História e evolução do conceito de bem-estar subjectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galinha, Iolanda Costa
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Ribeiro, José Luís Pais
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/1060
Resumo: O artigo é uma revisão de literatura que pretende expor os movimentos Sócio-históricos, ao longo dos quais evoluiu o conceito de Bem-Estar Subjectivo. A abrangência do conceito coloca-o numa posição de intersecção de vários domínios da Psicologia, designadamente, a Psicologia Social, a Psicologia da Saúde e a Psicologia Clínica. A história do conceito, analisada por diferentes investigadores, aponta heranças históricas distintas, relacionadas com a convergência de origens teóricas distintas. Nesse sentido, identifica-se uma primeira herança nos movimentos sociais inspirados no Iluminismo e no Utilitarismo, que impulsionaram a investigação na área da Qualidade de Vida. Uma segunda herança, relaciona-se com os desenvolvimentos no campo da Saúde, designadamente, a 2ª Revolução da Saúde, na década de 70, cujos princípios centrais consistiram em defender o retorno a uma perspectiva ecológica na Saúde e mudar o enfoque das questões da doença para as questões da Saúde. Recentemente, a Psicologia Clínica vem abraçar o conceito de Bem-Estar Subjectivo, no contexto da chamada Psicologia Positiva. Qualquer das heranças Sócio-históricas contribuiu para o desenvolvimento da investigação na área de Bem-Estar Subjectivo, nas suas várias facetas e aplicações. Paralelamente, o conceito de Bem-Estar Subjectivo evoluiu através de limites difusos, atravessando dois momentos críticos na sua definição: a distinção Bem-Estar Material versus Bem-Estar Global; e, a distinção Bem-Estar Psicológico versus Bem-Estar Subjectivo. Definimos o Bem-Estar Subjectivo, como é entendido actualmente, a partir dos principais investigadores da área e observamos um consenso na aceitação de uma dimensão cognitiva e de uma dimensão afectiva do conceito. Estas dimensões, constituem elas mesmas conceitos abrangentes, domínios de estudo – o conceito de Qualidade de Vida e o conceito de Afecto. Alargámos ainda a definição do Bem-Estar Subjectivo, enquanto campo de estudo, aos critérios científicos definidos pelos investigadores da área. ------ ABSTRACT ------ The article is a literature revision aiming to describe the historicalpolitical movements that influenced the development of the Subjective Well-Being concept. The concept stands in an intersection point of several Psychology fields: Social Psychology; Health Psychology; and Clinical Psychology. The history of the concept, analysed by some of the main researchers in the field points out distinct historical inheritances, related with the convergence of distinct theoretical origins. A first inheritance is the social movements inspired in the Illuminist and Utilitarian Creed, which stimulated scientific research in the area of the Quality of Life. A second inheritance, is related with developments in the Health field, pointedly, the 2nd Health Revolution, in 70’s decade, whose main principles consisted on defending the return to an ecological perspective in Health and changing the focus of the questions from the Illness to Health. Recently, Clinical Psychology embraces the concept of Subjective Well-Being in the context of the so called Positive Psychology. Each of the socio-politics inheritances contributed for the promotion of the research on the concept of Subjective Well-being, in its several facets and applications. Simultaneously, the concept of Subjective Well-Being developed from diffuse limits through two critical moments in the definition of the construct: the distinction Material Well-being versus Global Well-Being; and the distinction Psychological Well-Being versus Subjective Well-Being. Subjective Well-Being is defined, based on several definitions from the main researchers in the field and we can observe some consensus in the recognition of a cognitive dimension and an affective dimension. These dimensions constitute themselves broad concepts, even research domains – the Quality of Life and Affect. We extended the definition of Subjective Well-Being, as a research field, to the scientific criteria established by investigators of the field.
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Uma segunda herança, relaciona-se com os desenvolvimentos no campo da Saúde, designadamente, a 2ª Revolução da Saúde, na década de 70, cujos princípios centrais consistiram em defender o retorno a uma perspectiva ecológica na Saúde e mudar o enfoque das questões da doença para as questões da Saúde. Recentemente, a Psicologia Clínica vem abraçar o conceito de Bem-Estar Subjectivo, no contexto da chamada Psicologia Positiva. Qualquer das heranças Sócio-históricas contribuiu para o desenvolvimento da investigação na área de Bem-Estar Subjectivo, nas suas várias facetas e aplicações. Paralelamente, o conceito de Bem-Estar Subjectivo evoluiu através de limites difusos, atravessando dois momentos críticos na sua definição: a distinção Bem-Estar Material versus Bem-Estar Global; e, a distinção Bem-Estar Psicológico versus Bem-Estar Subjectivo. 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The history of the concept, analysed by some of the main researchers in the field points out distinct historical inheritances, related with the convergence of distinct theoretical origins. A first inheritance is the social movements inspired in the Illuminist and Utilitarian Creed, which stimulated scientific research in the area of the Quality of Life. A second inheritance, is related with developments in the Health field, pointedly, the 2nd Health Revolution, in 70’s decade, whose main principles consisted on defending the return to an ecological perspective in Health and changing the focus of the questions from the Illness to Health. Recently, Clinical Psychology embraces the concept of Subjective Well-Being in the context of the so called Positive Psychology. Each of the socio-politics inheritances contributed for the promotion of the research on the concept of Subjective Well-being, in its several facets and applications. Simultaneously, the concept of Subjective Well-Being developed from diffuse limits through two critical moments in the definition of the construct: the distinction Material Well-being versus Global Well-Being; and the distinction Psychological Well-Being versus Subjective Well-Being. Subjective Well-Being is defined, based on several definitions from the main researchers in the field and we can observe some consensus in the recognition of a cognitive dimension and an affective dimension. These dimensions constitute themselves broad concepts, even research domains – the Quality of Life and Affect. We extended the definition of Subjective Well-Being, as a research field, to the scientific criteria established by investigators of the field.Sociedade Portuguesa de Psicologia da SaúdeRepositório do ISPAGalinha, Iolanda CostaRibeiro, José Luís Pais2011-11-08T21:03:40Z2005-01-01T00:00:00Z2005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/1060porPsicologia, Saúde & Doenças, 6 (2), 203-2141645-0086info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:37:09Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/1060Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:19:09.139315Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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