Prevenir contra o lobo mau ou despertar a bela adormecida : estudo de caso sobre as práticas e perceções associadas à internet entre os alunos do Agrupamento de Escolas do Vale de Ovil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Hermínia da Conceição Marques dos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/9477
Resumo: Vivemos rodeados de tecnologia. No presente, a Internet é sustentáculo de uma sociedade onde a informação e a comunicação alastram às diversas vertentes da vida humana, transformando-as em pilares da organização política, económica, social e cultural. Num contexto de mudanças vertiginosas, o poder político tem procurado criar medidas e ações, nacionais e comunitárias, de incentivo às tecnologias da informação e da comunicação. Mas não só. A evolução acelerada dos media e o papel relevante assumido pela Internet trazem também repercussões para a educação e formação. A Escola do século XXI foi invadida por um conjunto de novos aprendentes e às suas bibliotecas chega um público heterogéneo que é preciso conhecer. Diversas são as questões que podem ser levantadas quando olhamos para as crianças e jovens que frequentam as nossas escolas. Não será importante sabermos em que medida a infoexclusão afeta os estudantes da Escola onde trabalhamos? Ou então compreendermos os medos que associam à Internet? E que fontes de saber intervêm na aprendizagem através da Internet? Ou ainda percebermos quais são as suas perceções relativamente às vantagens e perigos de utilização da Internet, aos direitos de autor ou ao tipo de mediação parental a que consideram estar sujeitos? Ao estudarmos a Internet e o uso que pode ser dado a este media nas nossas Escolas, é importante desmitificarmos receios e dúvidas, pormos de lado os preconceitos, analisando-o de forma objetiva e abrangente, sem nos restringirmos a uma visão parcelar dos problemas. A partir de um estudo de caso, realizado numa escola do concelho mais interior do distrito do Porto, procurou-se conhecer quais as perceções dos alunos sobre as práticas, potencialidades, medos e riscos associados à Internet. Os resultados obtidos com este estudo revelam aproximações com a realidade nacional no que toca à tendência para as crianças e jovens valorizarem a Internet e a aprendizagem que ela possibilita. Contudo, também se encontraram algumas especificidades, decorrentes da interioridade do concelho face à região em que se insere e de certas características sociológicas que seria importante explorar num futuro estudo. Nos documentos orientadores da vida escolar e no plano de ação da biblioteca, não pode ser ignorado que há alunos que não realizam a avaliação da informação encontrada na Internet, não identificam as referências bibliográficas que usam ou não respeitam os direitos de autor particularmente a nível das imagens e registos musicais. Não se pode descurar os casos dos que acedem a conteúdos que os pais se soubessem achariam impróprios e alteram o horário de repouso devido ao tempo que dedicam à Internet. A partir destas e de outras informações cria-se um ponto de partida para um trabalho mais aprofundado na capacitação das crianças e jovens para o uso seguro, crítico e responsável da Internet. Investir nas literacias é uma aposta a não perder. Elas são um fator decisivo para se transformar a informação em conhecimento e incrementar a riqueza económica de um país.
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A evolução acelerada dos media e o papel relevante assumido pela Internet trazem também repercussões para a educação e formação. A Escola do século XXI foi invadida por um conjunto de novos aprendentes e às suas bibliotecas chega um público heterogéneo que é preciso conhecer. Diversas são as questões que podem ser levantadas quando olhamos para as crianças e jovens que frequentam as nossas escolas. Não será importante sabermos em que medida a infoexclusão afeta os estudantes da Escola onde trabalhamos? Ou então compreendermos os medos que associam à Internet? E que fontes de saber intervêm na aprendizagem através da Internet? Ou ainda percebermos quais são as suas perceções relativamente às vantagens e perigos de utilização da Internet, aos direitos de autor ou ao tipo de mediação parental a que consideram estar sujeitos? Ao estudarmos a Internet e o uso que pode ser dado a este media nas nossas Escolas, é importante desmitificarmos receios e dúvidas, pormos de lado os preconceitos, analisando-o de forma objetiva e abrangente, sem nos restringirmos a uma visão parcelar dos problemas. A partir de um estudo de caso, realizado numa escola do concelho mais interior do distrito do Porto, procurou-se conhecer quais as perceções dos alunos sobre as práticas, potencialidades, medos e riscos associados à Internet. Os resultados obtidos com este estudo revelam aproximações com a realidade nacional no que toca à tendência para as crianças e jovens valorizarem a Internet e a aprendizagem que ela possibilita. Contudo, também se encontraram algumas especificidades, decorrentes da interioridade do concelho face à região em que se insere e de certas características sociológicas que seria importante explorar num futuro estudo. Nos documentos orientadores da vida escolar e no plano de ação da biblioteca, não pode ser ignorado que há alunos que não realizam a avaliação da informação encontrada na Internet, não identificam as referências bibliográficas que usam ou não respeitam os direitos de autor particularmente a nível das imagens e registos musicais. Não se pode descurar os casos dos que acedem a conteúdos que os pais se soubessem achariam impróprios e alteram o horário de repouso devido ao tempo que dedicam à Internet. A partir destas e de outras informações cria-se um ponto de partida para um trabalho mais aprofundado na capacitação das crianças e jovens para o uso seguro, crítico e responsável da Internet. Investir nas literacias é uma aposta a não perder. Elas são um fator decisivo para se transformar a informação em conhecimento e incrementar a riqueza económica de um país.We live surrounded by technology. In the present, Internet supports a society where information and communication spread to various aspects of human life, turning them into pillars of political, economic, social and culture organization. In a context of rapid changes, political power tried to develop measures and actions, nationals and communities, to encourage technology of information and communication. But not only. The accelerated evolution of the media and the role assumed by the Internet also brought implications for education and training. The School of the XXI century was invaded by a new set of learners and their libraries were sought by a heterogeneous audience that we need to understand better. Many are the questions that can be raised when we contact to the children and young people who frequent our schools. Wouldn´t it be important to know how the digital divide affects the students where we work? Or understand the fears associated with the Internet? And what sources of knowledge are involved in learning through the Internet? Or even realize what their perceptions concerning the advantages and dangers of using the Internet, the copyright or the type of parental mediation that they consider to be subject to? When we study the Internet and the use that can be given to this media in our schools, it is important to demystify fears and doubts, put aside opinions and analyze it objectively without restricting ourselves to a partial view of problems. From a case study, conducted in a school in a county within the district of Porto, which tried to know the perceptions of students with practices, opportunities, fears and risks associated with the Internet. The results of this study show approximations with national reality, for example in the tendency of children and young people value the Internet and the learning by it. However, we also found some specific features, which are the result of the geographic location of the county and certain sociological characteristics that would be important to explore in a future study. The guidelines documents of the school life and the action plan of the library can’t ignore that there are students who do not make the evaluation of information they find on the Internet, do not identify the references and citations or do not respect the copyright particularly when they use images and music recordings. We can’t overlook the cases of acess to content that parents would consider inappropriate and children who change the hours of rest due to the time spent on the Internet. From these and other information it is possible to create a starting point for a further work on developing a safe, critical and responsible use of the Internet. Investments in literacy are needed. The literacy is a decisive fator to transform information into knowledge and to increase the economic wealth of a country.Lagarto, José ReisVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaSantos, Hermínia da Conceição Marques dos2012-12-03T14:16:13Z2012-02-2420112012-02-24T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/9477TID:201614758porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-09T01:34:59Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/9477Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:25.957971Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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