Gnosticismo e dualismo anticósmico: génese remota de uma crise
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/38064 |
Resumo: | O presente ensaio tenta mostrar como o dualismo anticósmico, característico da maioria dos sistemas gnósticos da Antiguidade, deixou marcas traumáticas até aos nossos dias, nas relações do ser humano com o cosmo e a natureza. Ao contrapor radicalmente Espírito e Matéria, Deus e o Demiurgo, o mundo divino sumamente perfeito e «estrangeiro», a este mundo material e mau, terra «estranha» e «exílio forçado» em que o gnóstico se sente «fora de casa»; ao propor uma metafísica antitética baseada na sola gnosis, não podemos deixar de ver no gnosticismo antigo as premissas remotas que enfermaram a nossa cultura, marcada pelo paradigma conflitual na relação do homem com o mundo e suas criaturas, e, assim contribuíram para a degradação da relação do habitante com o habitat. |
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Gnosticismo e dualismo anticósmico: génese remota de uma criseGnosticism and anticosmic dualism: remote genesis of a crisisGnosticismoDualismoCosmoAnticosmismoMalEcologiaGnosticismDualismCosmosAnticosmismEvil/MalumEcologyO presente ensaio tenta mostrar como o dualismo anticósmico, característico da maioria dos sistemas gnósticos da Antiguidade, deixou marcas traumáticas até aos nossos dias, nas relações do ser humano com o cosmo e a natureza. Ao contrapor radicalmente Espírito e Matéria, Deus e o Demiurgo, o mundo divino sumamente perfeito e «estrangeiro», a este mundo material e mau, terra «estranha» e «exílio forçado» em que o gnóstico se sente «fora de casa»; ao propor uma metafísica antitética baseada na sola gnosis, não podemos deixar de ver no gnosticismo antigo as premissas remotas que enfermaram a nossa cultura, marcada pelo paradigma conflitual na relação do homem com o mundo e suas criaturas, e, assim contribuíram para a degradação da relação do habitante com o habitat.The present essay attempts to show how anti-cosmic dualism, characteristic of most ancient Gnostic systems, has left traumatic marks up to the present day on the relations of the human being with the cosmos and nature. By radically opposing Spirit and Matter, God and the Demiurge, the supremely perfect and “foreign” divine world, to this material and evil world – a “strange” land and “forced exile” in which the Gnostic feels “homeless”; by proposing an antithetical metaphysics based on sola gnosis, we can see in ancient Gnosticism the remote premises which have sickened our culture, marked by the conflictual paradigm in the relationship of man with the world and its creatures, and, thus, have contributed to the degradation of the inhabitant-habitat relationship.Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaLamelas, Isidro2022-07-04T13:19:02Z2022-05-042022-05-04T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/38064por2184-577810.34632/ephata.2022.10404info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:43:33Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/38064Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:31:01.401660Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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