A recidiva em oncologia pediátrica a partir da perspectiva dos profissionais
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862019000200021 |
Resumo: | O câncer é uma doença temida socialmente, pelo reconhecimento do tratamento como um processo longo e doloroso para o paciente, seus familiares e profissionais. Quando se trata do câncer infantil e sua recidiva, o tema torna-se ainda mais delicado. Um tema pouco abordado, mas que convoca a realização de pesquisas que deem voz a esses sujeitos. Respondendo essa demanda, a presente pesquisa objetivou compreender a vivência de trabalho na recidiva do câncer pediátrico a partir da perspectiva dos profissionais. Foi realizada uma pesquisa exploratória e de abordagem qualitativa. Contou-se com a participação de dez profissionais de saúde que atuam em oncologia pediátrica, que responderam um roteiro de entrevista semiestruturado, cujo dados foram compreendidos por meio de análise lexical no software Iramuteq. Os resultados mostram que: a escolha pela oncologia pediátrica como área de atuação ocorre durante a residência; o trabalho é marcado por sentimentos plurais de impotência e gratidão; os maiores desafios para os profissionais são o lidar com o sofrimento e exigência dos pais e processo de morte da criança; a comunicação sobre a recidiva do câncer é difícil para os profissionais e pais; a ausência de prognóstico de cura abre espaço para outra forma de abordagem - os cuidados paliativos; e a criança compreende o processo de tratamento e morte. Conclui-se que a pediatria oncológica é uma área de atuação dolorosa e prazerosa, que carece de dispositivos de cuidado com a saúde mental de seus profissionais, para que estes possam estar bem e cuidar de seus pacientes com qualidade. |
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