Doença inflamatória intestinal: qualidade de vida e influência da suplementação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leitão, Mariana Carneiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/15382
Resumo: Introdução: A Doença Inflamatória Intestinal engloba a Doença de Crohn e a Colite Ulcerosa, que são doenças de evolução crónica. Os principais sintomas destas doenças são diarreia, dores abdominais, febre e náuseas, o que pode condicionar bastante a qualidade de vida dos doentes. No entanto, existem evidências que a suplementação pode ajudar os doentes a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Objetivo: Com este projeto pretendeu-se avaliar de que forma a qualidade de vida dos pacientes é melhorada pelo consumo de suplementos. Métodos: Este foi um estudo observacional descritivo, com amostra de conveniência. Utilizaram-se dois questionários: um para avaliar o consumo de suplementos e outro para avaliar a qualidade de vida, o “Inflammatory Bowel Diasease Questionnaire”. Os questionários foram aplicados no serviço de Gastroenterologia do Hospital de Braga. Foram considerados válidos 144 questionários dos quais se selecionaram 120, após randomização. Para averiguar se existe ou não qualidade de vida na Doença Inflamatória Intestinal, aplicou-se o teste “t” à amostra (120 doentes) , comparando-se com o valor obtido com o respetivo valor das médias teóricas. Resultados: A média de idades dos 120 indivíduos foi de 40 ± 14 anos. A idade mínima observada foi de 19 anos e a máxima de 73, sendo que 61 inquiridos (50,8%) eram do sexo masculino e 59 (49,2%) do sexo feminino. Na aplicação do teste “t”, obteve-se 0,001<p<0,05 em todos os domínios analisados, o que permite concluir que a média do índice da qualidade de vida nos respetivos domínios é superior ao valor da média teórica, para um α=0,05. Aplicando o teste “t” para amostras independes, obteve-se um 0,001<p<0,05, pelo que existem evidências estatisticamente significativas para afirmar que a qualidade de vida geral na população é maior no sexo masculino do que no sexo feminino, para α=0,05. O mesmo resultado estatístico foi obtido para os restantes domínios, com a exceção do domínio social (p=0,612). Em relação ao consumo de suplementos, 25,8% dos doentes com Doença Inflamatória Intestinal consomem suplementos, sendo que o suplemento mais consumido é o ferro (apenas por via oral), seguindo-se o cálcio e os multivitamínicos. A maior parte dos inquiridos tomou suplementos por aconselhamento médico. Por fim, em todos os domínios a média da qualidade de vida foi superior no grupo que não consome suplementos (n=89)relativamente ao grupo que consome (n= 31). No entanto, este resultado não é estatisticamente significativo para a população (p =0,054) para α=0,05. Conclusão: Existe perceção de boa qualidade de vida na Doença Inflamatória Intestinal, sendo superior no sexo masculino em todos os domínios, à exceção do domínio social. O consumo de suplementos não aumenta a qualidade de vida.
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Utilizaram-se dois questionários: um para avaliar o consumo de suplementos e outro para avaliar a qualidade de vida, o “Inflammatory Bowel Diasease Questionnaire”. Os questionários foram aplicados no serviço de Gastroenterologia do Hospital de Braga. Foram considerados válidos 144 questionários dos quais se selecionaram 120, após randomização. Para averiguar se existe ou não qualidade de vida na Doença Inflamatória Intestinal, aplicou-se o teste “t” à amostra (120 doentes) , comparando-se com o valor obtido com o respetivo valor das médias teóricas. Resultados: A média de idades dos 120 indivíduos foi de 40 ± 14 anos. A idade mínima observada foi de 19 anos e a máxima de 73, sendo que 61 inquiridos (50,8%) eram do sexo masculino e 59 (49,2%) do sexo feminino. Na aplicação do teste “t”, obteve-se 0,001<p<0,05 em todos os domínios analisados, o que permite concluir que a média do índice da qualidade de vida nos respetivos domínios é superior ao valor da média teórica, para um α=0,05. Aplicando o teste “t” para amostras independes, obteve-se um 0,001<p<0,05, pelo que existem evidências estatisticamente significativas para afirmar que a qualidade de vida geral na população é maior no sexo masculino do que no sexo feminino, para α=0,05. O mesmo resultado estatístico foi obtido para os restantes domínios, com a exceção do domínio social (p=0,612). Em relação ao consumo de suplementos, 25,8% dos doentes com Doença Inflamatória Intestinal consomem suplementos, sendo que o suplemento mais consumido é o ferro (apenas por via oral), seguindo-se o cálcio e os multivitamínicos. A maior parte dos inquiridos tomou suplementos por aconselhamento médico. Por fim, em todos os domínios a média da qualidade de vida foi superior no grupo que não consome suplementos (n=89)relativamente ao grupo que consome (n= 31). No entanto, este resultado não é estatisticamente significativo para a população (p =0,054) para α=0,05. Conclusão: Existe perceção de boa qualidade de vida na Doença Inflamatória Intestinal, sendo superior no sexo masculino em todos os domínios, à exceção do domínio social. O consumo de suplementos não aumenta a qualidade de vida.Introduction: Intestinal Inflammatory Disease includes Crohn's Disease and Ulcerative Colitis, which are chronic evolution diseases. The main symptoms of these diseases are diarrhea, abdominal pain, fever, and nausea which affect patients' quality of life. However, there is evidence that supplementation can help patients with the symptoms and improve quality of life. Objective: This study aimed to evaluate patients' quality of life and the consumption of supplements with inflammatory bowel disease, to correlate the impact that inflammatory bowel disease has on patients' daily life and whether the consumption of supplements affects their quality of life. Methods: This was a descriptive observational study that made use of a convenience sample. Two questionnaires were used: one to evaluate the consumption of supplements and another to evaluate the quality of life, called "Inflammatory Bowel Disease Questionnaire". Both questionnaires were applied at Braga's Hospital Gastroenterology service. A total of 144 questionnaires were completed, of which 120 were selected randomly. To determine whether or not patients with Inflammatory Bowel Disease have quality of life, the "t" test was applied to the sample, comparing it with the value of the theoretical averages. Results: The mean age of the 120 individuals was 40 ± 14 years. The minimum age observed was 19 years and the maximum age was 73. As far as gender is concerned, 61 of the interviewed (50,8%) were male and 59 (49,2%) were female. In the application of the "t" test, a value 0,001<p<0,05 was obtained in all analyzed domains, which leads to the conclusion that the average quality of life index in all domains is higher than the theoretical average value for an α = 0,05. Applying the "t" test for independent samples, we observed that 0.001<p<0.05, so there is statistically significant evidence to affirm that the general quality of life in the population is higher in males than in females for an α = 0,05. The same statistical result was obtained for the remaining domains, with the exception of the social domain (p=0,612). In relation to the consumption of supplements, 25,8% of patients with Inflammatory Bowel Disease consume supplements, with the most commonly consumed supplement being iron (oral only), followed by calcium and multivitamins. Most respondents took supplements under medical advice. Finally, in all domains, the mean quality of life was higher in the group that did not consume supplements (n = 89) than in the group they consume (n = 31). However, this result is not statistically significant for the population (p = 0,054) an α =0,05. Conclusion: Patients with Inflammatory Bowel Disease have good quality of life, which is higher in males in all domains, except in the social domain. The consumption of supplements does not affect the quality of life.Correia, PatríciaRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoLeitão, Mariana Carneiro2020-01-24T17:08:42Z2019-032019-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/15382TID:202367908porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T12:59:19Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/15382Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:35:06.491162Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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