Diagnosis Related Groups e Disease Staging : importância para a administração hospitalar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/19697 |
Resumo: | RESUMO - A caracterização e a medição da produção hospitalar são de importância decisiva para o conhecimento do que se produz (quer em termos quantitativos quer qualitativos), de como e quem produz, para o apuramento dos custos de produção e para a identificação de elementos que permitam o conhecimento do funcionamento e do desempenho dos hospitais. A medição da produção hospitalar no internamento pode ser realizada, em Portugal no momento presente e de forma sistemática, com recurso a duas metodologias: os Diagnosis Related Groups — designados por Grupos de Diagnósticos Homogéneos em Portugal — e o (Coded) Disease Staging. Neste contexto, este artigo pretende reflectir sobre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging enquanto instrumentos de identificação e medição da produção hospitalar. Assim, apresenta-se uma revisão da literatura relativamente aos aspectos críticos das metodologias para identificar e medir a produção hospitalar. Posteriormente, são descritos os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging com base na literatura publicada. Dadas as diferenças na lógica de funcionamento das duas metodologias, foram seleccionados dois casos concretos da base de dados dos resumos de alta de 2006 de forma a ilustrar as divergências centrais entre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging. No artigo segue-se a apresentação das principais vantagens e desvantagens de cada uma das metodologias. Conclui-se afirmando que os dois sistemas preconizam diferentes abordagens, pois enquanto os DRG se baseiam no que foi feito e estão intimamente ligados à oferta de cuidados, fruto do seu enfoque no consumo de recursos, o Disease Staging centra-se nas características do doente e no seu risco de morte, pelo que está posicionado do lado da procura de cuidados. No entanto, quer os DRG quer o (Coded) Disease Staging são retrospectivos, defendendo-se que a utilização de sistemas clínicos que disponibilizem informações sobre a situação do doente no momento da admissão, durante a estadia e na alta é mais adequada para a identificação e medição da produção. Finalmente, parece importante sublinhar que, embora estas áreas por vezes justifiquem a existência de tensões e de conflitos entre os diversos agentes do sector da saúde, nomeadamente sobre a supremacia de determinadas abordagens, metodologias e procedimentos para se cumprirem os objectivos e finalidades da política, da regulação e da administração em saúde, um elemento parece consensual neste panorama — a necessidade de se identificar, medir e comparar a produção hospitalar. |
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Diagnosis Related Groups e Disease Staging : importância para a administração hospitalarDiagnosis Related Groups and Disease Staging : relevance for hospital administrationDiagnosis Related GroupsDisease StagingSistemas de classificação de doentesCase-mixHospitaisAdministração hospitalarPatient classification systemsHospitalsHospital administrationRESUMO - A caracterização e a medição da produção hospitalar são de importância decisiva para o conhecimento do que se produz (quer em termos quantitativos quer qualitativos), de como e quem produz, para o apuramento dos custos de produção e para a identificação de elementos que permitam o conhecimento do funcionamento e do desempenho dos hospitais. A medição da produção hospitalar no internamento pode ser realizada, em Portugal no momento presente e de forma sistemática, com recurso a duas metodologias: os Diagnosis Related Groups — designados por Grupos de Diagnósticos Homogéneos em Portugal — e o (Coded) Disease Staging. Neste contexto, este artigo pretende reflectir sobre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging enquanto instrumentos de identificação e medição da produção hospitalar. Assim, apresenta-se uma revisão da literatura relativamente aos aspectos críticos das metodologias para identificar e medir a produção hospitalar. Posteriormente, são descritos os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging com base na literatura publicada. Dadas as diferenças na lógica de funcionamento das duas metodologias, foram seleccionados dois casos concretos da base de dados dos resumos de alta de 2006 de forma a ilustrar as divergências centrais entre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging. No artigo segue-se a apresentação das principais vantagens e desvantagens de cada uma das metodologias. Conclui-se afirmando que os dois sistemas preconizam diferentes abordagens, pois enquanto os DRG se baseiam no que foi feito e estão intimamente ligados à oferta de cuidados, fruto do seu enfoque no consumo de recursos, o Disease Staging centra-se nas características do doente e no seu risco de morte, pelo que está posicionado do lado da procura de cuidados. No entanto, quer os DRG quer o (Coded) Disease Staging são retrospectivos, defendendo-se que a utilização de sistemas clínicos que disponibilizem informações sobre a situação do doente no momento da admissão, durante a estadia e na alta é mais adequada para a identificação e medição da produção. Finalmente, parece importante sublinhar que, embora estas áreas por vezes justifiquem a existência de tensões e de conflitos entre os diversos agentes do sector da saúde, nomeadamente sobre a supremacia de determinadas abordagens, metodologias e procedimentos para se cumprirem os objectivos e finalidades da política, da regulação e da administração em saúde, um elemento parece consensual neste panorama — a necessidade de se identificar, medir e comparar a produção hospitalar.ABSTRACT - The case-mix measurement is relevant to know the hospital output (both in quantitative and qualitative terms), who produced it, how it was produced, how much did it cost and to evaluate hospital performance. Currently in Portugal, the case-mix of inpatient admissions can be measured with two methods: Diagnosis Related Groups and (Coded) Disease Staging. The purpose of this article is to discuss the potential of Diagnosis Related Groups and Disease Staging to measure inpatient case-mix. The authors review the literature on the critical aspects of patient classification systems in general and describe the two methods mentioned above. Then the article presents two examples from the administrative database of 2006 to illustrate the main differences between Diagnosis Related Groups and Disease Staging. The advantages and disadvantages of the two patient classification systems are also reviewed. The authors conclude that Diagnosis Related Groups and Disease Staging reflect two different approaches. The first is based on the care provided and is closely related to the supply side, due to its focus on resource consumption. The second focuses on patients’ characteristics and their risk of death, which places it on the demand side. However, both Diagnosis Related Groups and (Coded) Disease Staging are retrospective, being more adequate to measure case-mix with prospective patient classification systems, which provide information on the patients’ status on admission, during stay and on discharge. Finally, it is important to highlight that even within the context of possible conflicts between inpatient department’s stakeholders, namely about the supremacy of certain approaches, methods and procedures to accomplish the goals of policy, regulation and administration, the need to identify, measure and compare case-mix seems consensual.Universidade Nova de Lisboa, Escola Nacional de Saúde PúblicaRUNCosta, CarlosLopes, SílviaSantana, Rui2017-01-04T10:14:44Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/19697por0870-9025info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:01:40Zoai:run.unl.pt:10362/19697Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:25:37.760760Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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RESUMO - A caracterização e a medição da produção hospitalar são de importância decisiva para o conhecimento do que se produz (quer em termos quantitativos quer qualitativos), de como e quem produz, para o apuramento dos custos de produção e para a identificação de elementos que permitam o conhecimento do funcionamento e do desempenho dos hospitais. A medição da produção hospitalar no internamento pode ser realizada, em Portugal no momento presente e de forma sistemática, com recurso a duas metodologias: os Diagnosis Related Groups — designados por Grupos de Diagnósticos Homogéneos em Portugal — e o (Coded) Disease Staging. Neste contexto, este artigo pretende reflectir sobre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging enquanto instrumentos de identificação e medição da produção hospitalar. Assim, apresenta-se uma revisão da literatura relativamente aos aspectos críticos das metodologias para identificar e medir a produção hospitalar. Posteriormente, são descritos os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging com base na literatura publicada. Dadas as diferenças na lógica de funcionamento das duas metodologias, foram seleccionados dois casos concretos da base de dados dos resumos de alta de 2006 de forma a ilustrar as divergências centrais entre os Diagnosis Related Groups e o Disease Staging. No artigo segue-se a apresentação das principais vantagens e desvantagens de cada uma das metodologias. Conclui-se afirmando que os dois sistemas preconizam diferentes abordagens, pois enquanto os DRG se baseiam no que foi feito e estão intimamente ligados à oferta de cuidados, fruto do seu enfoque no consumo de recursos, o Disease Staging centra-se nas características do doente e no seu risco de morte, pelo que está posicionado do lado da procura de cuidados. No entanto, quer os DRG quer o (Coded) Disease Staging são retrospectivos, defendendo-se que a utilização de sistemas clínicos que disponibilizem informações sobre a situação do doente no momento da admissão, durante a estadia e na alta é mais adequada para a identificação e medição da produção. Finalmente, parece importante sublinhar que, embora estas áreas por vezes justifiquem a existência de tensões e de conflitos entre os diversos agentes do sector da saúde, nomeadamente sobre a supremacia de determinadas abordagens, metodologias e procedimentos para se cumprirem os objectivos e finalidades da política, da regulação e da administração em saúde, um elemento parece consensual neste panorama — a necessidade de se identificar, medir e comparar a produção hospitalar. |
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