The Bell-beaker complex in Portugal: an overview

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, João Luís
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.2/6468
Resumo: A diversidade e heterogeneidade dos dados relativos ao complexo campaniforme no território português está na origem deste artigo. Com efeito, a quantidade significativa da informação reunida nos últimos anos relativamente a todas as regiões do país justificou esta tentativa de sistematização, a qual será seguida pela discussão das principais questões por aquela sugeridas. Como questões de maior importância relevam-se as seguintes: 1 – a cronologia absoluta relativamente recuada do fenómeno campaniforme em algumas áreas do território português, com destaque para a Estremadura, situando o seu início inquestionavelmente no segundo quartel do 3.º milénio a. C.; 2 – a longa diacronia do estilo marítimo clássico, considerado o mais antigo, o qual atingiu os primeiros séculos do 2.º milénio a. C. considerando as datações disponíveis, que em consequência, conviveu ao longo de toda a sua existência com as produções campaniformes de carácter regional, como o estilo geométrico -pontilhado e o inciso ; 3 – a coexistência entre cerâmicas decoradas campaniformes e produções decoradas regionais, por vezes segregadas em uma mesma estação, sugerindo a existência de duas populações socialmente distintas; e, finalmente, 4 – a correlação, na região da Baixa Estremadura, entre a tipologia dos recipientes campaniformes e as características de implantação dos sítios onde ocorrem, observando -se, no decurso da 2.ª metade do 3.º milénio a. C., a presença dominante de vasos marítimos nos povoados de altura fortificados e das restantes produções, em geral mais grosseiras, nos sítios abertos situados nos espaços adjacentes. Deste modo, parece observar -se segregação social, denunciada pelo uso diferenciado de recipientes campaniformes, com os elementos mais proeminentes de cada comunidade a ocuparem os pontos altos, utilizando vasos marítimos, destinados a beber e eventualmente associados a práticas rituais, enquanto que nos pequenos povoados abertos vivia a parte mais numerosa da população, entregue às atividades agropecuárias, utilizando produções mais grosseiras, por vezes de grandes dimensões, relacionadas com o armazenamento.
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O fenómeno campaniforme em Portugal: uma síntese
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