A importância da subjetivação política nas escolas em tempos sombrios
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25755/int.8473 |
Resumo: | Subjetivação política é uma expressão cunhada por Rancière (1992) para definir os embates erráticos com o outro em torno do ideário da igualdade. A educação escolar é um campo propício para que esses impasses ocorram pelo encontro inevitável com as diferenças, mas tais processos são normalmente debelados pelos professores por implicarem conflitualidade, ainda vista como uma falha da autoridade escolar. Essa reflexão teórica objetiva sublinhar a importância de que a subjetivação política seja levada a efeito nas escolas. A psicanálise tem contribuições para essa discussão por ser capaz de tensionar, sem negar, o ideário de uma educação libertária advinda de tais processos junto aos estudantes. Vivemos um tempo em que os discursos de segregação ganham amplitude em todo o mundo. Desatentas a esse sintoma social e inseridas em uma suposta despolitização, as instituições escolares residem em um “edifício” ideológico liberal em que a realidade é vista como pronta e o êxito de cada um resultante de um esforço individual, desconectado das coordenadas institucionais, sociais e políticas. Tal proposição afeta o ato educativo, impedindo a inclusão autêntica daquele que comparece como estranho (unheimliche) ou vulnerável. Adorno (1995) postula que a finalidade da educação é a que Auschwitz não se repita. Proposição imprescindível e um desafio para as escolas, de modo que a formação volte-se, ao mesmo tempo, à adaptação dos estudantes à sociedade, mas, sobretudo, à problematização do campo social vigente. |
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