Perturbações da personalidade em reclusos condenados por homicídio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferrão, Joana Filipa Carnim
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/10032
Resumo: A presente investigação teve como objetivo averiguar quais os sintomas das Perturbações da Personalidade em homens reclusos condenados por homicídio em comparação com a população geral, através da aplicação do Inventário Clinico Multiaxial de Millon-III, bem como identificar e comparar sintomas das Perturbações da Personalidade, tendo em conta a tipologia do homicídio. A amostra ficou constituída por 34 indivíduos do sexo masculino, sendo que metade destes (17sujeitos) são reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra seleccionados ao acaso, condenados pelo crime de homicídio e os restantes são homens não reclusos sem história de condenações, com características sócio-demográficas comparáveis semelhantes às dos reclusos. As idades da amostra estão compreendidas entre os 21 e os 68 anos (M= 38.18; DP= 11.01). Com a análise dos resultados encontrou-se uma percentagem de 58.8% (N=10) na amostra da população prisional e de 52.9% (N= 9) na amostra da população geral, relativamente à presença de Perturbações da Personalidade. As mais prevalentes no contexto prisional foram a Perturbação da Personalidade Obssessivo-Compulsiva (35.3%), Depressiva (23.5%), Narcísica e Paranóide (17.6% cada), evidenciando-se na escala correspondente à Perturbação da Personalidade Depressiva, diferenças significativas entre homens reclusos e não reclusos. Relativamente à associação entre as tipologias do homicídio as Perturbações da Personalidade nos homicidas com perfil Expressivo-Íntimo registou-se a prevalência mais elevada de Perturbação da Personalidade (80%), destacando-se as Perturbações da Personalidade Depressiva (60%), Paranóide, Esquizóide, Evitante, Narcísica e Esquizótipica (40% cada), assim como o grupo de diagnóstico A e o grupo Sem outra Especificação. No Expressivo-Impulsivo, com 60% de casos provável perturbação, destacou-se a Perturbação da Personalidade Obssessivo-Compulsiva (50%).
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