A floresta em Portugal. Causas e consequências da expansão do Eucalipto. Caso de estudo: O concelho de Torres Vedras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Hugo Miguel Vaz Godinho dos Santos
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/26122
Resumo: A floresta deve ser planeada e estruturada de acordo com os interesses ambientais e económicos do país, sem legitimar eventuais impactes ambientais criados. O potencial estratégico deste setor é fundamental para o equilíbrio da balança comercial portuguesa. Os dados atuais mostram que o eucalipto tem visto a sua área de plantação aumentar, em relação a outras espécies, sobretudo por se constituir no principal abastecedor de matéria-prima das indústrias celulósicas e proporcionar aos proprietários não profissionais, um retorno do investimento rápido e apetecível. A adequada gestão florestal das plantações de eucalipto destinadas às indústrias celulósicas tem contribuído, eficazmente, para a proteção e contenção de fogos florestais, assim como para o aumento da produtividade da espécie por hectare. Os proprietários, por vezes menos informados, apostam na plantação de eucalipto como forma de rentabilizar a sua propriedade, esquecendo que o rendimento está dependente da gestão realizada ao longo do ciclo de vida da plantação. O aumento da produtividade da espécie, através da modificação genética, pode vir a ser um importante fator de melhoria do rendimento Embora o Decreto-Lei n.º 96/2013 constitua um instrumento legal que veio simplificar os processos de licenciamento de povoamentos com recurso a espécies florestais e centralizar a informação referente às novas plantações, sem outras medidas complementares, mostra-se insuficiente para acautelar as questões ambientais. O facto da quase totalidade das áreas florestais pertencer a proprietários privados e a inexistência de cadastro predial, constituem fatores que continuam a dificultar a melhoria da gestão da floresta portuguesa. Também o desenvolvimento dos planos regionais para a floresta pressupõe que os proprietários estejam dispostos a trabalhar conjuntamente, através das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), para que a floresta seja composta por diferentes espécies e que, em simultâneo, seja possível ajustar os interesses ambientais com os interesses económicos. As normas previstas pela Forest Stewardship Council (FSC) constituem, de igual modo, importantes ferramentas de reconhecimento e respeito pelas boas práticas e a garantia da preservação dos recursos e biodiversidade.
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A adequada gestão florestal das plantações de eucalipto destinadas às indústrias celulósicas tem contribuído, eficazmente, para a proteção e contenção de fogos florestais, assim como para o aumento da produtividade da espécie por hectare. Os proprietários, por vezes menos informados, apostam na plantação de eucalipto como forma de rentabilizar a sua propriedade, esquecendo que o rendimento está dependente da gestão realizada ao longo do ciclo de vida da plantação. O aumento da produtividade da espécie, através da modificação genética, pode vir a ser um importante fator de melhoria do rendimento Embora o Decreto-Lei n.º 96/2013 constitua um instrumento legal que veio simplificar os processos de licenciamento de povoamentos com recurso a espécies florestais e centralizar a informação referente às novas plantações, sem outras medidas complementares, mostra-se insuficiente para acautelar as questões ambientais. O facto da quase totalidade das áreas florestais pertencer a proprietários privados e a inexistência de cadastro predial, constituem fatores que continuam a dificultar a melhoria da gestão da floresta portuguesa. Também o desenvolvimento dos planos regionais para a floresta pressupõe que os proprietários estejam dispostos a trabalhar conjuntamente, através das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), para que a floresta seja composta por diferentes espécies e que, em simultâneo, seja possível ajustar os interesses ambientais com os interesses económicos. As normas previstas pela Forest Stewardship Council (FSC) constituem, de igual modo, importantes ferramentas de reconhecimento e respeito pelas boas práticas e a garantia da preservação dos recursos e biodiversidade.Forests should be planned and organised based on the country’s environmental and economic interests, without legitimising ecological impacts. The strategic potential of this sector is crucial to the equilibrium of the Portuguese trade balance. Current data shows that eucalyptus plantation area has been growing when compared to other species, mainly due to its importance as raw material to cellulosic industries. Moreover, it also provides retail owners a fast and desirable return on investment. Forest management, most commonly found in cellulosic industries plantings, has effectively contributed to the protection and containment of forest fires, as well as to the increase in productivity per hectare of the species. Sometimes, less-informed owners bet on eucalyptus plantations as a way to monetise their properties, forgetting that the yield is dependent on the management carried out over the plantation life cycle. The increased performance of the species through genetic modification can become an important factor in improving productivity. Although the Decree-Law No 96/2013 constitutes a legal instrument that simplifies plantation licensing processes with forest species and centralizes information related to new plantings without other complementary measures, it is insufficient to safeguard environmental issues. Furthermore, the fact remains that most of the forest areas belong to private owners. Moreover, the lack of land registers constitute factors that continue to hamper the global management of the Portuguese forest. The development of regional plans for the forest assumes that the owners are prone to working together through the Forest Intervention Zones (ZIF) so that the forest can be composed of different species and, at the same time, to align environmental interests with economic interests. The rules of the Forest Stewardship Council (FSC) are important recognition that respect for good practice is a guarantee for the preservation of resources and biodiversity.Ventura, José Eduardo SilvérioRUNGarcia, Hugo Miguel Vaz Godinho dos Santos2019-10-31T01:30:43Z2017-10-312017-03-232017-10-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/26122TID:201751828porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:13:41Zoai:run.unl.pt:10362/26122Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:28:25.226144Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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