O impacto da resistência a antibióticos e o potencial do mar para oferecer novos compostos antimicrobianos

• Autor(a) principal: Amorim, Filipa Veiga Martinez
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.8/7837
• topic: Compostos antimicrobianos; Muco de peixe; Sêmea de arroz; Extratos; Resistência a antibióticos; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e Tecnologias

Hoje em dia a resistência global a antibióticos é um problema sério que se tem agravado ao longo dos anos, sendo que o rápido aparecimento de bactérias resistentes com a capacidade de se adaptarem aos antibióticos é um assunto de elevada preocupação. O objetivo deste trabalho prende-se com a pesquisa da atividade antimicrobiana de subprodutos de origem marinha, no concernente ao muco epidérmico de peixes de água salgada, e de água doce, no concernente à sêmea de arroz. Segundo a literatura, o muco epidérmico dos peixes apresenta uma elevada atividade antimicrobiana, contendo diversos peptídeos antimicrobianos que, conjugados à renovação constante deste muco, protege os peixes contra microrganismos patogénicos. A sêmea do arroz apresenta uma constituição elevada de peptídeos multifuncionais que reagem contra os agentes patogénicos apresentando desta forma uma atividade antimicrobiana. Considerando esta informação decidiu-se testar a capacidade antimicrobiana de ambos em bactérias obtidas numa unidade de cuidados de saúde (ambientes e utentes), onde a probabilidade destes microrganismos terem resistência a antimicrobianos é mais elevada, e ainda em bactérias padrão (Bacillus subtilis, Enterobacter sp., Enterococcus faecalis, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis). Foram assim obtidos extratos destes subprodutos de diversas espécies de peixes e de arroz, de forma a extrair proteínas, hidratos de carbono e lípidos para testar a sua capacidade antimicrobiana. Os resultados destes ensaios foram negativos, sendo que a utilização de outros solventes, um maior tempo de exposição aos mesmos, métodos de extração e testes de atividade antimicrobiana alternativos, podem ser testados na tentativa de obter melhores resultados de futuro.