(IN)SECURITY WALKS: o gênero como condicionante da fruição do espaço urbano nos Polos Universitários de Coimbra

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcellos, Gabriela Lázaro
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/101800
Resumo: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia
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spelling (IN)SECURITY WALKS: o gênero como condicionante da fruição do espaço urbano nos Polos Universitários de Coimbra(IN)SECURITY WALKS: gender as a conditioner of urban space fruition in the University Poles of CoimbraGêneroEspaço UrbanoFruiçãoPolos Universitários de Coimbra(In)SegurançaGenderUrban SpaceFruitionUniversity Poles of Coimbra(In)SecurityDissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura apresentada à Faculdade de Ciências e TecnologiaEste trabalho tem por objetivo identificar e analisar as condições espaciais que influenciam a percepção de (in)segurança no espaço urbano nos Polos Universitários de Coimbra a partir de uma perspectiva de gênero. Logo, sua pertinência justifica-se por dar continuidade a esse tema necessário de ser discutido, e possibilitar o desenvolvimento de espaços mais equitativos, reconhecendo as opressões de gênero.A dissertação inicia-se por uma retomada de conceitos feministas, para entender a construção social do gênero e como essa dicotomia, masculino e feminino, é expressa na organização espacial urbana da sociedade de hoje. Relacionando com a arquitetura, apresentam-se as principais contribuições de mulheres para o desenvolvimento crítico e alternativas ao modo de pensar e fazer cidade de forma equitativa e sustentável. Seguidamente, realiza-se a avaliação das características espaciais dos casos de estudo, e como essas condicionam ou promovem a fruição dos espaços. Em paralelo, procura-se desenvolver e aplicar métodos participativos (caminhada em conjunto, percurso individual, questionário, e mapas coletivos), contando com a participação da comunidade acadêmica. Pretende-se concluir que, através de ferramentas e métodos participativos é possível obter informações sobre aspectos físicos e sociais que condicionam o cotidiano das pessoas, possibilitando sugerir alternativas que favoreçam a percepção de segurança e a apropriação do espaço por todas as pessoas.Por fim, conclui-se também que os aspectos que contribuem para a percepção de segurança são: calçadas largas; localização dos alçados principais dos edifícios; rotas alternativas; paragens de autocarro; existência de bancos e árvores; fachadas ativas; espaço amplo; campo amplo de visão; espaço de transição do exterior para o interior; acesso para pessoas com deficiência; iluminação; diferentes usos; e vigilância informal derivada do movimento e permanência de pessoas. E os aspectos que contribuem para a percepção de insegurança são: falta de iluminação; obstrução da vista; espaços cercados por muros e traseiras dos edifícios; falta de manutenção; pavimento não tratado gerando risco de queda; falta de informação direcional; falta de mobiliário urbano; falta de sombra e árvores; espaços abandonados e/ou não construídos; acúmulo de lixo; falta de rotas alternativas; passagem estreita; curto campo de visão; fachadas inativas; obstáculos físicos e visuais causados pelo estacionamento de automóveis; excesso de muros que impedem a relação com os edifícios; baixa altura e má posição de árvores nas calçadas; espaços no limite do Polo sem ligação com o restante da malha urbana; nomenclaturas sexistas e pichações de caráter autoritário. Esses aspectos espaciais negativos contribuem para: o uso do espaço para atividades ilícitas e interações indesejáveis entre pedestres, como a ocorrência de assédio sexual e outras formas de violência; falta de permanência de pessoas, logo menor vigilância informal; e falta de movimento, logo uma maior percepção de insegurança durante a noite principalmente por mulheres, as quais optam por espaços interiores, enquanto os homens pelo uso do espaço urbano, revelando as consequências da desigualdade de gênero.This work aims to identify and analyze the spatial conditions that influence the perception of (in)security in urban space in the University Poles of Coimbra from a gender perspective. Therefore, its pertinence is justified by giving continuity to this necessary theme to be discussed, and enable the development of more equitable spaces, recognizing gender oppressions.The dissertation begins with a resume of feminist concepts, to understand the social construction of gender and how this dichotomy, male and female, is expressed in the urban spatial organization of today's society. Relating it to architecture, the main contributions of women to the critical development and alternatives to the way of thinking and making cities in an equitable and sustainable way are presented. This is followed by an evaluation of the spatial characteristics of the case studies, and how these condition or promote the fruition of the spaces. In parallel, it is sought to develop and apply participatory methods (walking together, individual path, questionnaire, and collective maps), counting on the participation of the academic community. It is intended to conclude that, through participatory tools and methods, it is possible to obtain information about physical and social aspects that condition people's daily lives, making it possible to suggest alternatives that favor the perception of safety and the appropriation of space by all people.Finally, it is also concluded that the aspects that contribute to the perception of safety are: wide sidewalks; location of the main elevations of buildings; alternative routes; bus stops; existence of benches and trees; active facades; ample space; wide field of vision; transition space from exterior to interior; access for people with disabilities; lighting; different uses; and informal surveillance derived from the movement and permanence of people. And the aspects that contribute to the perception of insecurity are: lack of lighting; obstructed views; spaces surrounded by walls and rear of buildings; lack of maintenance; untreated sidewalk generating risk of falling; lack of directional information; lack of street furniture; lack of shade and trees; abandoned and/or unbuilt spaces; accumulation of garbage; lack of alternative routes; narrow passage short field of vision; inactive facades; physical and visual obstacles caused by car parking; excessive walls that prevent the relationship with the buildings; low height and poor position of trees on sidewalks; spaces on the edge of the Pole without connection with the rest of the urban network; sexist nomenclatures and graffiti of authoritarian character. These negative spatial aspects contribute to: the use of space for illicit activities and undesirable interactions between pedestrians, such as the occurrence of sexual harassment and other forms of violence; lack of permanence of people, thus less informal surveillance; and lack of movement, thus a greater perception of insecurity at night mainly by women, who opt for indoor spaces, while men opt for the use of urban space, revealing the consequences of gender inequality.2022-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/101800http://hdl.handle.net/10316/101800TID:203059395porVasconcellos, Gabriela Lázaroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-15T20:43:39Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/101800Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:18:55.127443Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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