Carga de Trabalho dos Enfermeiros em Cuidados Intensivos

• Autor(a) principal: Loureiro, Tiago Jorge Paiva
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://web.esenfc.pt/?url=4US3MVWZ
• topic: Enfermeiros; Carga de trabalho e Unidades de Cuidados Intensivos

A qualidade dos cuidados e a segurança dos doentes está amplamente associada a dotações seguras de enfermeiros. A mensuração da carga de trabalho em enfermagem é essencial na gestão de cuidados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI?s). A Nursing Activities Score (NAS), validada por Macedo (2017) utilizando na sua investigação UCI?s nível II, é a escala recomendada. Considerando a gravidade da pessoa internada em UCI?s de nível III, conduziu-se um estudo misto, de forma a dar resposta à questão de investigação: A NAS é uma escala adequada para a avaliação da Carga de Trabalho dos Enfermeiros numa Unidade de Cuidados Intensivos de nível III?. Apresenta como objetivos: descrever a experiência dos enfermeiros de UCI?s de nível III sobre a utilização da NAS; avaliar a carga de trabalho dos enfermeiros em UCI?s de nível III; calcular o índice de gravidade dos doentes em UCI?s de nível III; analisar a relação entre a carga de trabalho dos enfermeiros e a gravidade dos doentes em UCI?s de nível III; avaliar a utilidade da aplicação da NAS no cumprimento das dotações recomendadas pela OE em UCI?s de nível III; e descrever o rácio enfermeiro/doente observado em UCI?s de nível III, relacionando com o rácio sugerido resultante da aplicação da NAS. Foi usada uma grelha de observação numa amostra constituída por 155 doentes internados em duas UCI?s, que permitiu registar os valores de NAS e de gravidade dos doentes através do Simplified Acute Physiology Score II (SAPS II) (Le Gall et al., 1983). Participaram no estudo 90 enfermeiros dessas unidades, que responderam a um questionário. Os enfermeiros reconhecem a utilidade na NAS, mas defendem que a mesma não permite a pontuação de várias atividades desenvolvidas e propõem a sua melhoria. Relativamente aos doentes, verificou-se que, ao longo dos três mês estudados, o número de enfermeiros escalados foi sempre inferior aos sugeridos tanto pela aplicação da NAS como os recomendados pela OE, sendo a diferença mais significativa entre os escaldados e os números indicados pela OE. Verificou-se ainda, uma relação positiva entre a NAS e a gravidade dos doentes. Os resultados permitem concluir que a NAS é uma escala útil para avaliar a carga de trabalho dos enfermeiros em UCI?s de nível III, todavia seria benéfico o seu ajuste de modo a torná-la mais sensível ao contexto das UCI?s de nível III.