O Uso Sustentado do Solo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/6397 |
Resumo: | A formação de solo é um processo muito lento, no qual estão envolvidos diversos factores, decisivos na quantidade e qualidade do solo formado. Entre estes factores temos a considerar o clima, a natureza da rocha mãe, a topografia, a actividade biológica e, naturalmente, a acção do homem. No território continental portugueses, a conjugação destes factores não é favorável à criação de solos férteis e profundos. A acção do clima faz-se sentir principalmente através da precipitação e temperatura, dado que a meteorização das rochas, que se realiza por processos físicos, químicos e biológicos, é acelerada se se conjugar a existência de humidade e temperatura. No entanto, excessos de humidade conduzem à lavagem dos nutrientes que se libertam das rochas, assim como aumentam o risco de erosão. No caso do clima Mediterrânico, a concentração das chuvas durante o Outono/Inverno acentua estes dois aspectos (em que a erosão é ainda potenciada pela natureza dobrada da maioria do território), assim com o Verão longo e seco reduz a taxa de formação do solo. Do ponto de vista litológico também não temos condições favoráveis. Cerca de três quartos do território são constituídos por rochas ígneas ou metamórficas ácidas, nas quais predominam o granito e o xisto, ou seja, rochas em que os minerais constituintes são pobres em cálcio e outros nutrientes importantes para o crescimento das plantas. Não é assim de admirar que em Portugal predominem os solos pouco fundos, com baixa reserva de nutrientes e ácidos (Tabela 1). Neste contexto a acção do homem é decisiva, pois dela dependem aspectos que se prendem com a correcção da fertilidade (particularmente a acidez), o controlo da erosão e o teor de matéria orgânica do solo. |
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