Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Katia
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/5710
Resumo: Introdução: nos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico são incididos programas de reabilitação que visam principalmente o hemicorpo contralesional, negligenciando o lado ipsilesional. Porém, estão descritas alterações sensitivas e motoras do membro superior ipsilesional neste grupo populacional. Objetivo: avaliar os défices de sensibilidade, destreza grossa e fina e força de preensão da mão ipsilesional em indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, comparando o sexo, o hemisfério cerebral onde se localiza a lesão, a fase aguda e crónica, tendo como referência um grupo controlo. Metodologia: este estudo observacional de carácter analítico transversal foi constituído por 34 indivíduos em que 18 deles tem diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico e 16 sem défices neurológicos. A avaliação foi iniciada com um questionário para recolha de informações dos participantes e de seguida foram aplicados instrumentos de avaliação num só momento com o mesmo examinador. Para avaliar a sensibilidade foi usado o Moving Touch-Pressure Test, para a força o Dinamómetro Baseline®, na avaliação da destreza grossa o Teste Caixa e Blocos e por fim a destreza fina com o Purdue Pegboard Test. Estatisticamente recorreu-se ao teste T-student para amostras independentes com nível de significância de 0,05. Resultados: verificou-se que o membro superior ipsilesional dos indivíduos que sofreram um AVE apresenta um défice na força de preensão manual com nível se significância de p=0,001, e de p=0,000 para a destreza fina e grossa e sensibilidade, quando comparados com um grupo controlo. Constatou-se também que no grupo de indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, o sexo masculino obteve melhores resultados em todos os parâmetros avaliados. Observou-se ainda que tanto os homens como as mulheres após sofrerem um Acidente Vascular Encefálico apresentam défices funcionais na mão ipsilesional, mas no entanto os homens apresentam apenas alterações na destreza grossa (p=0,017) e na força (p=0,001). Na comparação dos hemisférios cerebrais lesados e das fases aguda e crónica do AVE verificou-se que não houve diferenças significativas. Conclusão: Existem défices no membro superior ipsilesional após Acidente Vascular Encefálico, sendo então pertinente a sua inclusão em programas de reabilitação, podendo assim melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia.
id RCAP_03a84e9e066c7eed323ecb7aa8c6a6b7
oai_identifier_str oai:recipp.ipp.pt:10400.22/5710
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular EncefálicoAcidente Vascular Encefálicoipsilesional, destrezasensibilidadeforçamembro superiorIntrodução: nos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico são incididos programas de reabilitação que visam principalmente o hemicorpo contralesional, negligenciando o lado ipsilesional. Porém, estão descritas alterações sensitivas e motoras do membro superior ipsilesional neste grupo populacional. Objetivo: avaliar os défices de sensibilidade, destreza grossa e fina e força de preensão da mão ipsilesional em indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, comparando o sexo, o hemisfério cerebral onde se localiza a lesão, a fase aguda e crónica, tendo como referência um grupo controlo. Metodologia: este estudo observacional de carácter analítico transversal foi constituído por 34 indivíduos em que 18 deles tem diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico e 16 sem défices neurológicos. A avaliação foi iniciada com um questionário para recolha de informações dos participantes e de seguida foram aplicados instrumentos de avaliação num só momento com o mesmo examinador. Para avaliar a sensibilidade foi usado o Moving Touch-Pressure Test, para a força o Dinamómetro Baseline®, na avaliação da destreza grossa o Teste Caixa e Blocos e por fim a destreza fina com o Purdue Pegboard Test. Estatisticamente recorreu-se ao teste T-student para amostras independentes com nível de significância de 0,05. Resultados: verificou-se que o membro superior ipsilesional dos indivíduos que sofreram um AVE apresenta um défice na força de preensão manual com nível se significância de p=0,001, e de p=0,000 para a destreza fina e grossa e sensibilidade, quando comparados com um grupo controlo. Constatou-se também que no grupo de indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, o sexo masculino obteve melhores resultados em todos os parâmetros avaliados. Observou-se ainda que tanto os homens como as mulheres após sofrerem um Acidente Vascular Encefálico apresentam défices funcionais na mão ipsilesional, mas no entanto os homens apresentam apenas alterações na destreza grossa (p=0,017) e na força (p=0,001). Na comparação dos hemisférios cerebrais lesados e das fases aguda e crónica do AVE verificou-se que não houve diferenças significativas. Conclusão: Existem défices no membro superior ipsilesional após Acidente Vascular Encefálico, sendo então pertinente a sua inclusão em programas de reabilitação, podendo assim melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia.Introduction: patients who have had a stroke are inserted in rehabilitation programs that primarily target the contralesional hemibody, neglecting the ipsilesional side. However, there are described sensory and motor changes in the ipsilesional upper member in this population. Objective: evaluate the sensibility, fine and gross dexterity and grip strength deficits of the ipsilesional hand in subjects with cerebrovascular accident diagnosis, comparing the gender, cerebral hemisphere where the lesion is located, acute and chronic phase, having as reference a control group. Methodology: this transversal analytic observational study was constituted by 34 subjects, 18 of them with cerebrovascular accident diagnosis and 16 without neurologic deficits. The evaluation was started with a questionnaire for data collection of the participants and then were applied the assessment tools in one moment with the same examiner. To assess the sensibility it was used the Moving Touch-Pressure Test, the strength was assessed with the Baseline® Dynamometer, the gross dexterity by the Box and Blocks Test and, at last, the fine dexterity with Purdue Pegboard Test. Statistically it was used the T-Student's test for independent samples with a significance level of 0,05. Results: it was noted that the ipsilesional upper limb of the subjects with cerebrovascular accident diagnosis presents deficits in the grip strength (p=0,001), fine and gross dexterity and sensibility (p=0,000), when compared with the control group. It was also noted that in the cerebrovascular accident group, the male subjects presented better results in all of the parameters evaluated. It was also observed that both men and women after suffering a cerebrovascular accident present deficits of the ipsilesional hand, yet men only present changes in gross dexterity (p=0,017) and grip strength (p=0,001). Comparing the injured cerebral hemispheres and the acute and chronicphases of stroke there weren’t found any significant differences. Conclusion: in this study it was concluded that there are deficits in the ipsilesional upper limb, and then relevant for inclusion in rehabilitation programs, and thus improve the quality of life of individuals with this condition.Lopes, AlexandreRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoAlves, Katia2015-03-16T11:40:07Z2014-102014-102014-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/5710TID:201164922porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:45:50Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/5710Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:26:19.331280Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
title Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
spellingShingle Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
Alves, Katia
Acidente Vascular Encefálico
ipsilesional, destreza
sensibilidade
força
membro superior
title_short Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
title_full Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
title_fullStr Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
title_full_unstemmed Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
title_sort Desempenho Manual do Membro Superior Ipsilesional em Indivíduos com Acidente Vascular Encefálico
author Alves, Katia
author_facet Alves, Katia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Lopes, Alexandre
Repositório Científico do Instituto Politécnico do Porto
dc.contributor.author.fl_str_mv Alves, Katia
dc.subject.por.fl_str_mv Acidente Vascular Encefálico
ipsilesional, destreza
sensibilidade
força
membro superior
topic Acidente Vascular Encefálico
ipsilesional, destreza
sensibilidade
força
membro superior
description Introdução: nos pacientes que sofreram um Acidente Vascular Encefálico são incididos programas de reabilitação que visam principalmente o hemicorpo contralesional, negligenciando o lado ipsilesional. Porém, estão descritas alterações sensitivas e motoras do membro superior ipsilesional neste grupo populacional. Objetivo: avaliar os défices de sensibilidade, destreza grossa e fina e força de preensão da mão ipsilesional em indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, comparando o sexo, o hemisfério cerebral onde se localiza a lesão, a fase aguda e crónica, tendo como referência um grupo controlo. Metodologia: este estudo observacional de carácter analítico transversal foi constituído por 34 indivíduos em que 18 deles tem diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico e 16 sem défices neurológicos. A avaliação foi iniciada com um questionário para recolha de informações dos participantes e de seguida foram aplicados instrumentos de avaliação num só momento com o mesmo examinador. Para avaliar a sensibilidade foi usado o Moving Touch-Pressure Test, para a força o Dinamómetro Baseline®, na avaliação da destreza grossa o Teste Caixa e Blocos e por fim a destreza fina com o Purdue Pegboard Test. Estatisticamente recorreu-se ao teste T-student para amostras independentes com nível de significância de 0,05. Resultados: verificou-se que o membro superior ipsilesional dos indivíduos que sofreram um AVE apresenta um défice na força de preensão manual com nível se significância de p=0,001, e de p=0,000 para a destreza fina e grossa e sensibilidade, quando comparados com um grupo controlo. Constatou-se também que no grupo de indivíduos com diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico, o sexo masculino obteve melhores resultados em todos os parâmetros avaliados. Observou-se ainda que tanto os homens como as mulheres após sofrerem um Acidente Vascular Encefálico apresentam défices funcionais na mão ipsilesional, mas no entanto os homens apresentam apenas alterações na destreza grossa (p=0,017) e na força (p=0,001). Na comparação dos hemisférios cerebrais lesados e das fases aguda e crónica do AVE verificou-se que não houve diferenças significativas. Conclusão: Existem défices no membro superior ipsilesional após Acidente Vascular Encefálico, sendo então pertinente a sua inclusão em programas de reabilitação, podendo assim melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com esta patologia.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-10
2014-10
2014-10-01T00:00:00Z
2015-03-16T11:40:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.22/5710
TID:201164922
url http://hdl.handle.net/10400.22/5710
identifier_str_mv TID:201164922
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799131357524262912