Flores no inferno: para a construção de uma narrativa cênica a partir de histórias de mulheres que vivenciaram um relacionamento abusivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1822/66059 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Comunicação, Arte e Cultura |
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Flores no inferno: para a construção de uma narrativa cênica a partir de histórias de mulheres que vivenciaram um relacionamento abusivoArteGéneroRelacionamento abusivoViolência contra a mulherAbusive relationshipsArtGenderViolence against womenCiências Sociais::SociologiaDissertação de mestrado em Comunicação, Arte e CulturaA pesquisa desenvolvida busca trazer contribuições para ampliar o debate sobre a violência contra a mulher, tendo como foco o tema relacionamento abusivo, e também identificar de que forma esse assunto é representado na cultura e na arte popular. Tendo em vista o forte aumento da divulgação de casos de violência doméstica contra a mulher ocorrida nos últimos anos, não apenas em Portugal e Brasil, mas em todo o mundo, o presente estudo busca perceber questões relacionadas à desigualdade de gênero e as diversas formas de manifestação do fenômeno, sejam elas simbólicas ou não, que contribuem para legitimar a violência contra a mulher dentro das relações conjugais heterossexuais. De forma a cumprir esse objetivo, utilizouse de abordagem qualitativa onde foram feitas entrevistas individuais em áudio com 12 participantes, todas com mais de 18 anos, que já vivenciaram um relacionamento abusivo por dois ou mais anos. Para resguardar e proteger a privacidade, todas as participantes receberam o codinome de uma flor, em entrevistas, as então flores, puderam relatar como foi viver no inferno de um relacionamento abusivo, identificar e relatar como se dava a dinâmica das agressões emocionais, físicas, financeiras e sexuais, fazendo assim uma análise do fenômeno sob o ponto de vista da pessoa que vivenciou os episódios. As participantes também puderam expressar que já identificam etapas de uma relação abusiva e da submissão da mulher nas “histórias de amor” apresentadas na cultura popular, entre elas os filmes e a música. Como conclusão, identificou-se que as mulheres vítimas de violência doméstica conjugal não são e não se consideram mulheres submissas, infelizes, fracas e sem esclarecimento, são várias as justificações para a permanência na relação. Verificou-se também que as participantes não comentavam ou divulgavam as agressões sofridas para familiares próximos e amigos, resultado esse que fez com que diversos amigos e familiares até hoje não terem ciência das agressões ocorridas entre o casal. Por fim, almeja-se transformar esse conteúdo na concepção e na apresentação de uma narrativa cênica que aborda as relações amorosas vistas sob a ótica da mulher vitima de uma relação de submissão, usando a arte como ferramenta que propõem abrir ainda mais um debate sobre a violência doméstica contra a mulher, contribuindo com a possibilidade de reflexão e conscientização social sobre os nossos papéis acerca do fenômeno.This research aims to bring contributions to increase the debate on violence against women, having as its main theme abusive relationships, and also identify how this subject is presented in culture and popular art. The number of case of domestic violence against women in recent years has increased, not only in Portugal and Brazil, but throughout the world. This study seeks to understand issues related to gender inequality; and how this inequality manifests itself, including by legitimizing violence against women in heterosexual relationships. In order to fulfill this objective, a qualitative approach was used, where individual audio interviews were conducted with 12 participants, all over 18 years old of age, who have been in an abusive relationship for two or more years. In order to safeguard participants and protect their privacy, all participants were given a code name of a variety of flower. In interviews, the flowers reported on what it was like to live in the hell of the abusive relationship. Participants identified the dynamics of emotional, physical, financial and sexual aggression. The analyzing of phenomenon is from the point of view of the person who experienced the episodes. Participants expressed that they already identify aggression in the "love stories", including movies and music. In conclusion, it was identified that women who are victims of domestic violence are not and do not consider themselves to be submissive, unhappy, weak and illiterate, there are several justifications for staying in the relationship. The study also found that the participants did not comment or disclose the domestic violence to close relatives or friends, meaning that friends and family members of several participants are not aware of the aggression that occurred between the couple. Finally, the aim of the research is to transform this information into the conception and presentation of a theatrical performance that addresses relationships seen from the perspective of the victimized woman, using art as a tool that proposes to open a further debate about domestic violence against women, contributing to the possibility of reflection and social awareness about our roles in the phenomenon.Araújo, Emília RodriguesUniversidade do MinhoSilva, Gracieli de Jesus e20192019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/66059por202501299info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:44:21Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/66059Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:42:01.199474Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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