Alvenarias de blocos de terra - influência das argamassas de assentamento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/18284 |
Resumo: | A terra foi dos primeiros materiais de construção utilizados, uma vez que a construção com este material surgiu com as primeiras sociedades agrícolas. Utilizada durante milénios, caiu em desuso durante o século XX com o desenvolvimento de novas técnicas construtivas realizadas com base em cimento. A utilização de materiais provenientes do próprio local de produção e construção ou de zonas próximas permite reduzir consumos energéticos e correspondentes libertações de CO2 em transportes. Por outro lado a preparação da terra para ser utilizada também não implica elevados consumos energéticos, uma vez que se baseia apenas numa escavação, destorroamento e homogeneização. A terra de escavação é classificada como resíduo de escavação; assim, a sua aplicação na construção resulta numa redução dos custos e dos consumos para transporte até entidades de gestão de resíduos e sua gestão como resíduo. Um bloco de terra pode não conter qualquer adição de ligante ou conter apenas uma percentagem baixa (sempre inferior a 50% da utilizada para a produção de betão para blocos). Nas alvenarias de blocos de terra estes são normalmente interligados através de argamassas, com as quais têm de ser compatíveis fisicamente e mecanicamente. Todas estas questões merecem atualmente um grande interesse com vista a uma maior ecoeficiência da construção. No entanto, a variedade existente na composição dos solos dificulta a normalização da construção com terra, havendo necessidade de um maior conhecimento das características deste tipo de construção e dos materiais de terra utilizados. Recentemente tem sido dedicado a este tipo de construção um maior interesse por parte da indústria e comunidade científica. Nos países mais desenvolvidos, como é o caso da Alemanha, este interesse levou à publicação de normas que definem os requisitos e ensaios que as argamassas de assentamento de terra, os blocos de terra e os rebocos de terra, sem qualquer estabilização química, devem cumprir para poderem ser aplicados. Neste artigo apresentam-se os requisitos e os métodos de ensaio que a norma alemã define para argamassas de assentamento de terra e uma comparação com a norma europeia para argamassas de assentamento. Para validação apresenta-se a caracterização de uma argamassa de assentamento de terra estabilizada produzida em condições de laboratório na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa. São apresentados e discutidos os resultados para a argamassa em estudo, procurando classificá-la de acordo com as normas e comparados os resultados com os obtidos por outros autores em estudos anteriores, salientando os principais requisitos de uma argamassa de assentamento. |
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