Qual o Papel da Flexibilidade Psicol?gica na Satisfa??o com a Vida e Estados Emocionais Negativos na Adolesc?ncia?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://repositorio.ismt.pt/jspui/handle/123456789/1434 |
Resumo: | Introdu??o: ? bem conhecida que a forma como o indiv?duo se relaciona com a sua experi?ncia interna e externa tem um impacto na sua sa?de mental. A literatura tem apontado diferentes processos psicol?gicos, como o autocriticismo, a autotranquiliza??o e a flexibilidade psicol?gica (FP), entre outros, como mecanismos que podem agravar ou proteger o bem-estar psicol?gico. Objetivos: Analisar o contributo ?nico e independente de cada um destes processos no modelo preditor da satisfa??o com a vida em adolescentes. Comparar grupos de adolescentes com diferentes n?veis de flexibilidade psicol?gica em termos de estados emocionais negativos (e.g., ansiedade, depress?o e stress), sentimentos de vergonha (externa e interna) e satisfa??o com a vida. M?todos: A amostra foi composta por 210 adolescentes de escolas p?blicas e/ou privadas (61,9% do sexo feminino e 37,1% do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Os participantes preencheram presencialmente instrumentos de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicol?gica (PsyFlex-A), a vergonha externa e interna (EISS A), o autocriticismo e a autotranquiliza??o (FSCRS-A), sintomas de depress?o, ansiedade e stress (DASS-21) e a perce??o da satisfa??o com a vida (SLSS). Resultados: A matriz das correla??es mostrou uma associa??o positiva e significativa entre a FP e a satisfa??o com a vida e uma atitude de autotranquiliza??o. Inversamente, a FP evidenciou uma associa??o negativa com o autocriticismo, com os estados emocionais negativos (ansiedade, depress?o e stress) e sentimentos de vergonha (externa e interna). O modelo preditor da satisfa??o com a vida revelou que os processos atrav?s dos quais nos relacionamos com a nossa experi?ncia interna e externa explicam cerca de 44% da vari?ncia da satisfa??o com a vida, dando cada um dos processos psicol?gicos um contributo ?nico e independente. A compara??o dos grupos de adolescentes com n?veis baixos e altos de FP mostrou que os participantes se diferenciavam significativamente em todas as vari?veis. Os indiv?duos com flexibilidade alta exibiram valores mais elevados de satisfa??o com a vida e uma atitude mais positiva e calorosa para consigo mesmo. Por sua vez, apresentaram menos sintomas psicopatol?gicos, menos sentimentos de vergonha e uma atitude menos autocr?tica e de auto deprecia??o perante dificuldades ou fracassos. Conclus?o: Os dados obtidos apontam para a import?ncia da flexibilidade psicol?gica na adolesc?ncia, sugerindo que esta atitude adaptativa ? facilitadora da satisfa??o com a vida, podendo ainda proteger do desenvolvimento ou agravamento de estados emocionais negativos, sentimentos de vergonha e de um estilo autocr?tico e auto julgador. Estes resultados refor?am a ideia de como ? importante existir uma avalia??o da flexibilidade psicol?gica nesta fase da vida. / Introduction: It is well known that the way an individual relates to his internal and external experience has an impact on his mental health. The literature has pointed to different psychological processes, such as self-criticism, self-attunement, and psychological flexibility (FP), among others, as mechanisms that can aggravate or protect psychological well-being. Objectives: To analyze the unique and independent contribution of each of these processes in the predictor model of life satisfaction in adolescents. To compare groups of adolescents with different levels of psychological flexibility in terms of negative emotional states (e.g., anxiety, depression and stress), feelings of shame (external and internal) and life satisfaction. Methods: The sample was composed of 210 adolescents from public and/or private schools (61.9% female and 37.1% male), aged 12 to 18 years. Participants completed face-to-face self-report instruments assessing psychological flexibility (PsyFlex-A), external and internal shame (EISS-A), self-criticism and self-tranquilization (FSCRS), symptoms of depression, anxiety, and stress (DASS-21), and perceived life satisfaction (SLSS). Results: The matrix of correlations showed a positive and significant association between FP and life satisfaction and a self-tranquilizing attitude. Conversely, PF showed a negative association with self-criticism, negative emotional states (anxiety, depression and stress) and feelings of shame (external and internal). The predictor model of life satisfaction revealed that the processes through which we relate to our internal and external experience explained about 44% of the variance in life satisfaction, with each of the psychological processes making a unique and independent contribution. Comparison of the groups of adolescents with low and high levels of FP showed that participants differed significantly on all variables. Individuals with high flexibility exhibited higher values of life satisfaction and a more positive and warmer attitude toward themselves. In turn, they exhibited fewer psychopathological symptoms, fewer feelings of shame, and a less self-critical and self-deprecating attitude toward difficulties or failures. Conclusion: The data obtained point to the importance of psychological flexibility in adolescence, suggesting that this adaptive attitude facilitates life satisfaction and may also protect against the development or worsening of negative emotional states, feelings of shame and a self-critical and self-judgmental style. These results reinforce the idea of how important it is to have an assessment of psychological flexibility at this stage of life. |
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Comparar grupos de adolescentes com diferentes n?veis de flexibilidade psicol?gica em termos de estados emocionais negativos (e.g., ansiedade, depress?o e stress), sentimentos de vergonha (externa e interna) e satisfa??o com a vida. M?todos: A amostra foi composta por 210 adolescentes de escolas p?blicas e/ou privadas (61,9% do sexo feminino e 37,1% do sexo masculino), com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. Os participantes preencheram presencialmente instrumentos de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicol?gica (PsyFlex-A), a vergonha externa e interna (EISS A), o autocriticismo e a autotranquiliza??o (FSCRS-A), sintomas de depress?o, ansiedade e stress (DASS-21) e a perce??o da satisfa??o com a vida (SLSS). Resultados: A matriz das correla??es mostrou uma associa??o positiva e significativa entre a FP e a satisfa??o com a vida e uma atitude de autotranquiliza??o. Inversamente, a FP evidenciou uma associa??o negativa com o autocriticismo, com os estados emocionais negativos (ansiedade, depress?o e stress) e sentimentos de vergonha (externa e interna). O modelo preditor da satisfa??o com a vida revelou que os processos atrav?s dos quais nos relacionamos com a nossa experi?ncia interna e externa explicam cerca de 44% da vari?ncia da satisfa??o com a vida, dando cada um dos processos psicol?gicos um contributo ?nico e independente. A compara??o dos grupos de adolescentes com n?veis baixos e altos de FP mostrou que os participantes se diferenciavam significativamente em todas as vari?veis. Os indiv?duos com flexibilidade alta exibiram valores mais elevados de satisfa??o com a vida e uma atitude mais positiva e calorosa para consigo mesmo. Por sua vez, apresentaram menos sintomas psicopatol?gicos, menos sentimentos de vergonha e uma atitude menos autocr?tica e de auto deprecia??o perante dificuldades ou fracassos. Conclus?o: Os dados obtidos apontam para a import?ncia da flexibilidade psicol?gica na adolesc?ncia, sugerindo que esta atitude adaptativa ? facilitadora da satisfa??o com a vida, podendo ainda proteger do desenvolvimento ou agravamento de estados emocionais negativos, sentimentos de vergonha e de um estilo autocr?tico e auto julgador. Estes resultados refor?am a ideia de como ? importante existir uma avalia??o da flexibilidade psicol?gica nesta fase da vida. / Introduction: It is well known that the way an individual relates to his internal and external experience has an impact on his mental health. The literature has pointed to different psychological processes, such as self-criticism, self-attunement, and psychological flexibility (FP), among others, as mechanisms that can aggravate or protect psychological well-being. Objectives: To analyze the unique and independent contribution of each of these processes in the predictor model of life satisfaction in adolescents. 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Os participantes preencheram presencialmente instrumentos de autorresposta que avaliaram a flexibilidade psicol?gica (PsyFlex-A), a vergonha externa e interna (EISS A), o autocriticismo e a autotranquiliza??o (FSCRS-A), sintomas de depress?o, ansiedade e stress (DASS-21) e a perce??o da satisfa??o com a vida (SLSS). Resultados: A matriz das correla??es mostrou uma associa??o positiva e significativa entre a FP e a satisfa??o com a vida e uma atitude de autotranquiliza??o. Inversamente, a FP evidenciou uma associa??o negativa com o autocriticismo, com os estados emocionais negativos (ansiedade, depress?o e stress) e sentimentos de vergonha (externa e interna). O modelo preditor da satisfa??o com a vida revelou que os processos atrav?s dos quais nos relacionamos com a nossa experi?ncia interna e externa explicam cerca de 44% da vari?ncia da satisfa??o com a vida, dando cada um dos processos psicol?gicos um contributo ?nico e independente. A compara??o dos grupos de adolescentes com n?veis baixos e altos de FP mostrou que os participantes se diferenciavam significativamente em todas as vari?veis. Os indiv?duos com flexibilidade alta exibiram valores mais elevados de satisfa??o com a vida e uma atitude mais positiva e calorosa para consigo mesmo. Por sua vez, apresentaram menos sintomas psicopatol?gicos, menos sentimentos de vergonha e uma atitude menos autocr?tica e de auto deprecia??o perante dificuldades ou fracassos. Conclus?o: Os dados obtidos apontam para a import?ncia da flexibilidade psicol?gica na adolesc?ncia, sugerindo que esta atitude adaptativa ? facilitadora da satisfa??o com a vida, podendo ainda proteger do desenvolvimento ou agravamento de estados emocionais negativos, sentimentos de vergonha e de um estilo autocr?tico e auto julgador. Estes resultados refor?am a ideia de como ? importante existir uma avalia??o da flexibilidade psicol?gica nesta fase da vida. / Introduction: It is well known that the way an individual relates to his internal and external experience has an impact on his mental health. The literature has pointed to different psychological processes, such as self-criticism, self-attunement, and psychological flexibility (FP), among others, as mechanisms that can aggravate or protect psychological well-being. Objectives: To analyze the unique and independent contribution of each of these processes in the predictor model of life satisfaction in adolescents. To compare groups of adolescents with different levels of psychological flexibility in terms of negative emotional states (e.g., anxiety, depression and stress), feelings of shame (external and internal) and life satisfaction. 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The predictor model of life satisfaction revealed that the processes through which we relate to our internal and external experience explained about 44% of the variance in life satisfaction, with each of the psychological processes making a unique and independent contribution. Comparison of the groups of adolescents with low and high levels of FP showed that participants differed significantly on all variables. Individuals with high flexibility exhibited higher values of life satisfaction and a more positive and warmer attitude toward themselves. In turn, they exhibited fewer psychopathological symptoms, fewer feelings of shame, and a less self-critical and self-deprecating attitude toward difficulties or failures. Conclusion: The data obtained point to the importance of psychological flexibility in adolescence, suggesting that this adaptive attitude facilitates life satisfaction and may also protect against the development or worsening of negative emotional states, feelings of shame and a self-critical and self-judgmental style. These results reinforce the idea of how important it is to have an assessment of psychological flexibility at this stage of life. |
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