Avaliação da Densidade de Pigmento Macular em Doentes Medicados com Hidroxicloroquina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.48560/rspo.7533 |
Resumo: | Introdução: A retinopatia provocada pela hidroxicloroquina (HCQ) é rara e potencialmente irreversível, sendo fundamental a sua detecção precoce. Existem várias técnicas disponíveis para a medição da macular pigment optical density (MPOD), sendo uma delas a fotometria intermitente heterocromática (FIH). Material e Métodos: Estudo transversal, com uma amostra de 35 olhos de 18 doentes a realizar tratamento contínuo com HCQ. Avaliaram-se as queixas visuais, duração do tratamento, dose cumulativa, dose diária total e diária ajustada ao peso, melhor acuidade visual corrigida (MAVC), biomicroscopia do segmento anterior, fundoscopia e quantificação da MPOD através do método de FIH com o aparelho QuantifEyeÒ. Os resultados foram comparados com um grupo de controlo ajustado para a idade. Resultados: Foram avaliados 35 olhos de 18 doentes com uma média de idade de 53,7±12,9 anos, constituída exclusivamente por mulheres. Nenhum apresentava queixas visuais, alterações na biomicroscopia ou maculares, e todos tinham MAVC ³0,80. Verificou-se uma MPOD média de 0,39±0,10 no grupo medicado com HCQ e de 0,49±0,12 no grupo de controlo (p<0,01). Objectivou-se associação entre a MPOD e a dose cumulativa de HCQ (r=-0,33; p<0,05). Conclusões: Este estudo permite-nos concluir que existe uma diferença significativa da MPOD em doentes medicados com HCQ, previamente ao aparecimento de sintomas ou sinais fundoscópicos de toxicidade. A MPOD correlaciona-se com a dose cumulativa do fármaco. Ao nosso melhor conhecimento, este é o primeiro estudo que avalia a MPOD com a FIH em doentes medicados com HCQ. A sua utilização pode ser vantajosa e complementar a avaliação destes doentes. |
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