A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/24534
Resumo: O estudo que realizámos incidiu sobre uma grande quantidade de fragmentos de terra sigillata e de cerâmica de cozinha africana que foi recolhida no decorrer da intervenção arqueológica realizada no Edifício Sede do Banco de Portugal, dirigida pelo arqueólogo Artur Rocha, na sequência da remodelação do quarteirão pombalino. Os estratos romanos consistiam em níveis de aluvião, pelo que a maioria das peças se encontrava muito rolada, tendo sido contudo possível identificar diversas categorias cerâmicas. Assim, neste trabalho estudámos a sigillata de tipo itálico, a sigillata sudgálica, a sigillata hispânica do tipo Peñaflor, a sigillata hispânica, a clara A, C e D, a sigillata hispânica tardia e a cerâmica de cozinha africana, abarcando estes materiais um longo período cronológico, desde o século I a.C. até finais do V/meados do século VI d.C. Tendo por base as formas, os fabricos e o seu enquadramento cronológico, este estudo permitiu a identificação dos padrões de consumo e de importação destas cerâmicas para a área de Lisboa, tendo sido igualmente possível comparar os dados obtidos com as informações existentes para outros sítios da área de Lisboa e do actual território português. Sendo Olisipo uma cidade com uma actividade mercantil intensa, a existência destas peças nesta zona que poderá ter sido uma área portuária da cidade, não é de estranhar, e forneceu relevante contributo para o conhecimento dos ritmos de ocupação da cidade antiga. Por outro lado, a inexistência de estruturas de época romana não terá sido um inibidor de este sítio se poder tratar de uma pequena área portuária, pois a visibilidade dos portos no registo arqueológico é muitas vezes condicionada pelas condições de conservação das suas estruturas, construídas, na maioria das vezes, em madeira.
id RCAP_07076640c61c0639964497224fdfef40
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/24534
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)Portugal. Banco de PortugalCerâmica romana - Lisboa (Portugal)Cerâmica sigillata - Lisboa (Portugal)Lisboa (Portugal) - Vestígios arqueológicos romanosEscavações arqueológicas - Lisboa (Portugal)Teses de mestrado - 2016ArqueologiaO estudo que realizámos incidiu sobre uma grande quantidade de fragmentos de terra sigillata e de cerâmica de cozinha africana que foi recolhida no decorrer da intervenção arqueológica realizada no Edifício Sede do Banco de Portugal, dirigida pelo arqueólogo Artur Rocha, na sequência da remodelação do quarteirão pombalino. Os estratos romanos consistiam em níveis de aluvião, pelo que a maioria das peças se encontrava muito rolada, tendo sido contudo possível identificar diversas categorias cerâmicas. Assim, neste trabalho estudámos a sigillata de tipo itálico, a sigillata sudgálica, a sigillata hispânica do tipo Peñaflor, a sigillata hispânica, a clara A, C e D, a sigillata hispânica tardia e a cerâmica de cozinha africana, abarcando estes materiais um longo período cronológico, desde o século I a.C. até finais do V/meados do século VI d.C. Tendo por base as formas, os fabricos e o seu enquadramento cronológico, este estudo permitiu a identificação dos padrões de consumo e de importação destas cerâmicas para a área de Lisboa, tendo sido igualmente possível comparar os dados obtidos com as informações existentes para outros sítios da área de Lisboa e do actual território português. Sendo Olisipo uma cidade com uma actividade mercantil intensa, a existência destas peças nesta zona que poderá ter sido uma área portuária da cidade, não é de estranhar, e forneceu relevante contributo para o conhecimento dos ritmos de ocupação da cidade antiga. Por outro lado, a inexistência de estruturas de época romana não terá sido um inibidor de este sítio se poder tratar de uma pequena área portuária, pois a visibilidade dos portos no registo arqueológico é muitas vezes condicionada pelas condições de conservação das suas estruturas, construídas, na maioria das vezes, em madeira.Abstract: This study focused on a significant amount of terra sigillata and African cooking ware fragments, recovered during the archaeological excavation that took place in the Edifício Sede of Banco de Portugal, conducted by Artur Rocha, following the remodeling of a block from the time of Pombal (19th century). The Roman levels consisted of alluvial levels and most of the fragments was heavily eroded. However, it was possible to identify different ceramics categories. Therefore, in this work we studied the Italian type sigillata, South Gaulish sigillata, Peñaflor type of Hispanic sigillata, Hispanic sigillata, African Red Slip A, C and D, Late Hispanic sigillata and African cooking ware, covering a long chronological period, from the first century BC to the late 5th/mid 6th century A.D. Based on the forms, fabrics and their chronological context, the present study allowed the identification of patterns of consumption and import of these ceramics to the area of Lisbon, and the comparison of the data with existing information for other sites in the Lisbon area and the Portuguese territory. Being Olisipo a city with an intense commercial activity, the existence of these ceramics in this area that may had been a port area of the city is not surprising, and provided an important contribution to the knowledge of the occupational dynamic of the ancient city. On the other hand, the absence of Roman structures might not have been an inhibitor for place to have had a small port area because the visibility of the ports in the archaeological context is often conditioned by the conservation conditions of its structures, constructed mostly in wood.Viegas, CatarinaRepositório da Universidade de LisboaSantos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos2016-08-09T10:43:15Z2016-02-012015-10-302016-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/24534TID:201100983porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:13:25Zoai:repositorio.ul.pt:10451/24534Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:41:38.345407Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
title A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
spellingShingle A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
Santos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos
Portugal. Banco de Portugal
Cerâmica romana - Lisboa (Portugal)
Cerâmica sigillata - Lisboa (Portugal)
Lisboa (Portugal) - Vestígios arqueológicos romanos
Escavações arqueológicas - Lisboa (Portugal)
Teses de mestrado - 2016
Arqueologia
title_short A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
title_full A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
title_fullStr A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
title_full_unstemmed A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
title_sort A Terra Sigillata e a cerâmica de cozinha africana do Edifício Sede do Banco de Portugal (Lisboa)
author Santos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos
author_facet Santos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Viegas, Catarina
Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Ana Beatriz Pereira Amaral dos
dc.subject.por.fl_str_mv Portugal. Banco de Portugal
Cerâmica romana - Lisboa (Portugal)
Cerâmica sigillata - Lisboa (Portugal)
Lisboa (Portugal) - Vestígios arqueológicos romanos
Escavações arqueológicas - Lisboa (Portugal)
Teses de mestrado - 2016
Arqueologia
topic Portugal. Banco de Portugal
Cerâmica romana - Lisboa (Portugal)
Cerâmica sigillata - Lisboa (Portugal)
Lisboa (Portugal) - Vestígios arqueológicos romanos
Escavações arqueológicas - Lisboa (Portugal)
Teses de mestrado - 2016
Arqueologia
description O estudo que realizámos incidiu sobre uma grande quantidade de fragmentos de terra sigillata e de cerâmica de cozinha africana que foi recolhida no decorrer da intervenção arqueológica realizada no Edifício Sede do Banco de Portugal, dirigida pelo arqueólogo Artur Rocha, na sequência da remodelação do quarteirão pombalino. Os estratos romanos consistiam em níveis de aluvião, pelo que a maioria das peças se encontrava muito rolada, tendo sido contudo possível identificar diversas categorias cerâmicas. Assim, neste trabalho estudámos a sigillata de tipo itálico, a sigillata sudgálica, a sigillata hispânica do tipo Peñaflor, a sigillata hispânica, a clara A, C e D, a sigillata hispânica tardia e a cerâmica de cozinha africana, abarcando estes materiais um longo período cronológico, desde o século I a.C. até finais do V/meados do século VI d.C. Tendo por base as formas, os fabricos e o seu enquadramento cronológico, este estudo permitiu a identificação dos padrões de consumo e de importação destas cerâmicas para a área de Lisboa, tendo sido igualmente possível comparar os dados obtidos com as informações existentes para outros sítios da área de Lisboa e do actual território português. Sendo Olisipo uma cidade com uma actividade mercantil intensa, a existência destas peças nesta zona que poderá ter sido uma área portuária da cidade, não é de estranhar, e forneceu relevante contributo para o conhecimento dos ritmos de ocupação da cidade antiga. Por outro lado, a inexistência de estruturas de época romana não terá sido um inibidor de este sítio se poder tratar de uma pequena área portuária, pois a visibilidade dos portos no registo arqueológico é muitas vezes condicionada pelas condições de conservação das suas estruturas, construídas, na maioria das vezes, em madeira.
publishDate 2015
dc.date.none.fl_str_mv 2015-10-30
2016-08-09T10:43:15Z
2016-02-01
2016-02-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/24534
TID:201100983
url http://hdl.handle.net/10451/24534
identifier_str_mv TID:201100983
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799134327818158080