Retinopatia diabética: relatório de estágio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1141 |
Resumo: | A Diabetes Mellitus, constitui hoje um grave problema social em todo o mundo ocidental por ser a principal causa de cegueira em população economicamente ativa. Esta patologia tem repercussões por todo o organismo, sendo a retinopatia diabética a complicação oftalmológica de maior relevo, e sobre a qual incide este trabalho. As alterações morfológicas das paredes vasculares a par com o aumento da permeabilidade da barreira hemato-retiniana constituem as alterações primordiais da Retinopatia Diabética; apenas detetáveis nas fases incipientes da doença através de preparações histológicas ou aquando da realização de angiografia fluoresceínica. A Retinopatia Diabética cursa então entre diversos estádios clínicos, que são definidos pelos diferentes achados oftalmológicos presentes. Os microaneurismas são o primeiro achado detetado por oftalmoscopia; e subsequente a estes surgem as primeiras zonas de oclusão capilar, hemorragias retinianas e exsudatos duros. A progressão da doença leva a um estádio mais avançado, no qual surgem os primeiros indícios de isquémia que culminam no aparecimento de novos vasos. A neovascularização e o edema macular, por serem os principais responsáveis pelo decréscimo de acuidade visual em pacientes diabéticos constituem um quadro clínico com pior prognóstico. A progressão mais ou menos rápida da doença está associada a condições que o sujeito não consegue controlar, como a idade ou o tipo de diabetes; mas também depende de vários fatores da sua inteira responsabilidade, como a alimentação, a administração regular da medicação e um bom controlo metabólico. A melhor forma de tratamento passa assim, em primeira instância, pela prevenção através de uma vigilância cuidadosa de todos estes fatores modificáveis. Em formas mais avançadas da retinopatia diabética recorre-se à terapêutica cirúrgica por fotocoagulação e/ ou por vitrectomia. Como estas técnicas raramente permitem uma recuperação total da visão, e porque muitas vezes causam danos irreversíveis a melhor opção é sempre um diagnóstico atempado e um acompanhamento meticuloso, por profissionais da visão, nas fases incipientes da doença, para retardar o mais possível as complicações que lhe sucedem. |
id |
RCAP_026f7072bb67ef6d76633ba969b5d518 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1141 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Retinopatia diabética: relatório de estágioDiabetes Mellitus - RetinopatiaRetinopatia diabéticaRetinopatia diabética - Factores de riscoRetinopatia diabética - PrevençãoRetinopatia diabética - DiagnósticoVitrectomiaMicroaneurismaIsquémia retinianaA Diabetes Mellitus, constitui hoje um grave problema social em todo o mundo ocidental por ser a principal causa de cegueira em população economicamente ativa. Esta patologia tem repercussões por todo o organismo, sendo a retinopatia diabética a complicação oftalmológica de maior relevo, e sobre a qual incide este trabalho. As alterações morfológicas das paredes vasculares a par com o aumento da permeabilidade da barreira hemato-retiniana constituem as alterações primordiais da Retinopatia Diabética; apenas detetáveis nas fases incipientes da doença através de preparações histológicas ou aquando da realização de angiografia fluoresceínica. A Retinopatia Diabética cursa então entre diversos estádios clínicos, que são definidos pelos diferentes achados oftalmológicos presentes. Os microaneurismas são o primeiro achado detetado por oftalmoscopia; e subsequente a estes surgem as primeiras zonas de oclusão capilar, hemorragias retinianas e exsudatos duros. A progressão da doença leva a um estádio mais avançado, no qual surgem os primeiros indícios de isquémia que culminam no aparecimento de novos vasos. A neovascularização e o edema macular, por serem os principais responsáveis pelo decréscimo de acuidade visual em pacientes diabéticos constituem um quadro clínico com pior prognóstico. A progressão mais ou menos rápida da doença está associada a condições que o sujeito não consegue controlar, como a idade ou o tipo de diabetes; mas também depende de vários fatores da sua inteira responsabilidade, como a alimentação, a administração regular da medicação e um bom controlo metabólico. A melhor forma de tratamento passa assim, em primeira instância, pela prevenção através de uma vigilância cuidadosa de todos estes fatores modificáveis. Em formas mais avançadas da retinopatia diabética recorre-se à terapêutica cirúrgica por fotocoagulação e/ ou por vitrectomia. Como estas técnicas raramente permitem uma recuperação total da visão, e porque muitas vezes causam danos irreversíveis a melhor opção é sempre um diagnóstico atempado e um acompanhamento meticuloso, por profissionais da visão, nas fases incipientes da doença, para retardar o mais possível as complicações que lhe sucedem.Diabetes Mellitus is now a serious social problem throughout the Western world for being the leading cause of blindness in the economically active population. This pathology has repercussions throughout the body, being diabetic retinopathy ophthalmological complication of greater importance, and on which this paper focuses. The morphological changes of vascular walls along with the increased permeability of bloodretinal barrier are the primary changes of diabetic retinopathy, only detectable in the incipient stages of the disease through histological preparations or on the day of fluorescein angiography. The Diabetic Retinopathy then evolves between different clinical stages, which are defined by different ophthalmological present. The microaneurysms are the first findings detected by ophthalmoscopy, and subsequent to these are the first areas of capillary occlusion, retinal hemorrhages and hard exudates. Disease progression leads to a more advanced stage, in which appear the first signs of ischemia culminating in the appearance of new vessels. Neovascularization together with macular edema, being the main responsible for the decrease of visual acuity in diabetic patients constitute a clinical picture with a worse prognosis. The more or less rapid progression of the disease is associated with conditions that the subject can not control, such as age or type of diabetes, but also depends on several factors at your own risk, as nutrition, regular administration of medication and a good metabolic control. The best treatment is to monitor all these factors, vigilantly which associated with a healthy lifestyle allows a better prognosis for the patient. More advanced forms of diabetic retinopathy require to surgical treatment by photocoagulation and / or vitrectomy. As these techniques rarely allow full recovery of vision, and because they often cause irreversible damage the best option is prompt diagnosis and thorough monitoring by professionals of vision, in an early stage of the disease, to delay the possible complications that succeed it.Universidade da Beira InteriorLeite, Eugénio Óscar Luiz BatistaCantante, CátiauBibliorumSilva, Carla Sofia Caria da2013-03-27T11:54:17Z2012-062012-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1141porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:36:38Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1141Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:03.499288Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
title |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
spellingShingle |
Retinopatia diabética: relatório de estágio Silva, Carla Sofia Caria da Diabetes Mellitus - Retinopatia Retinopatia diabética Retinopatia diabética - Factores de risco Retinopatia diabética - Prevenção Retinopatia diabética - Diagnóstico Vitrectomia Microaneurisma Isquémia retiniana |
title_short |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
title_full |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
title_fullStr |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
title_full_unstemmed |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
title_sort |
Retinopatia diabética: relatório de estágio |
author |
Silva, Carla Sofia Caria da |
author_facet |
Silva, Carla Sofia Caria da |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Leite, Eugénio Óscar Luiz Batista Cantante, Cátia uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Carla Sofia Caria da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diabetes Mellitus - Retinopatia Retinopatia diabética Retinopatia diabética - Factores de risco Retinopatia diabética - Prevenção Retinopatia diabética - Diagnóstico Vitrectomia Microaneurisma Isquémia retiniana |
topic |
Diabetes Mellitus - Retinopatia Retinopatia diabética Retinopatia diabética - Factores de risco Retinopatia diabética - Prevenção Retinopatia diabética - Diagnóstico Vitrectomia Microaneurisma Isquémia retiniana |
description |
A Diabetes Mellitus, constitui hoje um grave problema social em todo o mundo ocidental por ser a principal causa de cegueira em população economicamente ativa. Esta patologia tem repercussões por todo o organismo, sendo a retinopatia diabética a complicação oftalmológica de maior relevo, e sobre a qual incide este trabalho. As alterações morfológicas das paredes vasculares a par com o aumento da permeabilidade da barreira hemato-retiniana constituem as alterações primordiais da Retinopatia Diabética; apenas detetáveis nas fases incipientes da doença através de preparações histológicas ou aquando da realização de angiografia fluoresceínica. A Retinopatia Diabética cursa então entre diversos estádios clínicos, que são definidos pelos diferentes achados oftalmológicos presentes. Os microaneurismas são o primeiro achado detetado por oftalmoscopia; e subsequente a estes surgem as primeiras zonas de oclusão capilar, hemorragias retinianas e exsudatos duros. A progressão da doença leva a um estádio mais avançado, no qual surgem os primeiros indícios de isquémia que culminam no aparecimento de novos vasos. A neovascularização e o edema macular, por serem os principais responsáveis pelo decréscimo de acuidade visual em pacientes diabéticos constituem um quadro clínico com pior prognóstico. A progressão mais ou menos rápida da doença está associada a condições que o sujeito não consegue controlar, como a idade ou o tipo de diabetes; mas também depende de vários fatores da sua inteira responsabilidade, como a alimentação, a administração regular da medicação e um bom controlo metabólico. A melhor forma de tratamento passa assim, em primeira instância, pela prevenção através de uma vigilância cuidadosa de todos estes fatores modificáveis. Em formas mais avançadas da retinopatia diabética recorre-se à terapêutica cirúrgica por fotocoagulação e/ ou por vitrectomia. Como estas técnicas raramente permitem uma recuperação total da visão, e porque muitas vezes causam danos irreversíveis a melhor opção é sempre um diagnóstico atempado e um acompanhamento meticuloso, por profissionais da visão, nas fases incipientes da doença, para retardar o mais possível as complicações que lhe sucedem. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-06 2012-06-01T00:00:00Z 2013-03-27T11:54:17Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/1141 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/1141 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade da Beira Interior |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade da Beira Interior |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136330588880896 |