Segurança da imunoterapia específica em pauta ultrarápida utilizando extractos alergénicos modificados em idade pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arêde,Cristina
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Sampaio,Graça, Borrego,Luís Miguel, Morais-Almeida,Mário
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212013000200003
Resumo: Introdução: A indução da imunoterapia específica (IE) subcutânea (SC) com extractos alergénicos convencionais, para além da sua morosidade, pode associar-se à ocorrência de reacções adversas. Recentemente foi documentada a eficácia e a segurança dos extractos modificados, como os alergóides, com a indução efectuada em pautas aceleradas. No entanto, são escassos os estudos que avaliem a sua segurança em crianças. Objectivo: Avaliar o perfil de segurança, em idade pediátrica, da IE com extractos modificados, despigmentados, polimerizados com gluteraldeído, usando uma pauta ultrarápida de 30 minutos para alcançar a manutenção. Material e métodos: Foram incluídas todas as crianças submetidas a tratamento com IE SC com extractos alergénicos modificados de ácaros ou de pólenes, com fase de indução em pauta ultrarápida, durante os últimos 5 anos. Foram registados o tipo de reacções adversas e a sua abordagem. Resultados: Foram estudadas 100 crianças (57 do género masculino) com uma média etária de 11,6 anos (5 a 18 anos, desvio padrão de 3,3), todas com rinite alérgica persistente moderada a grave, com ou sem conjuntivite alérgica, asma e eczema atópico, sensibilizadas a ácaros e/ou a pólenes. À excepção de uma criança, todas alcançaram a dose de manutenção no dia da indução, sendo de 199 o número total de injecções SC durante a pauta ultrarápida. Ocorreram 21 reacções adversas locais em 11 doentes, 11 imediatas e 10 tardias; tiveram relevância clínica 1 imediata e 4 tardias. Foram registadas reacções sistémicas em 2 casos, ambas imediatas e ligeiras. Durante a fase de manutenção foi administrado um total de 1347 injecções, tendo ocorrido 4 reacções adversas em 4 doentes, 3 locais e 1 sistémica ligeira. Conclusões: A pauta ultrarápida, sem pré -medicação, prescrita e administrada por imunoalergologistas, é uma alternativa segura para ser usada em crianças alérgicas na fase de indução da IE usando alergóides polimerizados. Na fase de manutenção comprovou-se igualmente uma elevada segurança.
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