O CDS-PP no contexto da Nova Direita Europeia. Uma nova via para o poder

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Catarina Antunes
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/671
Resumo: Na década de 80 do séc. XX, a Europa assiste ao nascimento de um novo tipo de partidos políticos da ala mais à direita do espectro político europeu. Enquanto as elites políticas defendem o reforço da unidade e da democracia, assiste-se ao ressurgimento de velhos fantasmas da extrema-direita. Contudo, estes “novos” partidos, renegam o legado dos fascismos e adoptam uma nova postura democrática, com uma nova agenda política, amplamente abrangentes em termos eleitorais, sem no entanto deixarem de se definir como verdadeiros partidos de direita. Nos anos 90 chegam mesmo ao poder em alguns dos mais importantes países europeus através de coligações governativas e noutros ensombram as cadeiras do poder às quais só não chegam graças a grandes mobilizações do eleitorado dos vários quadrantes políticos alarmado por velhos medos. Em Portugal assiste-se a uma situação diferente. Nos anos 80 vive-se a consolidação de uma democracia demasiado jovem. As circunstâncias históricas não deram espaço à criação de um partido declaradamente de extrema-direita, de alguma forma herdeiro do regime deposto. Porém, nos anos noventa, o CDS-PP, um partido errático e até certo ponto indefinido no seu desígnio, ressurge de um quase desaparecimento para um novo rumo. E é sob a direcção do líder Paulo Portas que a sua estratégia eleitoral se vai aproximar eficazmente aos novos partidos da extrema-direita pós-industrial europeia ao ponto de, pela primeira vez em muitos anos, formar governo, ainda que em coligação. Os seus programas eleitorais entre os anos de 1999 e 2005 demonstram bem a estratégia eleitoral que o partido segue, a sua nova linguagem política e, em última análise, a aproximação aos partidos congéneres europeus.
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