Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes, Ana
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Antunes, Henedina, Gomez-Iglesias, Teresa, Correia, Anabela, Sampaio, Rego
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5429
Resumo: A Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner (DLHA) é responsável por, pelo menos, 30% das Anemias Hemolíticas Auto-Imunes, na criança com idade inferior a cinco anos. Contudo, não é um diagnóstico habitual na nossa prática clínica. Contribui, para tal, em parte, o facto de ser necessário evocar esse diagnóstico, ao estudar uma anemia hemolítica, uma vez que os testes laboratoriais, usados para a confirmação desta entidade, não se fazem por rotina. Os autores apresentam o caso clínico de uma criança do sexo masculino, de 4,5 anos de idade, que, quatro dias após um síndrome virusal, iniciou palidez moderada, icterícia ligeira e urina escura. Ao exame objectivo, encontrava-se apirético, com sopro sistólico grau II/VI e com baço palpável 1 cm abaixo da grade costal esquerda. Analiticamente, apresentava anemia hemolítica, com valor mais baixo encontrado de hemoglobina de 6.0 g/dl, reticulócitos — 13% (valor corrigido — 5.2%), Bilirrubina Total — 3.4 mg/dl, Bilirrubina Directa — 0.21 mg/dl, Desidrogenase láctica — 2696 U/L, e, hemoglobinúria; o teste de antiglobulina directa foi positivo para C3d. Foi efectuado, dada a situação clínica, Teste de Donath-Landsteiner e foi encontrado anticorpo da classe IgG, com comportamento bifásico e especificidade para o antigénio do sistema P. Não foram instituídas outras medidas terapêuticas, para além de repouso e cuidados gerais. Teve alta, para a Consulta Externa, ao 8.° dia, com o diagnóstico de DLHA. Os autores consideram da maior importância o correcto diagnóstico das anemias hemolíticas na criança, com vista à exclusão da DLHA, uma vez que poderá evitar o uso desnecessário de corticoterapia, nesta patologia autolimitada e com excelente prognóstico.
id RCAP_05aca923c0095a352000dd1488178147
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5429
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Anemia Hemolítica de Donath-LandsteinerCase reportsA Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner (DLHA) é responsável por, pelo menos, 30% das Anemias Hemolíticas Auto-Imunes, na criança com idade inferior a cinco anos. Contudo, não é um diagnóstico habitual na nossa prática clínica. Contribui, para tal, em parte, o facto de ser necessário evocar esse diagnóstico, ao estudar uma anemia hemolítica, uma vez que os testes laboratoriais, usados para a confirmação desta entidade, não se fazem por rotina. Os autores apresentam o caso clínico de uma criança do sexo masculino, de 4,5 anos de idade, que, quatro dias após um síndrome virusal, iniciou palidez moderada, icterícia ligeira e urina escura. Ao exame objectivo, encontrava-se apirético, com sopro sistólico grau II/VI e com baço palpável 1 cm abaixo da grade costal esquerda. Analiticamente, apresentava anemia hemolítica, com valor mais baixo encontrado de hemoglobina de 6.0 g/dl, reticulócitos — 13% (valor corrigido — 5.2%), Bilirrubina Total — 3.4 mg/dl, Bilirrubina Directa — 0.21 mg/dl, Desidrogenase láctica — 2696 U/L, e, hemoglobinúria; o teste de antiglobulina directa foi positivo para C3d. Foi efectuado, dada a situação clínica, Teste de Donath-Landsteiner e foi encontrado anticorpo da classe IgG, com comportamento bifásico e especificidade para o antigénio do sistema P. Não foram instituídas outras medidas terapêuticas, para além de repouso e cuidados gerais. Teve alta, para a Consulta Externa, ao 8.° dia, com o diagnóstico de DLHA. Os autores consideram da maior importância o correcto diagnóstico das anemias hemolíticas na criança, com vista à exclusão da DLHA, uma vez que poderá evitar o uso desnecessário de corticoterapia, nesta patologia autolimitada e com excelente prognóstico.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-09-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.1999.5429por2184-44532184-3333Antunes, AnaAntunes, HenedinaGomez-Iglesias, TeresaCorreia, AnabelaSampaio, Regoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:56:03Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5429Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:53.519752Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
title Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
spellingShingle Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
Antunes, Ana
Case reports
title_short Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
title_full Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
title_fullStr Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
title_full_unstemmed Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
title_sort Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner
author Antunes, Ana
author_facet Antunes, Ana
Antunes, Henedina
Gomez-Iglesias, Teresa
Correia, Anabela
Sampaio, Rego
author_role author
author2 Antunes, Henedina
Gomez-Iglesias, Teresa
Correia, Anabela
Sampaio, Rego
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Antunes, Ana
Antunes, Henedina
Gomez-Iglesias, Teresa
Correia, Anabela
Sampaio, Rego
dc.subject.por.fl_str_mv Case reports
topic Case reports
description A Anemia Hemolítica de Donath-Landsteiner (DLHA) é responsável por, pelo menos, 30% das Anemias Hemolíticas Auto-Imunes, na criança com idade inferior a cinco anos. Contudo, não é um diagnóstico habitual na nossa prática clínica. Contribui, para tal, em parte, o facto de ser necessário evocar esse diagnóstico, ao estudar uma anemia hemolítica, uma vez que os testes laboratoriais, usados para a confirmação desta entidade, não se fazem por rotina. Os autores apresentam o caso clínico de uma criança do sexo masculino, de 4,5 anos de idade, que, quatro dias após um síndrome virusal, iniciou palidez moderada, icterícia ligeira e urina escura. Ao exame objectivo, encontrava-se apirético, com sopro sistólico grau II/VI e com baço palpável 1 cm abaixo da grade costal esquerda. Analiticamente, apresentava anemia hemolítica, com valor mais baixo encontrado de hemoglobina de 6.0 g/dl, reticulócitos — 13% (valor corrigido — 5.2%), Bilirrubina Total — 3.4 mg/dl, Bilirrubina Directa — 0.21 mg/dl, Desidrogenase láctica — 2696 U/L, e, hemoglobinúria; o teste de antiglobulina directa foi positivo para C3d. Foi efectuado, dada a situação clínica, Teste de Donath-Landsteiner e foi encontrado anticorpo da classe IgG, com comportamento bifásico e especificidade para o antigénio do sistema P. Não foram instituídas outras medidas terapêuticas, para além de repouso e cuidados gerais. Teve alta, para a Consulta Externa, ao 8.° dia, com o diagnóstico de DLHA. Os autores consideram da maior importância o correcto diagnóstico das anemias hemolíticas na criança, com vista à exclusão da DLHA, uma vez que poderá evitar o uso desnecessário de corticoterapia, nesta patologia autolimitada e com excelente prognóstico.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-09-24
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5429
url https://doi.org/10.25754/pjp.1999.5429
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2184-4453
2184-3333
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Pediatria
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799133519672246272