A mecanização dos exércitos no período entre Guerras (1919-1939) : a evolução dos veículos blindados com rodas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Manuel Mateus Bernardo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/44150
Resumo: A utilização dos veículos com rodas nos combates foi registada desde a antiguidade pré-clássica. Mas foi a invenção do motor de combustão interna e do automóvel, que permitiu a criação de viaturas motorizadas para a arte da guerra, no início do século XX. Durante a Primeira Guerra Mundial surgiram veículos blindados e armados, que tinham como novidade a velocidade aliada ao poder de fogo, primeiro equipados com rodas e depois com trilhos. A evolução dos veículos blindados com rodas foi constante e contínua, no período entre guerras, apesar das dificuldades financeiras, das posições contra a guerra, e das limitações do Tratado de Versalhes. A mudança tecnológica deu-se simultaneamente em vários países, predominantemente nas maiores potências europeias, nos Estados Unidos da América e no Japão. Foram experiências positivas e negativas que conduziram a aperfeiçoamentos na motorização, na blindagem, e no armamento. Nas décadas de 1920 e de 1930 surgiram vários protótipos, tendo alguns sido produzidos e utilizados em missões nos territórios coloniais, como no Norte de África ou na Abissínia. Conflitos localizados como as guerras civis na Rússia e em Espanha serviram de ensaio para este armamento. Em Portugal, em função da situação difícil do pós-guerra, a modernização das forças armadas foi sendo adiada. A partir de 1935 fez-se uma reforma em que estava prevista a aquisição de viaturas blindadas. No entanto, os primeiros exemplares que atuaram em Portugal pertenceram às forças policiais, PSP e sobretudo GNR. Apesar dos blindados de rodas não terem sido fundamentais em combate, desempenharam importante papel como meio complementar, nas novas estratégias de guerra, assentes na mobilidade. E continuam a desempenhar missões no presente, adaptando-se às novas realidades.
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