Envelhecimento ativo e qualidade de vida : Um estudo em Cabo Verde
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/20.500.11960/1968 |
Resumo: | O índice de envelhecimento populacional em África deverá aumentar drasticamente ao longo das próximas décadas (Pillay & Maharaj, 2013). Face a esta realidade há que criar condições para a população idosa, de forma a promover um envelhecimento ativo aliado a uma boa qualidade de vida. O envelhecimento ativo pode ser considerado como um processo de adaptação que ocorre ao longo da vida (Fernandez-Ballesteros, 2009), aplicando-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais, permitindo que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental (OMS, 2005). Por sua vez a qualidade de vida pode ser entendida pela satisfação do indivíduo resultante da importância que ele atribui a diferentes domínios, nomeadamente, bem-estar material, saúde, produtividade, intimidade, segurança, comunidade e bem-estar emocional (Cummins, 1997, como citado em Canavarro & Vaz Serra, 2010). O presente estudo de natureza quantitativa e transversal tem como objetivos principais: (1) caracterizar a qualidade de vida de pessoas na vida adulta e na velhice e (2) analisar as relações entre qualidade de vida e variáveis sociodemográficas. Participaram neste estudo 51 indivíduos, com idades compreendidas entre os 50 e os 99 anos (M = 68,9; DP = 12,7), na sua maioria a residir em casa e a frequentar os Centros de Dia na cidade da Praia em Cabo Verde. Na recolha de dados utilizou-se uma ficha sociodemográfica e a versão portuguesa do WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2010). Em geral, os resultados sugerem que os participantes percecionam uma qualidade de vida razoável nos vários domínios. Os participantes obtiveram valores médios mais elevados no domínio psicológico (M = 66,8; DP = 12,1) e valores médios mais baixos no domínio ambiente (M = 51,1; DP = 12,6). Verificou-se ainda que os participantes reformados percecionam melhor qualidade de vida em comparação com os participantes ativos (empregados ou desempregados) ao nível da faceta geral da qualidade de vida e do domínio psicológico. Estes resultados apontam que os indivíduos do presente estudo possuem uma qualidade de vida razoável. Também se concluiu que, a cultura e o género sendo determinantes transversais do envelhecimento ativo, influenciam e interfere a forma como as gerações mais novas se relacionam com os mais velhos, tendo em conta sempre estes aspetos na implementação de políticas para a terceira idade. |
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Por sua vez a qualidade de vida pode ser entendida pela satisfação do indivíduo resultante da importância que ele atribui a diferentes domínios, nomeadamente, bem-estar material, saúde, produtividade, intimidade, segurança, comunidade e bem-estar emocional (Cummins, 1997, como citado em Canavarro & Vaz Serra, 2010). O presente estudo de natureza quantitativa e transversal tem como objetivos principais: (1) caracterizar a qualidade de vida de pessoas na vida adulta e na velhice e (2) analisar as relações entre qualidade de vida e variáveis sociodemográficas. Participaram neste estudo 51 indivíduos, com idades compreendidas entre os 50 e os 99 anos (M = 68,9; DP = 12,7), na sua maioria a residir em casa e a frequentar os Centros de Dia na cidade da Praia em Cabo Verde. Na recolha de dados utilizou-se uma ficha sociodemográfica e a versão portuguesa do WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2010). Em geral, os resultados sugerem que os participantes percecionam uma qualidade de vida razoável nos vários domínios. Os participantes obtiveram valores médios mais elevados no domínio psicológico (M = 66,8; DP = 12,1) e valores médios mais baixos no domínio ambiente (M = 51,1; DP = 12,6). Verificou-se ainda que os participantes reformados percecionam melhor qualidade de vida em comparação com os participantes ativos (empregados ou desempregados) ao nível da faceta geral da qualidade de vida e do domínio psicológico. Estes resultados apontam que os indivíduos do presente estudo possuem uma qualidade de vida razoável. Também se concluiu que, a cultura e o género sendo determinantes transversais do envelhecimento ativo, influenciam e interfere a forma como as gerações mais novas se relacionam com os mais velhos, tendo em conta sempre estes aspetos na implementação de políticas para a terceira idade.The rate of population aging in Africa is expected to increase dramatically over the coming decades (Pillay & Maharaj, 2013). Faced with this reality is to create conditions for the elderly population, in order to promote active aging combined with a good quality of life. Active aging can be considered as a process of adaptation that occurs throughout life (Fernandez-Ballesteros, 2009), applying to both individuals and population groups, allowing people to realize their potential for physical well-being, social and mental health (WHO, 2005). In turn, quality of life can be understood by the individual's satisfaction resulting from the importance he attaches to different areas, including welfare, material, health, productivity, intimacy, safety, community and emotional wellbeing (Cummins, 1997, as quoted in Canavarro & Vaz Serra, 2010). This quantitative study and cross sectional main objectives: to characterize the quality of life of people in adulthood and old age and analyze the relationship between quality of life and sociodemographic variables. 51 individuals participated, aged between 50 and 99 years (M = 68.9, SD = 12.7), mostly residing in the community and attending day centers in Praia in Cape Verde. To collect the data we used a sociodemographic data sheet and the Portuguese version of the WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2010). Overall, the results showed that participants perceive one reasonable quality of life in various fields. Participants had higher average values at the psychological domain (M = 66.8, SD = 12.1) and lower levels in the field environment (M = 51.1, SD = 12.6). It was also found that participants retired perceive better quality of life compared with participants active (employed or unemployed) at the facet of general and psychological domain. These results suggest that individuals in this study have a reasonable quality of life. It was also found that culture and gender are determinants of active aging cross influence and interfere with the way the younger generations relate to the older, taking into account every aspect in the implementation of these policies to seniors.2018-01-15T17:44:02Z2013-03-26T00:00:00Z2013-03-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/20.500.11960/1968TID:201820005porCorreia, Lenilda Sanchesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-21T14:43:50Zoai:repositorio.ipvc.pt:20.500.11960/1968Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:44:40.712025Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O índice de envelhecimento populacional em África deverá aumentar drasticamente ao longo das próximas décadas (Pillay & Maharaj, 2013). Face a esta realidade há que criar condições para a população idosa, de forma a promover um envelhecimento ativo aliado a uma boa qualidade de vida. O envelhecimento ativo pode ser considerado como um processo de adaptação que ocorre ao longo da vida (Fernandez-Ballesteros, 2009), aplicando-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais, permitindo que as pessoas percebam o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental (OMS, 2005). Por sua vez a qualidade de vida pode ser entendida pela satisfação do indivíduo resultante da importância que ele atribui a diferentes domínios, nomeadamente, bem-estar material, saúde, produtividade, intimidade, segurança, comunidade e bem-estar emocional (Cummins, 1997, como citado em Canavarro & Vaz Serra, 2010). O presente estudo de natureza quantitativa e transversal tem como objetivos principais: (1) caracterizar a qualidade de vida de pessoas na vida adulta e na velhice e (2) analisar as relações entre qualidade de vida e variáveis sociodemográficas. Participaram neste estudo 51 indivíduos, com idades compreendidas entre os 50 e os 99 anos (M = 68,9; DP = 12,7), na sua maioria a residir em casa e a frequentar os Centros de Dia na cidade da Praia em Cabo Verde. Na recolha de dados utilizou-se uma ficha sociodemográfica e a versão portuguesa do WHOQOL-BREF (Canavarro et al., 2010). Em geral, os resultados sugerem que os participantes percecionam uma qualidade de vida razoável nos vários domínios. Os participantes obtiveram valores médios mais elevados no domínio psicológico (M = 66,8; DP = 12,1) e valores médios mais baixos no domínio ambiente (M = 51,1; DP = 12,6). Verificou-se ainda que os participantes reformados percecionam melhor qualidade de vida em comparação com os participantes ativos (empregados ou desempregados) ao nível da faceta geral da qualidade de vida e do domínio psicológico. Estes resultados apontam que os indivíduos do presente estudo possuem uma qualidade de vida razoável. Também se concluiu que, a cultura e o género sendo determinantes transversais do envelhecimento ativo, influenciam e interfere a forma como as gerações mais novas se relacionam com os mais velhos, tendo em conta sempre estes aspetos na implementação de políticas para a terceira idade. |
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