Abordagem dos médicos veterinários aos partos distócicos em bovinos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Francisco Maria Líbano Monteiro Rocha e
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/29741
Resumo: Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Clínica
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Este trabalho foi desenvolvido como o intuito de averiguar o conhecimento prático de médicos veterinários (MV) portugueses na gestão de partos distócicos em bovinos e comparar com o que está descrito na literatura. O estudo foi executado através do envio de um questionário aos MV que trabalham com bovinos (carne e leite), resultando em 74 respostas. Concluímos, que os MV portugueses apresentam um bom entendimento das várias áreas que abrangem a abordagem aos partos distócicos em bovinos. No entanto, os resultados revelam alguns achados importantes de serem discutidos. Verificou-se em primeiro lugar que os MV não assumem o papel central no bem-estar e saúde dos animais, passando parte dessa responsabilidade para o produtor, pois 50% (47/74) dos inquiridos diz que só são chamados depois do produtor ter tentado resolver o caso sozinho e 30% (22/74) dos MV considera que 60% a 100% dos partos distócicos são assistidos só pelo produtor. Além do mais, o maneio do colostro para 16% (12/74) dos inquiridos é da responsabilidade do produtor e 20% dos MV não fazem a administração do colostro aos vitelos (15/74). Relativo ao maneio da dor, do total dos MV inquiridos, 68% (50/74) considera realizar analgesia com um anti-inflamatório não esteroide em qualquer situação após um parto distócico. Nesta temática, a literatura não existe consenso sobre o uso de AINE no pós-parto, parecendo só haver consenso na utilidade de realizar analgesia em distócias severas. Dos AINE utilizados no pós-parto, o mais utilizado pelos MV inquiridos é a flunixina meglumine, no entanto, a literatura parece estar em consenso que o uso deste AINE aumenta o risco de retenção placentária. Foi identificado através deste questionário que muitos veterinários excedem o tempo descrito na literatura de tracção dos fetos num parto distócico. As duas maiores causas de distócia para os inquiridos são a (desproporção feto materna) DFM e mau posicionamento fetal. Em suma, os MV portugueses apresentam um bom entendimento da abordagem aos partos distócicos em bovinos, sendo muito importante nunca esquecer o seu papel central na saúde e bem-estar dos bovinos nas explorações portuguesasABSTRACT - Veterinarians' approach to dystocia in cattle - A dystocia can be defined as an obstetric problem, which occurs when the first or second stage of calving extends for longer than the period considered normal for the animal in question, requiring assistance. On a beef farm, dystocia is responsible for approximately 1/3 of all neonatal deaths and a calf born from a dystocia is five times more at risk of dying compared to a calf born from a eutocic birth. In dairy farms, approximately half of all dystocias result in stillbirths. The negative impacts on fertility, milk production, puerperal diseases and calf vitality are also noteworthy. This work was developed with the aim of investigating the practical knowledge of Portuguese veterinarians (MV) in the management of dystocia in cattleand to compare this with what is described in the literature. The study was carried out by sending a questionnaire to MV who work with cattle (meat and milk), resulting in 74 responses. We conclude that Portuguese MV have a good understanding of the various areas involved in dealing with dystocia in cattle. However, the results reveal some findings that are important to discuss. Firstly, it was found that the MV do not take a central role in the welfare and health of the animals, passing part of this responsibility on to the producer, as 50% (47/74) of those surveyed said that they are only called in after the producer has tried to resolve the case alone and 30% (22/74) of the MV consider that 60% to 100% of dystocia calvings are assisted by theproducer alone. Furthermore, for 16% (12/74) of the respondents, colostrum management is the responsibility of the producer and 20% of the MV do not administer colostrum to the calves after performing the calving (15/74). Concerning pain management, 68% (50/74) of the MV surveyed said that analgesia with a non-steroidal anti inflammatory drug is always performed after a dystocia. There is no consensus in the literature on the use of NSAIDs in the postpartum period, although there seems to be consensus on the usefulness of analgesia in severe dystocia. Of the NSAIDs used in the postpartum period, the one most frequently used by the MV surveyed is flunixin meglumine. However, the literature seems to agree that the use of thisNSAID increases the risk of retain placenta. n. It was identified through this questionnaire thatmany MV exceed the time described in the literature for fetal traction in a dystocia delivery. The two major causes of dystocia for the respondents were DFM (feto-maternal disproportion) and fetal malposition. In summary, Portuguese MV have a good understanding of the approachto dystocia in cattle, nevertheless it is very important for all MV to never forget the central role they play in the health and welfare of cattle on Portuguese farmsUniversidade de Lisboa, Faculdade de Medicina VeterináriaCamejo, João Paulo Reia SalgueiroStilwell, George ThomasRepositório da Universidade de LisboaMello, Francisco Maria Líbano Monteiro Rocha e2024-01-09T12:29:37Z2023-11-172023-11-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/29741TID:203493524porMello FMLLR. 2023. Abordagem dos médicos veterinários aos partos distócicos em bovinos [dissertação de mestrado]. Lisboa: FMV-Universidade de Lisboainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-18T01:31:35Zoai:www.repository.utl.pt:10400.5/29741Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:40:26.687872Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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