Para uma reconstrução do processo de neolitização em Portugal.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Joaquina
Data de Publicação: 1996
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/27783
Resumo: A autora perspectiva o processo de neolitização no território português segundo um modelo de desequilíbrio demográfico-ecológico e de intensificação económica. Esse desequilíbrio ter-se-ia agravado durante o Atlântico, entre a 2ª metade do VII e meados do VI milénio cal BC, levando as comunidades do Mesolítico final do Sul de Portugal a adoptarem estratégias de intensificação económica, integrantes de uma economia de caça-recolecção-armazenamento. Essas populações, de economia proto-neolítica e com crescentes índices de sociabilidade e de sedentarização, assimilaram as primeiras inovações neolíticas, de feição mediterrânea, a partir de meados do VI milénio cal BC. O processo de difusão das primeiras formas de produção de alimentos poderá ter-se desenvolvido por osmose cultural, de acordo com as redes de contactos inter-grupais pré-existentes e o desenvolvimento interno das comunidades mesolíticas, sem recurso ao mecanismo de deslocação de populações; a exogamia teria, neste cenário, papel relevante.
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