A socialização militar da mulher na academia da força aérea
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/649 |
Resumo: | O texto desta conferência foi elaborado em 22 de Abril de 1994 e nele se descreve em traços bastante largos um século de condição feminina em Portugal para se compreender como foi possível chegar ao momento de integração de jovens mulheres na Academia da Força Aérea, destinando-as ao desempenho de funções de oficiais militares em tudo iguais às dos seus camaradas do sexo masculino. Explica-se, sem grande minúcia, como se procede à socialização militar dos cadetes femininos, tentando conciliar uma dupla situação: a de mulher mãe de família e a de mulher militar com obrigações que não as discriminem dos seus camaradas homens. Dada a novidade que era a presença de cadetes femininos na Academia da Força Aérea — pioneira na formação de mulheres com funções de oficiais militares — ainda se estava a viver uma fase de auscultação e de experimentalismo formativo de modo a não gerar situações anómalas nem traumatizantes, pois tinha-se, então, mais de cem anos de experiência de socialização militar de homens e quase nada se sabia de socialização militar de mulheres, tendo de se levar em conta o facto de os exemplos colhidos no estrangeiro, especialmente nos Estados Unidos da América, reportarem-se a realidades culturais bastante diversas da portuguesa. Assim, na Academia da Força Aérea, em Sintra, mais importante do que modificar comportamentos que fizessem das jovens cadetes boas chefes, e boas condutoras de operações militares, importava transformar-lhes princípios culturais atávicos que, em Portugal, sempre estiveram ligados à condição de mulher. Só quando lhes tivesse sido inculcada uma cultura de liberdade, igualdade e responsabilidade no desempenho castrense estariam aptas a serem chefes capazes e competentes condutoras de acções bélicas em paridade com os seus camaradas masculinos. |
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O texto desta conferência foi elaborado em 22 de Abril de 1994 e nele se descreve em traços bastante largos um século de condição feminina em Portugal para se compreender como foi possível chegar ao momento de integração de jovens mulheres na Academia da Força Aérea, destinando-as ao desempenho de funções de oficiais militares em tudo iguais às dos seus camaradas do sexo masculino. Explica-se, sem grande minúcia, como se procede à socialização militar dos cadetes femininos, tentando conciliar uma dupla situação: a de mulher mãe de família e a de mulher militar com obrigações que não as discriminem dos seus camaradas homens. Dada a novidade que era a presença de cadetes femininos na Academia da Força Aérea — pioneira na formação de mulheres com funções de oficiais militares — ainda se estava a viver uma fase de auscultação e de experimentalismo formativo de modo a não gerar situações anómalas nem traumatizantes, pois tinha-se, então, mais de cem anos de experiência de socialização militar de homens e quase nada se sabia de socialização militar de mulheres, tendo de se levar em conta o facto de os exemplos colhidos no estrangeiro, especialmente nos Estados Unidos da América, reportarem-se a realidades culturais bastante diversas da portuguesa. Assim, na Academia da Força Aérea, em Sintra, mais importante do que modificar comportamentos que fizessem das jovens cadetes boas chefes, e boas condutoras de operações militares, importava transformar-lhes princípios culturais atávicos que, em Portugal, sempre estiveram ligados à condição de mulher. Só quando lhes tivesse sido inculcada uma cultura de liberdade, igualdade e responsabilidade no desempenho castrense estariam aptas a serem chefes capazes e competentes condutoras de acções bélicas em paridade com os seus camaradas masculinos. |
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