Caracterização de materiais argilosos para aplicações terapêuticas: os barros de Beja

• Autor(a) principal: Valente, André Filipe Pereira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/32840
• topic: Solos residuais; Argila; Minerais argilosos; Peloterapia; Gabros de Beja

Os efeitos terapêuticos e/ou cosméticos das argilas são amplamente reconhecidos e o seu uso é tão antigo como a própria humanidade. Têm sido utilizadas em vários países, em termas ou centros de talassoterapia, para tratar problemas reumatológicos, doenças de pele ou para fins cosméticos. Atualmente, o uso de geoprodutos para tratamentos é conhecido como Geoterapia. A Peloterapia é uma variante da Geoterapia e consiste no uso de argilas por via interna ou externa devido às suas propriedades: analgésica, anti inflamatória, cicatrizante, tonificadora, vitalizante e antitóxica. O presente trabalho tem como objetivo principal estudar oito amostras de solos residuais recolhidos na zona de Beja e averiguar se apresentam, ou não, características adequadas para a utilização em peloterapia. Realizaram-se diversos ensaios de caracterização granulométrica, mineralógica, físico-química e tecnológica dessas amostras de argilas. Entre os ensaios realizados para verificação da sua adequabilidade para peloterapia, selecionaram- se: granulométricos como curva granulométrica, sedigraph e superfície específica; mineralógicos por Difração de Raios X (DRX) de agregados orientados e não orientados; físico-químicos por Fluorescência de Raios X (FRX), matéria orgânica (MO), pH, condutividade, Capacidade de Troca Catiónica (CTC); e tecnológicos como tempo de arrefecimento, abrasividade, limites de consistência, expansibilidade, viscosidade, calor específico e absorção de óleo. As amostras Beja 3, Beja 21 e Beja 40 cumprem os valores mínimos aceitáveis para serem utilizadas em peloterapia, no entanto, sugere-se a elaboração de ensaios futuros com o intuito de averiguar se são prejudiciais para a saúde humana e maximizar os seus efeitos benéficos.