Sexting, satisfação nas relações, satisfação sexual e estilos de vinculação: um estudo retrospetivo com adultos portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Varela, Daniela Filipa da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/18568
Resumo: O objetivo do presente estudo foi explorar as relações entre o comportamento de sexting e a satisfação na relação e a satisfação sexual, considerando os estilos de vinculação, de jovens adultos portugueses em relacionamentos amorosos estáveis. A amostra foi composta por um total de 117 indivíduos entre os 18 e os 44 anos. Os participantes responderam ao questionário sociodemográfico, questionário sobre a sua história de relacionamentos e comportamentos sexuais, The Couples Satisfaction Index (CSI), New Sexual Satisfaction Scale (NSSS) e Experiences in Close Relationships (ECR). As correlações indicaram que a avaliação do sexting se relaciona positivamente com a satisfação sexual centrada no eu e, o comportamento de sexting é um preditor da satisfação sexual centrada na atividade e no parceiro. A avaliação do sexting também se relaciona positivamente com a satisfação na relação, enquanto o comportamento de sexting registou uma correlação negligenciável. Relativamente aos estilos de vinculação, ambos se correlacionaram negativamente com as duas dimensões da satisfação sexual e com a satisfação na relação. No que concerne às duas dimensões da satisfação sexual, foi possível concluir que se correlacionam positivamente. Por último, os resultados indicaram que, quanto maior a satisfação na relação maior a satisfação sexual nas suas duas dimensões. Na atualidade, o sexting parece já não ser visto como um comportamento desviante, mas sim contribuindo para possíveis benefícios nos relacionamentos amorosos. Este estudo revelou-se um contributo importante na literatura direcionada a uma ótica positiva do sexting. A mudança no paradigma da comunicação interpessoal e a altura pandémica em que vivemos torna também o estudo pertinente.
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