Confinamento sanitário e experiências restauradoras: estudo exploratório em idosos portugueses
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/5410 |
Resumo: | Até 2020, o confinamento tinha sido uma realidade não vivenciada pela generalidade das pessoas. Como lidaram emocionalmente as pessoas com o confinamento pandémico associado à COVID-19, de forma a experienciar emoções positivas e, consequentemente, a manter a sua saúde mental? Neste estudo descritivo pretendeu-se explorar qual o contributo de diferentes atividades diárias, particularmente de atividades de contacto com ambientes restauradores e de experiências restauradoras, para o bem-estar de indivíduos sénior confinados em Portugal devido à pandemia COVID-19. Analisaram-se os conteúdos dos diários de quatro portugueses maiores de 60 anos (MIdade = 69 anos), realizados durante seis dias do primeiro confinamento sanitário associado à COVID-19 em Portugal. Foram reportadas predominantemente emoções positivas associadas às atividades cotidianas, constituindo as atividades ocupacionais a parcela dominante. Atividades artístico-culturais, contactos sociais e atividades de contacto com a natureza apareceram predominantemente associadas a emoções positivas e as atividades relacionadas com o (tele)trabalho e tarefas domésticas tendencialmente associados a emoções negativas. As notícias foram responsáveis por grande parte das emoções negativas. Um dos tipos de atividades diárias considerada como a mais agradável e escolhida como estratégia consciente para lidar com as maiores dificuldades cotidianas, o contacto com a natureza, mostrou ter um elevado potencial restaurador do bem-estar percebido. Apesar da amostra reduzida, os resultados evidenciaram o potencial das experiências que decorrem em ambientes de proximidade com a natureza na regulação emocional ou restauração do bem-estar psicológico, e também na restauração da capacidade de atenção, em tempos de confinamento sanitário. |
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Até 2020, o confinamento tinha sido uma realidade não vivenciada pela generalidade das pessoas. Como lidaram emocionalmente as pessoas com o confinamento pandémico associado à COVID-19, de forma a experienciar emoções positivas e, consequentemente, a manter a sua saúde mental? Neste estudo descritivo pretendeu-se explorar qual o contributo de diferentes atividades diárias, particularmente de atividades de contacto com ambientes restauradores e de experiências restauradoras, para o bem-estar de indivíduos sénior confinados em Portugal devido à pandemia COVID-19. Analisaram-se os conteúdos dos diários de quatro portugueses maiores de 60 anos (MIdade = 69 anos), realizados durante seis dias do primeiro confinamento sanitário associado à COVID-19 em Portugal. Foram reportadas predominantemente emoções positivas associadas às atividades cotidianas, constituindo as atividades ocupacionais a parcela dominante. Atividades artístico-culturais, contactos sociais e atividades de contacto com a natureza apareceram predominantemente associadas a emoções positivas e as atividades relacionadas com o (tele)trabalho e tarefas domésticas tendencialmente associados a emoções negativas. As notícias foram responsáveis por grande parte das emoções negativas. Um dos tipos de atividades diárias considerada como a mais agradável e escolhida como estratégia consciente para lidar com as maiores dificuldades cotidianas, o contacto com a natureza, mostrou ter um elevado potencial restaurador do bem-estar percebido. Apesar da amostra reduzida, os resultados evidenciaram o potencial das experiências que decorrem em ambientes de proximidade com a natureza na regulação emocional ou restauração do bem-estar psicológico, e também na restauração da capacidade de atenção, em tempos de confinamento sanitário. |
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