“Deus anonymus” ou a semântica do mistério de Deus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/8697 |
Resumo: | O artigo pretende mostrar como o problema do Nome divino constitui um núcleo primordial da linguagem e gnoseologia teológica. Na verdade, a theologia clássica amadureceu a convicção comum de que nome ou conceito algum se adequa à natureza divina essencialmente anónima. A partir deste pressuposto, o teísmo helénico (medioplatónico, gnóstico e hermético) desembocou no dogma da impossibilidade ontológica de conhecer Deus (agnostos Theos). Embora não imunes ao influxo deste rigorismo gnoseológico, os Padres da Igreja reelaboraram substancialmente a semântica do mistério de Deus abrindo, a partir da “revelação do Nome”, uma dupla vertente no discurso teológico: a via afirmativa (oikonomica), e a via negativa (apofática) que salvaguarda a transcendência e possibilita uma relação pessoal com o Deus que se re-vela (Nomen). |
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“Deus anonymus” ou a semântica do mistério de DeusO artigo pretende mostrar como o problema do Nome divino constitui um núcleo primordial da linguagem e gnoseologia teológica. Na verdade, a theologia clássica amadureceu a convicção comum de que nome ou conceito algum se adequa à natureza divina essencialmente anónima. A partir deste pressuposto, o teísmo helénico (medioplatónico, gnóstico e hermético) desembocou no dogma da impossibilidade ontológica de conhecer Deus (agnostos Theos). Embora não imunes ao influxo deste rigorismo gnoseológico, os Padres da Igreja reelaboraram substancialmente a semântica do mistério de Deus abrindo, a partir da “revelação do Nome”, uma dupla vertente no discurso teológico: a via afirmativa (oikonomica), e a via negativa (apofática) que salvaguarda a transcendência e possibilita uma relação pessoal com o Deus que se re-vela (Nomen).This article seeks to show how the problem of the divine Name constitutes a primordial nucleus of language and theological gnoseology. In actual fact, classical theologia brought to maturity the common conviction that any name or concept accommodates itself to the essentially anonymous divine nature. Taking this presupposition as its starting point, Helenic theism (medioplatonic, gnostic and hermetic) emerged in the dogma of the ontological impossibility of knowing God (agnostos Theos). Though not immune to the influence of this gnoseological rigorousness, the Fathers of the Church substantially reworked the semantics of the mystery of God, opening two avenues of theological enquiry, through the ‘revelation of the Name’: the affirmative (oikonomica), and the negative (apofática) which safegards transcendence and enables a personal relationship with a God who reveals himself (Nomen).Faculdade de Teologia da Universidade Católica PortuguesaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaLamelas, Isidro Pereira2012-07-27T12:29:25Z20082008-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/8697porLAMELAS, Isidro Pereira - “Deus anonymus” ou a semântica do mistério de Deus. Didaskalia. Lisboa. ISSN 0253-1674. 38:2 (2008) 157-1820253-167410.34632/didaskalia.2008.1874info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:13:42Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/8697Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:07:54.552627Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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