A terapêutica com radiação ionizante na incidência do cancro cutâneo - estado da arte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, José Eduardo Almeida Albuquerque e
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/97773
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling A terapêutica com radiação ionizante na incidência do cancro cutâneo - estado da arteTherapeutic ionizing radiation and the incidence of skin cancer - state of the artRadiação ionizante terapêuticaCarcinoma BasocelularCarcinoma EspinhocelularAngiossarcomaTinea capitisIonizing radiation therapyBasal Cell CarcinomaSquamous Cell CarcinomaAngiosarcomaTinea capitisTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaTanto a utilização inicial da radiação ionizante para fins terapêuticos de patologias maioritariamente benignas, como atualmente na terapêutica de patologias essencialmente malignas, resulta no aumento da incidência de diferentes formas de cancro cutâneo. A sua aplicabilidade no tratamento da tinea capitis, do cancro da cabeça e pescoço ou utilização pelos profissionais de saúde leva essencialmente ao aparecimento de carcinomas basocelulares (frequentemente múltiplos), mas também de carcinomas espinhocelulares nas áreas irradiadas. Por outro lado, a radioterapia do cancro da mama associa-se a incidência aumentada de angiossarcomas. Os carcinomas basocelular e espinhocelular, neste contexto, associam-se principalmente a maiores doses locais de radiação, com período de latência de 20 a 40 anos. O carcinoma basocelular apresenta-se frequentemente com lesões múltiplas (até 40 a 50 lesões num só doente), excluindo-se síndromes genéticos subjacentes. É a forma mais comum de cancro no ser humano, com malignidade essencialmente local, embora com potencial para maior invasão local neste contexto e recorrência em até 50% dos doentes, necessitando de cirurgia de margem alargada, muitas vezes ineficaz, assim como as terapêuticas neo ou adjuvantes de quimio e/ou radioterapia. A via HH é importante na sua iniciação e promoção, sendo o principal benefício deste conhecimento a aplicabilidade do vismodegib na redução da proliferação tumoral e do tamanho dos tumores, contribuindo para a maior facilidade na sua ressecabilidade. No que diz respeito ao carcinoma espinhocelular, a via HH funciona apenas como promotora destes tumores cutâneos e não como iniciadora, explicando o seu comportamento mais agressivo e com propensão metastática na cabeça e pescoço cerca de 20% aumentada em relação aos carcinomas espinhocelulares em áreas não irradiadas.A incidência dos angiossarcomas é de até 0,5 % nas mulheres submetidas a radioterapia, com tempos de latência em média de 77,2 meses. O seu diagnóstico é frequentemente tardio, o que se traduz em tumores muito agressivos e com invasão local e metastática de difícil abordagem cirúrgica, sendo a excisão total o seu mais importante fator de prognóstico. São tumores letais, resistentes às modalidades terapêuticas de quimioterapia e radioterapia, com alto risco de recidiva local ou à distância, associados a muito mau prognóstico e sem terapêuticas standard. A importante associação com a amplificação c-MYC poderá ser útil na identificação precoce de angiossarcomas que carecem de estratégias terapêuticas urgentes em prol da sobrevivência dos doentes, assim como na pesquisa de estratégias profiláticas para doentes alvo de radioterapia no contexto do cancro da mama.The initial use of ionizing radiation with therapeutical purposes on mostly benign diseases, as well as its current use mostly in the treatment of malignant neoplasms, results in an increase of different types of skin cancer. Its applicability in treating tinea capitis, head and neck cancer, or the occupational exposure by health professionals may lead to the appearance of (often multiple) basal cell carcinomas, but also of squamous cell carcinomas in the irradiated areas. On the other hand, radiotherapy for breast cancer is associated with an increased incidence of angiosarcoma.Basal cell and squamous cell carcinomas, in this context, are mainly associated with larger local doses of radiation, with a latency period of 20 to 40 years. Basal cell carcinoma frequently presents with multiple lesions (up to 40 to 50 lesions in a single patient), excluding associated genetic syndromes. It is the most common form of cancer in the human being, mostly associated with local malignant potential, though with risk of of more prominent local invasion in this context, and recurring in up to 50% of patients, requiring excision with wide surgical margin, often ineffective, as well as neoadjuvant or adjuvant chemotherapy and/or radiotherapy procedures. The HH pathway is important in the initiation and promotion of carcinogenesis of BCC, the main benefit of this knowledge being the applicability of vismodegib in the reduction of tumoral cell proliferation and the size of tumors, contributing for a greater ease in its surgical resection. Regarding squamous cell carcinoma, HH pathaway works just as a promoter of these skin tumours and not as an initiator, explaining its more aggressive behaviour and metastatic propensity in the head and neck, about 20% increased in comparison with squamous cell carcinoma in non-irradiated areas.The incidence of angiosarcoma is up to 0,5% in women submitted to radiotherapy, with an average latency time of 77,2 months. Its diagnosis is often late, which results in very aggressive tumours with local invasion, difficult to approach surgically, being its total excision the most important prognostic factor. They are lethal tumours, often resistant to chemotherapy and radiotherapy, with a high risk of local or distant recurrence, associated with a very poor prognosis and, so far, with no standard therapeutic regimen. The important association with c-MYC amplification might be useful in the early identification of post-radiotherapy angiosarcoma. for which urgent therapeutical and prophylactic strategies are still lacking, in order to try to improve these patients’ survival.2020-03-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/97773http://hdl.handle.net/10316/97773TID:202712087porSousa, José Eduardo Almeida Albuquerque einfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T06:55:33Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/97773Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:15:44.104182Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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