Desafios da Referenciação para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados: A Experiência num Hospital

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Raquel
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Ferro,Ana P., Camões,João Filipe, Lopes,Carolina Soares, Rocha,Céu, Morais,Sandra A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2022000200011
Resumo: Resumo Introdução: Em 2006, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados foi criada em Portugal para dar resposta às necessidades de uma população com comorbilidades crescentes. O objetivo deste estudo é avaliar o tempo de hos­pitalização e complicações médicas de doentes referenciados para a rede no mesmo período de quatro anos distintos. Material e Métodos: Estudo observacional, retrospetivo, de doentes com patologia médica referenciados do internamento nos meses de abril a junho de 201O, 2012, 2016 e 2019. Dados demográficos, clínicos e referentes à referenciação foram obtidos dos processos clínicos. Análise estatística feita com IBM SPSS Statistics®, p < 0,05 considerado estatisticamente significativo. Resultados: Foram incluídos 205 doentes. Os principais motivos de admissão foram infeção (37, 1 %) e evento cerebro­vascular agudo (35,6%) e o de referenciação foi reabilitação funcional (79,5%). Verificou-se um aumento do tempo de internamento ao longo dos anos (p < 0,001) e desde a referenciação até à alta hospitalar, p = 0,04. Após alta clínica, 42,9% desenvolveram complicações médicas e após alta hospitalar pelo menos 31,3% tiveram necessidade de reinternamento até 3 meses após a alta. O número de complicações não aumentou ao longo dos anos. Discussão: O incremento nos tempos de hospitalização ao longo dos anos desde a criação da rede implica sobrecarga nos cuidados de saúde hospitalares, mesmo não se verificando o aumento de intercorrências clínicas antes e após a alta. Conclusão: É notória a necessidade de reforçar a rede e o apoio social ao doente crónico e de criar estudos para avaliar o impacto económico e para a saúde da referenciação hospitalar.
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