Caracterização de nanopartículas de prata coloidais dispersas em solos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Cindy Novo de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/12181
Resumo: As nanopartículas de prata (AgNP) têm sido usadas de modo crescente pela indústria. Devido às suas propriedades antibacterianas, são vários os produtos em que estas partículas são adicionadas. Desde pastas dentífricas a cosméticos, tintas a têxteis, as AgNP são utilizadas em larga escala, o que aumenta a sua dispersão em águas residuais quer urbanas quer industriais. Na sequência da libertação de AgNP para águas residuais poderá ocorrer contaminação de águas superficiais, subterrâneas e solos. O destino das AgNP aquando a sua dispersão no ambiente tem vindo a ser estudado nos últimos anos. Em particular, o seu comportamento químico em meios aquosos e nos solos, assim como o seu impacto nos ecossistemas tem sido alvo de estudo de forma a perceber as implicações do seu uso quotidiano. Nos solos, as AgNP podem ser absorvidas por plantas, e entrar na alimentação de animais e do Homem, com possíveis efeitos prejudiciais para a saúde. As concentrações que atingem no ambiente e as alterações que possam sofrer durante o seu percurso afetarão o seu impacto. É por isso necessário estudar o comportamento dessas partículas e o seu destino, para entendermos se elas realmente representam uma ameaça à saúde e ao ambiente e regulamentar o seu uso. Assim, este trabalho teve por objetivo caracterizar AgNP dispersas em solos. As análises efetuadas ao longo do estudo permitiram concluir que o pH dos solos não é afetado pela presença de AgNP e que as AgNP são fortemente retidas no fração sólida dos solos. A concentração de prata recolhida nas soluções de solo é baixa (< 10% da concentração de Ag adicionada) e a Ag encontra-se, principalmente, sob a forma de iões em solução. A soma da percentagem recolhida na solução de solo e da percentagem de prata obtida após extração com HNO3 2 mol L-1 da fração sólida do solo nunca ultrapassa os 30% do Ag adicionado. Foi ainda possível construir modelos empíricos que explicam a concentração de prata em solução às 24, 48 e 72 horas, sendo que em todos os casos se observou que a concentração de prata é função da concentração de Fe em solução.
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