"Estados frágeis" em África: a intervenção externa nos processos de statebuilding e peacebuilding
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/22511 |
Resumo: | A classificação de países como "frágeis" ou "falhados" tem tido alguma utilidade para alertar a comunidade internacional para as necessidades específicas de países afectados por conflitos e em crise, mas não parece existir consenso sobre qual o conteúdo desta categoria analítica (o que é?), quais as causas da fragilidade e como se manifestam (como e porquê?), ou em que medida essa fragilidade deve ser o elemento definidor das estratégias de resposta (para que serve?). Isto é tanto mais importante se considerarmos a influência que o discurso internacional sobre Estados frágeis tem actualmente na definição das intervenções e nas políticas de ajuda externa dos principais doadores bilaterais e multilaterais. A investigação permitiu identificar insuficiências significativas na operacionalização e classificação da fragilidade do Estado, questionando a validade e utilidade do conceito para a prossecução de estratégias externas de intervenção. Para além disso, o contexto e conteúdo das intervenções externas de peacebuilding e statebuilding em Estados Frágeis em África revelou a veiculação de modelos estandardizados que incorporam um "consenso de peacebuilding" e que ignoram, em grande medida, as dimensões históricas de poder e de formação do Estado em África. A análise empírica do Estado, ou seja, dos acordos e dinâmicas reais existentes em termos de autoridade e legitimidade em ordens políticas de carácter híbrido, pode trazer pistas importantes para a formulação de novas estratégias de apoio e de intervenção nos países africanos. |
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