Clearing House, NICE, Canadian Medical Association Practice Guidelines, DARE, Cochrane, PubMed e TRIP Database. Métodos de revisão: Pesquisa de metanálises (MA), revisões sistemáticas (RS), estudos observacionais e normas de orientação clínica/guidelines baseadas na evidência (NOC), publicadas em português, espanhol e inglês, utilizando os termos MeSH tramadol e premature ejaculation. Foi utilizada a escala Strength of Recommendation Taxonomy (SORT) da American Academy of Family Physicians para atribuição dos níveis de evidência e forças de recomendação. Resultados: Foram obtidos 56 artigos e, destes, sete cumpriram os critérios de inclusão: duas NOC, quatro MA e uma RS. A maioria dos estudos revelou que o uso do tramadol é efetivo relativamente ao placebo, mas não quando comparado com a paroxetina. Porém, as diferentes metodologias aplicadas nos vários estudos contribuíram para a heterogeneidade dos resultados, diminuindo a firmeza das conclusões obtidas. Conclusão: Perante a evidência disponível, esta revisão permitiu-nos concluir que a utilização do tramadol no tratamento da EP apresenta evidência limitada (Força Recomendação B). Serão necessários estudos futuros de elevada qualidade, envolvendo um maior número de indivíduos e com critérios de inclusão semelhantes e uniformização dos outcomes avaliados, de forma a obter conclusões sustentadas sobre o uso de tramadol a longo prazo. |
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