Aleitamento Materno: perceção da puérpera quanto ao apoio dos significativos
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10174/20935 |
Resumo: | Background: O aleitamento é um comportamento positivo pelas repercussões diretas que tem na mulher e na criança. Indiretamente há benefícios para a família e para a comunidade, reduzindo-se a degradação ambiental e melhorando-se a pegada ecológica (1). Como comportamento, necessita ser treinado e estimulado para que tenha eficácia(2). A mulher em fase puerperal decide sobre a alimentação do recém-nascido mas o apoio de figuras familiares significativas é relevante neste contexto (3, 4). Objetivo: descrever a perceção da puérpera quanto ao apoio de figuras familiares no aleitamento materno exclusivo. Metodologia: estudo descritivo, transversal de caráter quantitativo. Participaram 834 puérperas cujo parto ocorreu em três maternidades da região Alentejo (i.e. Évora n=325; 36.4%; Beja n=275; 30.8%; Portalegre n= 293; 32,8%). Idade entre 16 e os 49 anos (M=31,1; DP=5.81). A maioria teve parto normal via vaginal (n=485; 54.9%), representando as cesarianas 29.4% (n=260). Resultados: Durante o internamento pós-parto, a grande maioria das puérperas alimentou o recém-nascido apenas com leite materno (n=640; 72.3%), face a 227 (25.6%) que forneceram alimentação mista (i.e. materno e formula) ou apenas formula (n=18; 2%). O primeiro episódio de amamentação ocorreu em média aos 107 minutos (DP=259.58). Através de um teste Kruskal-Wallis observa-se que o tempo decorrido entre o nascimento e o primeiro episódio de aleitamento é significativamente mais curto nos partos por via vaginal. Relativamente às figuras familiares, a maioria das mulheres (n=843; 95,6%) refere que o marido concorda que ela realize amamentação exclusiva durante 6 meses, face a 29 (3.3%) que desconhece a opinião do marido e 10 (1.1%) cujo marido discorda. Quanto ao apoio do marido/companheiro, a grande maioria (n=838; 95.1%) espera esse apoio, em 18 (2%) casos não esperam que tal aconteça, 10 (1.1%) desconhece se vai ter apoio e em 15 casos (1.7%) o marido está longe e não terá essa possibilidade. Referindo-se à sua própria mãe, a perceção da maioria das puérperas é que esta figura familiar concorda com o aleitamento exclusivo durante 6 meses (n=777; 89.9%), face a 72 (8.3%) que desconhece a opinião de sua mãe e 15 (1.7%) cuja mãe discorda. Para 144 (16.6%) das participantes a mãe está longe. Das restantes 669 (77.3%) conta com o apoio da mãe para as dificuldades que possam surgir no aleitamento, 36 (4.2%) não esperam esse apoio e 16 (1,8%) desconhecem se tal é possível. Conclusões: nas três unidades de saúde o aleitamento materno é a forma dominante de alimentação do recém-nascido. O tempo decorrido entre o nascimento e o primeiro episódio de aleitamento é em media superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde, mas significativamente mais curto nos partos normais via vaginal. O apoio das figuras significativas, nomeadamente do marido/companheiro para o aleitamento exclusivo é relevante percentualmente, assim como o apoio da mãe. Na região a tendência para o aleitamento materno exclusivo parece ter uma visão positiva. |
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