O género e a violência na intimidade entre pessoas do mesmo sexo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Isa Maria Vieira Rebelo Correia de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10284/5901
Resumo: A investigação científica sobre a violência na intimidade (VI) entre pessoas do mesmo sexo, em Portugal, tem estado maioritariamente centrada no estudo da prevalência e na caracterização da violência. Os dois estudos apresentados nesta dissertação pretendem analisar a VI entre pessoas do mesmo sexo através de uma perspetiva de género, com o intuito do perceber se, e de que forma, o género ou os papéis a si associados desempenham um papel importante nestas relações de intimidade abusivas. No primeiro artigo apresenta-se um estudo de natureza teórica em que, através de uma revisão sistemática da literatura, foram selecionados sete artigos, de um total de 418 artigos encontrados em quatro bases de dados eletrónicas (B-on; PubMed; Sage e PsycInfo). Da análise desses artigos foram encontradas quatro grandes áreas em que o género desempenha um papel importante na VI entre pessoas do mesmo sexo: normalização da violência; reconhecimento da violência; dificuldade em pedir ajuda e isolamento social. No segundo artigo apresentam-se os resultados de um estudo de natureza qualitativa, em que foram entrevistadas cinco pessoas (quatro mulheres e um homem), que se autoidentificam como vítimas. Da análise de conteúdo dos dados recolhidos nas entrevistas, resultaram quatro grandes categorias nas quais o género desempenha um papel importante: papéis de género assumidos pelos elementos do casal; abandono da relação; procura de ajuda e linguagem utilizada pelas/os participantes. Através dos resultados obtidos nos dois estudos, concluiu-se que mais do que na violência em si, o género e os papéis que lhe estão associados têm impacto na forma como os elementos do casal vivenciam a experiência abusiva e na forma como terceiros (e.g. familiares; amigos/as; profissionais do sistema de justiça ou dos serviços de apoio a vítimas) a percecionam.
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