Portadores inactivos do VHB: 25 anos de evolução
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/82082 |
Resumo: | Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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Portadores inactivos do VHB: 25 anos de evoluçãoHBV inactive carriers: 25 years of evolutionhepatite Bportador inactivoCHCAgHBshepatitis Binactive carrierHCCHBsAgTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) representa um problema de saúde global e possui uma história natural complexa e heterogénea. Os portadores inactivos constituem a porção maioritária que, apesar de apresentarem um prognóstico normalmente benigno, têm baixo risco de complicações, destacando-se cirrose e carcinoma hepatocelular (CHC). Consequentemente, é necessário delinear uma estratégia de seguimento que melhor se adapte a este grupo de doentes.Objectivo: Avaliação da evolução a longo prazo de um grupo de portadores inactivos do VHB.Materiais e métodos: A partir de uma população de antigos dadores de sangue AgHBs positivo (n=184), e aplicando critérios de exclusão, obteve-se o grupo de estudo (n=60) de portadores inactivos do VHB. A sua evolução no espaço de 25 anos foi avaliada. Procedeu-se à observação de dados analíticos, clínicos e demográficos. Teve-se em conta resultados imagiológicos e terapêuticos pré-existentes.Resultados: Partindo do grupo inicial (n=60) e do período médio de tempo de diagnóstico (24,1±2,0 [19; 28] anos), verificou-se que 38 doentes (63,3%) usufruíram de algum tipo de seguimento. 17 doentes (28,3%) apresentaram AgHBs negativo, sendo a taxa de seroconversão de 1,2% ao ano. Foi detectado apenas um doente (1,67%) com complicações (CHC), reflectindo-se numa taxa de 0,04% ao ano. Nenhum dos casos apresentou valores superiores aos de referência para a ALT (<45 U/L). Para valores de HBV-DNA<2000 IU/mL, observaram-se 52 doentes (86,7%), tendo os restantes 8 (13,3%) valores de HBV-DNA>2000 IU/mL.Discussão: Os resultados deste estudo revelam que o prognóstico de portadores inactivos é benigno, corroborando trabalhos semelhantes. O risco de complicações é baixo e a vigilância anual (através de doseamentos de ALT e DNA-HBV) é essencial para detectar e prevenir possíveis complicações (cirrose, CHC) e a ocorrência de reactivação. Este estudo abrangeu a evolução clínica de doentes AgHBs positivo (n=60) no espaço de cerca de duas décadas e meia, clarificando as implicações desta doença, nomeadamente a necessidade de uma estratégia de seguimento. Tendo em conta a escassez de dados relativos a este tema, este estudo veio também reforçar a noção de que mais trabalhos semelhantes, com maiores grupos de estudo e com um follow-up de várias décadas, serão necessários para definir a estratégia de seguimento mais eficaz para estes doentes. O doseamento do nível de AgHBs e a elastografia hepática poderão ser abordagens promissoras para complementar os actuais métodos de follow-up, contribuindo para uma melhor monitorização dos portadores inactivos.Introduction: Hepatitis B virus (HBV) infection stands as a global health issue and has a highly variable and complex natural history. HBV inactive carriers constitute the largest group of infected patients. Their prognosis is usually benign and although having a low risk of complications, progression to cirrhosis or hepatocellular carcinoma (HCC) may occur. Therefore, an adequate follow-up strategy is required.Aim: Evaluate the long-term evolution of a HBV inactive carriers cohort.Methods: From a positive HBsAg population sample of former blood donors (n=184) and after the application of exclusion criteria, a cohort of 60 patients was obtained. The 25-year evolution of this group (n=60) was analyzed and recorded. Analytical, clinical and demographic data were considered.Results: 60 HBV inactive carriers were studied (30,4% females, 69,6% males, mean age 37,9 ±11,7 [12;70] years). The mean time since diagnosis was 24,1±2,0 [19;28] years. 38 patients (63,3%) had a regular follow-up. 17 patients (28,3%) became HBsAg negative, with a yearly incidence of 1,2%. HCC was recorded in 1 patient (1,67%), with a yearly incidence of 0,04%. In every subject, the values of ALT were normal (<45 U/L). 52 patients (86,7%) had HBV-DNA<2000 IU/mL and 8 (13,3%) had HBV-DNA>2000 IU/mL.Conclusion: The results revealed that the prognosis of HBV inactive carriers is benign. The risk of complications is low and a close monitoring (through ALT and HBV-DNA assessment) is required in order to prevent and detect cirrhosis, HCC or spontaneous reactivation. Further data is needed to improve the management strategy of these patients.2017-06-019999-12-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82082http://hdl.handle.net/10316/82082TID:202048217porGomes, Tiago Malhó Lorgainfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-27T10:48:05Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82082Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:03.481189Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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