A relação entre o conhecimento das emoções e as relações de pares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rolão , Maria Teresa
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.12/4051
Resumo: Os estudos em torno da temática de relação de pares demonstram que esta é essencial no que diz respeito ao ajustamento social e competência da criança. Este aspecto é particularmente evidente entre os 5 e os 7 anos, no qual existe um período de desenvolvimento rápido a nível social cognitivo, na medida em que as crianças estejam a melhorar as suas competências na resolução de problemas (Selman, 1980, 1991). As emoções são motivadores e organizadores do comportamento que influencia as interacções sociais em que este é simultaneamente uma fonte de informação e um processo dinâmico destas interacções. Estudos indicam que o conhecimento emocional relaciona-se positivamente com a empatia, comportamento pro-social e estatuto social como também facilita comportamentos socialmente adaptativos, promovendo que a criança perceba quais os sinais sociais que activam as emoções apropriadas (Izard, 2001, 1991). Este estudo tem como objectivo analisar a relação entre a aceitação entre pares, preferência, impacto e estatuto social, e conhecimento emocional; A amostra constitui-se por 83 crianças entre os 5 e 7 anos, que frequentam três escolas na região de Lisboa. O conhecimento emocional foi avaliado pelo Affect Knowledge Test (Denham, 1986). Para a aferição da aceitação entre pares, preferência e avaliação do estatuto social, aplicaram-se técnicas sociométricas (Vaughn, 2000). Inteligência verbal foi avaliada através de sub-testes verbais (WPSSI, 1996). Os resultados deste estudo confirmam a existência de uma relação positiva entre a preferência social e a compreensão das causas das emoções, e uma relação negativa desta última com o impacto social. A tomada de perspectiva relacionou-se positivamente com a aceitação e preferência social, mas por sua vez não se revela relação significativa com o impacto social. Tendências significativas em relação ao estatuto apenas foram encontradas nas crianças classificadas como populares demonstrada por uma maior compreensão pela emoção da raiva relativamente às crianças classificadas como rejeitadas, o que poderá levar a compreender a diferença de interpretação de comportamentos e expressões físicas desta emoção e possivelmente a influência desta capacidade nos comportamentos que poderão levar à rejeição.
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Estudos indicam que o conhecimento emocional relaciona-se positivamente com a empatia, comportamento pro-social e estatuto social como também facilita comportamentos socialmente adaptativos, promovendo que a criança perceba quais os sinais sociais que activam as emoções apropriadas (Izard, 2001, 1991). Este estudo tem como objectivo analisar a relação entre a aceitação entre pares, preferência, impacto e estatuto social, e conhecimento emocional; A amostra constitui-se por 83 crianças entre os 5 e 7 anos, que frequentam três escolas na região de Lisboa. O conhecimento emocional foi avaliado pelo Affect Knowledge Test (Denham, 1986). Para a aferição da aceitação entre pares, preferência e avaliação do estatuto social, aplicaram-se técnicas sociométricas (Vaughn, 2000). Inteligência verbal foi avaliada através de sub-testes verbais (WPSSI, 1996). Os resultados deste estudo confirmam a existência de uma relação positiva entre a preferência social e a compreensão das causas das emoções, e uma relação negativa desta última com o impacto social. A tomada de perspectiva relacionou-se positivamente com a aceitação e preferência social, mas por sua vez não se revela relação significativa com o impacto social. Tendências significativas em relação ao estatuto apenas foram encontradas nas crianças classificadas como populares demonstrada por uma maior compreensão pela emoção da raiva relativamente às crianças classificadas como rejeitadas, o que poderá levar a compreender a diferença de interpretação de comportamentos e expressões físicas desta emoção e possivelmente a influência desta capacidade nos comportamentos que poderão levar à rejeição.ABSTRACT Research is consistently demonstrating that children’s peer relationships play an essential role in furthering social adjustment and competence. These is particularly evident for the ages of 5-7, which represent a period of rapid social cognitive development as children improve perspective-taking and problem-solving skills (Selman, 1980, 1991). Emotions are motivators and organizers of behavior that influence social interactions, being simultaneously a source of information and a dynamic process of these interactions. Findings indicate that emotional knowledge relate positively with empathy, pro-social behavior and social status and facilitates adaptive social behavior leaving children to understand how social signals activate the appropriate emotions in specific transactions (Izard, 2001, 1991). The present study aimed to analyze the linkages between peer acceptance, social preference, social impact, social status, and emotional knowledge. The sample was constituted of 83 children aged five, six and seven years old enrolled in three Lisbon schools. Measures of Emotional knowledge were assessed by Affect Knowledge Test, adapted from Denham (1986). For peer acceptance, peer preference and social status evaluating, sociometric techniques were applied (Vaughn, 2000). Verbal intelligence was measured through the verbal tasks (WPSSI, 1996). This study confirms the existence of a positive relation between social preference and the understanding of causes of emotion and the negative relation between the social impact and the understanding of those causes. Perspective taking relates positively with acceptance and social preference, but a significant relation isn't found with social impact. Significant trends related to the social status s were only found in children classified as popular, demonstrated by a higher comprehension of anger emotion in comparison to children classified as rejected. This could allow us to understand the difference of interpretation of behaviors and physical expressions of this emotion and possibly the influence of this capacity in the behaviors that could lead to rejection.Veríssimo, ManuelaRepositório do ISPARolão , Maria Teresa2015-10-24T14:43:43Z2009-01-01T00:00:00Z2009-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/4051porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:39:48Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4051Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:21:53.137801Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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