Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues,M. A.
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Pereira,J. A., Arrobas,M., Andrade,P. B., Bento,A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009
Resumo: Os portugueses são dos maiores apreciadores mundiais de brássicas. A couve Tronchuda é cultivada em Portugal em área superior a 1000 ha. O seu consumo é sobretudo apreciado na quadra natalícia. Neste trabalho reportam-se resultados da fertilização com azoto e boro, na forma de adubos convencionais, e da utilização de Dix10 (com ˜10 % N total), um fertilizante orgânico autorizado em agricultura biológica. Plantas de raiz protegida foram transplantadas a 29 de Agosto de 2005 num compasso 0,8x0,5 m. O solo, de textura franca, continha 0,83 % matéria orgânica, 5,2 pH(H2O) e teores em P e K médios e altos, respectivamente. Foram estabelecidas seis modalidades: sem adubação (SAd); Dix10, em dose equivalente a 80 kg N/ha; modalidades com 80 (NB) e 160 (N+) kg N/ha, na forma de ureia; e modalidades sem B (B-) e com aplicação de 2,2 (NB) e 4,4 (B+) kg B/ha. Todas as modalidades de B foram fertilizadas com 80 kg N/ha e as de N com 2,2 kg B/ha, coincidindo na modalidade NB as doses médias de N e B. As plantas SAd produziram 13,7 Mg biomassa/ha e exportaram 33,9 kg N/ha e 40,9 g B/ha, valores significativamente inferiores às modalidades fertilizadas. Dix10 produziu 18,0 Mg de biomassa/ha e exportou 45,1 kg N/ha e 51,3 g B/ha. A modalidade NB originou maior produção de biomassa (38,6 Mg/ha) e N exportado (107,9 kg/ha) que as modalidades SAd e Dix10. A modalidade N+ não registou aumento de produção nem de N exportado comparativamente com NB. B+ não influenciou a produção de biomassa mas aumentou a concentração de B nos tecidos e o B exportado. N+ reduziu significativamente a concentração de B nos tecidos e o B exportado, sugerindo um efeito de antagonismo da aplicação de N sobre a absorção de B. As produções obtidas e a recuperação aparente de nutrientes mostraram que a redução de produção de biomassa nas modalidades SAd e Dix10 se deveu à reduzida disponibilidade de N no solo durante a estação de crescimento.
id RCAP_0477db26af1ef7e0c537b1bb4aaf47f1
oai_identifier_str oai:scielo:S0871-018X2009000100009
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura BiológicaOs portugueses são dos maiores apreciadores mundiais de brássicas. A couve Tronchuda é cultivada em Portugal em área superior a 1000 ha. O seu consumo é sobretudo apreciado na quadra natalícia. Neste trabalho reportam-se resultados da fertilização com azoto e boro, na forma de adubos convencionais, e da utilização de Dix10 (com ˜10 % N total), um fertilizante orgânico autorizado em agricultura biológica. Plantas de raiz protegida foram transplantadas a 29 de Agosto de 2005 num compasso 0,8x0,5 m. O solo, de textura franca, continha 0,83 % matéria orgânica, 5,2 pH(H2O) e teores em P e K médios e altos, respectivamente. Foram estabelecidas seis modalidades: sem adubação (SAd); Dix10, em dose equivalente a 80 kg N/ha; modalidades com 80 (NB) e 160 (N+) kg N/ha, na forma de ureia; e modalidades sem B (B-) e com aplicação de 2,2 (NB) e 4,4 (B+) kg B/ha. Todas as modalidades de B foram fertilizadas com 80 kg N/ha e as de N com 2,2 kg B/ha, coincidindo na modalidade NB as doses médias de N e B. As plantas SAd produziram 13,7 Mg biomassa/ha e exportaram 33,9 kg N/ha e 40,9 g B/ha, valores significativamente inferiores às modalidades fertilizadas. Dix10 produziu 18,0 Mg de biomassa/ha e exportou 45,1 kg N/ha e 51,3 g B/ha. A modalidade NB originou maior produção de biomassa (38,6 Mg/ha) e N exportado (107,9 kg/ha) que as modalidades SAd e Dix10. A modalidade N+ não registou aumento de produção nem de N exportado comparativamente com NB. B+ não influenciou a produção de biomassa mas aumentou a concentração de B nos tecidos e o B exportado. N+ reduziu significativamente a concentração de B nos tecidos e o B exportado, sugerindo um efeito de antagonismo da aplicação de N sobre a absorção de B. As produções obtidas e a recuperação aparente de nutrientes mostraram que a redução de produção de biomassa nas modalidades SAd e Dix10 se deveu à reduzida disponibilidade de N no solo durante a estação de crescimento.Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal2009-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009Rodrigues,M. A.Pereira,J. A.Arrobas,M.Andrade,P. B.Bento,A.info:eu-repo/semantics/openAccess2024-02-06T17:01:38Zoai:scielo:S0871-018X2009000100009Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:16:59.515180Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
title Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
spellingShingle Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
Rodrigues,M. A.
title_short Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
title_full Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
title_fullStr Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
title_full_unstemmed Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
title_sort Resposta da couve Tronchuda (Brassica oleracea var. costata) à aplicação de azoto e boro e de um fertilizante orgânico autorizado em Agricultura Biológica
author Rodrigues,M. A.
author_facet Rodrigues,M. A.
Pereira,J. A.
Arrobas,M.
Andrade,P. B.
Bento,A.
author_role author
author2 Pereira,J. A.
Arrobas,M.
Andrade,P. B.
Bento,A.
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues,M. A.
Pereira,J. A.
Arrobas,M.
Andrade,P. B.
Bento,A.
description Os portugueses são dos maiores apreciadores mundiais de brássicas. A couve Tronchuda é cultivada em Portugal em área superior a 1000 ha. O seu consumo é sobretudo apreciado na quadra natalícia. Neste trabalho reportam-se resultados da fertilização com azoto e boro, na forma de adubos convencionais, e da utilização de Dix10 (com ˜10 % N total), um fertilizante orgânico autorizado em agricultura biológica. Plantas de raiz protegida foram transplantadas a 29 de Agosto de 2005 num compasso 0,8x0,5 m. O solo, de textura franca, continha 0,83 % matéria orgânica, 5,2 pH(H2O) e teores em P e K médios e altos, respectivamente. Foram estabelecidas seis modalidades: sem adubação (SAd); Dix10, em dose equivalente a 80 kg N/ha; modalidades com 80 (NB) e 160 (N+) kg N/ha, na forma de ureia; e modalidades sem B (B-) e com aplicação de 2,2 (NB) e 4,4 (B+) kg B/ha. Todas as modalidades de B foram fertilizadas com 80 kg N/ha e as de N com 2,2 kg B/ha, coincidindo na modalidade NB as doses médias de N e B. As plantas SAd produziram 13,7 Mg biomassa/ha e exportaram 33,9 kg N/ha e 40,9 g B/ha, valores significativamente inferiores às modalidades fertilizadas. Dix10 produziu 18,0 Mg de biomassa/ha e exportou 45,1 kg N/ha e 51,3 g B/ha. A modalidade NB originou maior produção de biomassa (38,6 Mg/ha) e N exportado (107,9 kg/ha) que as modalidades SAd e Dix10. A modalidade N+ não registou aumento de produção nem de N exportado comparativamente com NB. B+ não influenciou a produção de biomassa mas aumentou a concentração de B nos tecidos e o B exportado. N+ reduziu significativamente a concentração de B nos tecidos e o B exportado, sugerindo um efeito de antagonismo da aplicação de N sobre a absorção de B. As produções obtidas e a recuperação aparente de nutrientes mostraram que a redução de produção de biomassa nas modalidades SAd e Dix10 se deveu à reduzida disponibilidade de N no solo durante a estação de crescimento.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-01-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009
url http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2009000100009
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Ciências Agrárias v.32 n.1 2009
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137265125949440