Solidão inacabada: um estudo sobre o amor e o erotismo em Vergílio Ferreira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10451/8789 |
Resumo: | Tese de mestrado, Estudos Comparatistas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013 |
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Solidão inacabada: um estudo sobre o amor e o erotismo em Vergílio FerreiraFerreira, Virgílio, 1916-1996 - Crítica e interpretaçãoAmor - Na literaturaErotismo - Na literaturaTeses de mestrado - 2013Tese de mestrado, Estudos Comparatistas, Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2013Partindo do pressuposto vergiliano de que o erotismo moderno assenta no paradoxo de pretender validar um interdito em que já não acredita pelo aliciante de o poder negar, tenta-se compreender neste trabalho de que forma Vergílio Ferreira tentou reconduzir o apelo erótico a uma dimensão estritamente humana. É assim que na sua obra ficcional o erotismo aparece não já sob o signo da profanação, que pressupõe um valor transcendente a profanar, mas sob o signo da violação. Se ele é ainda antes de mais violência, ele é agora resultado do desespero que toma os indivíduos na impossibilidade de acederem a um «tu» cujo «eu» interior se fecha em intangibilidade, dado que um «eu» é a presença de si a si próprio que não extravasa. Porém, no rescaldo dessa violência que remete o arranque do erotismo para uma solidão irremediável descobre Vergílio Ferreira uma possibilidade de afirmar ainda uma comunhão: precisamente a comunhão de solidões que como solidões se reconhecessem para construir uma aliança sobre a terra. O amor seria assim o que no homem remetesse para um limite que negasse a sua solidão e o instalasse em presença do que o saldaria em perfeição. Nesse limite impossível, defende Vergílio Ferreira, está o máximo que o homem deve aspirar para não deixar de ser homem, agora que verdadeiramente o pode ser na sequência da morte de Deus e seus sucedâneos.Abstract Assuming with Vergílio Ferreira that the modern eroticism is based on the paradox of pretending to validate an interdict, which one does not believe anymore, for the pleasure of negating it, in this work we try to understand the way with which Vergílio Ferreira tried to bring the erotic appeal to a strictly human dimension. That’s why in his fictional work eroticism is no longer presented under the sign of profanation, which presupposes a transcending value to be profaned, but under the sign of violation. If the mark of violence is still manifest in this eroticism, it now relegates from the despair that strikes individuals when pursuing in vain the «you» whose internal “I” reveals itself intangible, since the “I” is the singular presence of one to himself. However, in the aftermath of such a violence, Vergílio Ferreira seems to find a way in which a communion can still be asserted: the communion of solitudes that as solitudes recognize themselves so that they can build an alliance over earth. Love would thus be what in man refers to the limit that would overcome his loneliness and settle him in presence of what would redeem him. In this impossible limit, as defends Vergílio Ferreira, is the summit of what man should aspire so that he would always be a man, now that he can finally be truly a man after the death of God and its substitutes.Costa, Fernanda GilRepositório da Universidade de LisboaMoita, João2013-07-15T10:24:31Z20122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/8789porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T15:52:44Zoai:repositorio.ul.pt:10451/8789Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:33:10.587371Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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