Importância da amamentação no desenvolvimento craniofacial, perspetiva dos médicos obstetras: estudo transversal

• Autor(a) principal: Pereira, Nádia Filipa Santos
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/12743
• topic: Amamentação; Profissionais de saúde; Médicos obstetras; Desenvolvimento do sistema estomatognático; Desenvolvimento craniofacial; Breastfeeding; Healthcare professionals; Obstetricians; Stomatognatic system development; Craniofacial development; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Medicina Clínica

Objetivos: Avaliar o conhecimento e perspetiva dos médicos obstetras sobre a importância da amamentação no desenvolvimento craniofacial. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal observacional, por aplicação de um questionário online dirigido a médicos obstetras. Foi também efetuada uma pesquisa bibliográfica de artigos publicados nas bases de dados Pubmed/MEDLINE e SciELO de janeiro a julho de 2023. Resultados: A amostra consistiu em 66 médicos obstetras, com idade média de 46,1 anos, sendo que 86,4% eram do género feminino e 62,1% desempenham a sua atividade profissional nos setores público e privado. Dos questionados, 87,9% afirmaram que obtiveram conhecimentos acerca da amamentação na sua formação, 53% abordam o tema da amamentação apenas com as grávidas que o questionam e 93,9% informam as grávidas sobre as possíveis dificuldades na amamentação. Grande percentagem dos participantes (81,8%), afirmaram que a ausência da amamentação condiciona o desenvolvimento craniofacial, mais de 60% referiu que pode condicionar o desenvolvimento da oclusão dentária da criança, do padrão de deglutição e respiratório. Metade dos participantes, 57,6% referiu que condiciona a fonação e a articulação das palavras. Conclusão: O estudo evidenciou que os médicos obstetras, além de demonstrarem conhecimentos acerca da amamentação, também incentivam e orientam as grávidas a adotar esse ato e demonstraram algum conhecimento relativamente às alterações orofaciais resultantes da ausência da amamentação. Não foram encontrados estudos que apresentassem dados sobre o conhecimento de obstetras sobre a temática, recomendando-se a realização de mais estudos, com uma abordagem metodológica semelhante de forma a validar os resultados obtidos.