Centros de trauma
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5054 |
Resumo: | Por Trauma entende-se qualquer acontecimento, acidental ou intencional, produzido por acção violenta ou não, de natureza física ou química, externa ao organismo, e que lhe cause alteração ou lesão. Apesar dos importantes avanços registados na prevenção e no tratamento das lesões traumáticas, o Trauma é considerado uma das epidemias do século XXI, sendo a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida, nos países desenvolvidos. Nas restantes faixas etárias, apenas as doenças cardiovasculares e o cancro apresentam taxas de mortalidade superiores, conduzindo a um elevado número de anos de vida potencialmente perdidos. Assim, o estudo da assistência no Trauma e a redução das taxas de mortalidade e morbilidade tornam-se uma área de particular interesse e impacto, quer na qualidade de vida dos cidadãos, quer na economia nacional, com a diminuição do número de anos de vida potencialmente perdidos. Em Portugal, os registos de trauma são tudo menos fáceis de conseguir, contudo Portugal, com uma população de cerca de 10 milhões de pessoas, lidera a lista de países europeus em termos de incidência e mortalidade por Trauma. Para tentar ajudar a perceber o que tem sido pensado e estudado para resolver esta questão, a presente revisão bibliográfica tem como objectivo analisar e compreender quais os benefícios da implementação de Sistemas de Trauma, bem como da criação de Centros de Trauma Nível I, e em que medida seria aplicável em Portugal. Para tal, foram pesquisados artigos de revisão com recurso às bases de dados Medline/Pubmed, Medscape, Emedicine, Traumaline, assim como consultada informação de livros sobre a especialidade. Como forma de melhoria na assistência ao traumatizado tem sido equacionado, aplicado e avaliado, por um lado a implementação de Sistemas de Trauma, que pressupõe a existência de vários níveis de cuidados ao traumatizado, e por outro lado a Criação de Centros de Trauma, que são hospitais devidamente equipados com recursos técnicos e humanos, capazes de fornecer uma resposta médica emergente e completa (na totalidade das fases de resposta a uma lesão traumática) a doentes traumatizados. Desta Revisão conclui-se que existe um claro e indubitável benefício, quer económico, quer técnico em criar Centros de Trauma. Também se conclui que existe uma redução da mortalidade, após a implementação de um Sistema de Trauma numa determinada população. Como resposta ao terceiro objectivo desta revisão, conclui-se que Portugal beneficiaria da aplicação das conclusões anteriores. Contudo, porque a assistência ao traumatizado não se resume aos cuidados hospitalares e porque em Portugal não existe nenhum, a implementação de um Sistema de Trauma, com a organização e estruturação claras das instituições já existentes, surge como uma medida imediata com benefício na assistência ao traumatizado no contexto nacional. |
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Assim, o estudo da assistência no Trauma e a redução das taxas de mortalidade e morbilidade tornam-se uma área de particular interesse e impacto, quer na qualidade de vida dos cidadãos, quer na economia nacional, com a diminuição do número de anos de vida potencialmente perdidos. Em Portugal, os registos de trauma são tudo menos fáceis de conseguir, contudo Portugal, com uma população de cerca de 10 milhões de pessoas, lidera a lista de países europeus em termos de incidência e mortalidade por Trauma. Para tentar ajudar a perceber o que tem sido pensado e estudado para resolver esta questão, a presente revisão bibliográfica tem como objectivo analisar e compreender quais os benefícios da implementação de Sistemas de Trauma, bem como da criação de Centros de Trauma Nível I, e em que medida seria aplicável em Portugal. Para tal, foram pesquisados artigos de revisão com recurso às bases de dados Medline/Pubmed, Medscape, Emedicine, Traumaline, assim como consultada informação de livros sobre a especialidade. Como forma de melhoria na assistência ao traumatizado tem sido equacionado, aplicado e avaliado, por um lado a implementação de Sistemas de Trauma, que pressupõe a existência de vários níveis de cuidados ao traumatizado, e por outro lado a Criação de Centros de Trauma, que são hospitais devidamente equipados com recursos técnicos e humanos, capazes de fornecer uma resposta médica emergente e completa (na totalidade das fases de resposta a uma lesão traumática) a doentes traumatizados. Desta Revisão conclui-se que existe um claro e indubitável benefício, quer económico, quer técnico em criar Centros de Trauma. Também se conclui que existe uma redução da mortalidade, após a implementação de um Sistema de Trauma numa determinada população. Como resposta ao terceiro objectivo desta revisão, conclui-se que Portugal beneficiaria da aplicação das conclusões anteriores. Contudo, porque a assistência ao traumatizado não se resume aos cuidados hospitalares e porque em Portugal não existe nenhum, a implementação de um Sistema de Trauma, com a organização e estruturação claras das instituições já existentes, surge como uma medida imediata com benefício na assistência ao traumatizado no contexto nacional.Trauma is any event, intentional or accidental, produced by violent action or not, physical or chemical nature, foreign to the body, and that causes you to change or injury. Despite significant progress made in the prevention and treatment of traumatic injuries, the trauma is considered one of the epidemics of the century, being the leading cause of death in the first four decades of life in developed countries. In the remaining age groups, only cardiovascular disease and cancer have higher mortality rates, leading to a high number of years of potential life lost. Thus, the study of trauma care in the reduction of mortality and morbidity become an area of particular interest and impact, both in the quality of life of citizens, or in the national economy, with the decrease in the number of years of potential life lost. In Portugal, the records of trauma are anything but easy to achieve, however Portugal, with a population of about 10 million people, tops the list of European countries in terms of incidence and mortality from trauma. To try to help them understand what has been thought and studied to address this issue, the present literature review aims to analyze and understand what benefits the implementation of Trauma Systems as well as the creation of Level I Trauma Centers, and would it be applicable in Portugal. To this end, a survey of review articles using the Medline / Pubmed, Medscape, Emedicine, Traumaline data as well as information found in books on art was held. As a way to improve care to the injured have been solved, implemented and evaluated on the one hand the implementation of trauma systems, which presupposes the existence of multiple levels of care to the injured, and secondly creating Trauma Centers, which are hospitals equipped with technical and human resources, able to provide a complete medical and emergent response (in all the phases of response to a traumatic injury) to traumatized patients. This review concludes that there is a clear and undoubted benefit either economic or technical in creating Trauma Centers. Also concludes that there is a reduction in mortality after implementation of a trauma system in a given population. In response to the third objective of this review, it is concluded that Portugal would benefit from the application of the above conclusions. However, because of trauma care is not limited to hospital care and because in Portugal there is none, the implementation of a trauma system, with clear organization and structuring of existing institutions, emerges as an immediate measure to benefit in assisting the traumatized in the national context.Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumReis, Nuno Cruz2018-07-13T16:10:50Z2014-07-102014-05-152014-07-10T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5054TID:201640309porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:34Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5054Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:02.953616Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Por Trauma entende-se qualquer acontecimento, acidental ou intencional, produzido por acção violenta ou não, de natureza física ou química, externa ao organismo, e que lhe cause alteração ou lesão. Apesar dos importantes avanços registados na prevenção e no tratamento das lesões traumáticas, o Trauma é considerado uma das epidemias do século XXI, sendo a principal causa de morte nas primeiras quatro décadas de vida, nos países desenvolvidos. Nas restantes faixas etárias, apenas as doenças cardiovasculares e o cancro apresentam taxas de mortalidade superiores, conduzindo a um elevado número de anos de vida potencialmente perdidos. Assim, o estudo da assistência no Trauma e a redução das taxas de mortalidade e morbilidade tornam-se uma área de particular interesse e impacto, quer na qualidade de vida dos cidadãos, quer na economia nacional, com a diminuição do número de anos de vida potencialmente perdidos. Em Portugal, os registos de trauma são tudo menos fáceis de conseguir, contudo Portugal, com uma população de cerca de 10 milhões de pessoas, lidera a lista de países europeus em termos de incidência e mortalidade por Trauma. Para tentar ajudar a perceber o que tem sido pensado e estudado para resolver esta questão, a presente revisão bibliográfica tem como objectivo analisar e compreender quais os benefícios da implementação de Sistemas de Trauma, bem como da criação de Centros de Trauma Nível I, e em que medida seria aplicável em Portugal. Para tal, foram pesquisados artigos de revisão com recurso às bases de dados Medline/Pubmed, Medscape, Emedicine, Traumaline, assim como consultada informação de livros sobre a especialidade. Como forma de melhoria na assistência ao traumatizado tem sido equacionado, aplicado e avaliado, por um lado a implementação de Sistemas de Trauma, que pressupõe a existência de vários níveis de cuidados ao traumatizado, e por outro lado a Criação de Centros de Trauma, que são hospitais devidamente equipados com recursos técnicos e humanos, capazes de fornecer uma resposta médica emergente e completa (na totalidade das fases de resposta a uma lesão traumática) a doentes traumatizados. Desta Revisão conclui-se que existe um claro e indubitável benefício, quer económico, quer técnico em criar Centros de Trauma. Também se conclui que existe uma redução da mortalidade, após a implementação de um Sistema de Trauma numa determinada população. Como resposta ao terceiro objectivo desta revisão, conclui-se que Portugal beneficiaria da aplicação das conclusões anteriores. Contudo, porque a assistência ao traumatizado não se resume aos cuidados hospitalares e porque em Portugal não existe nenhum, a implementação de um Sistema de Trauma, com a organização e estruturação claras das instituições já existentes, surge como uma medida imediata com benefício na assistência ao traumatizado no contexto nacional. |
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