Violência íntima feminina e perceção de desigualdade de género: um estudo exploratório
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/10067 |
Resumo: | A investigação sobre o fenómeno de violência nas relações íntimas (VRI) tem-se focado, quase na totalidade, nos comportamentos violentos praticados por homens. O que faz com que ainda pouco se saiba sobre os comportamentos violentos adotados pelas mulheres. A escassez de investigação sobre a VRI praticada pelas mulheres, é ainda acompanhada de uma ausência de consenso sobre os motivos que as levam a agredir os companheiros. O maior foco na violência praticada pelos homens poderá dever-se ao facto de a maioria dos investigadores olharem para este fenómeno tendo como base a organização patriarcal da sociedade. Contudo, alguns investigadores defendem que a sociedade patriarcal poderá também estar na base dos comportamentos agressivos praticados por mulheres. O presente estudo tem como principal objetivo compreender a em que medida a maior ou menor conformidade com papéis de género tradicionais pode influenciar a adoção de comportamentos violentos, por parte das mulheres. A amostra inclui 318 participantes, do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (M = 28.37, DP = 10.132, Mo = 18). Os instrumentos administrados avaliaram a perceção de desigualdade de género e de conflitos associados à mesma, a vergonha interna, as atitudes relativamente ao género e os comportamentos abusivos no contexto da relação de intimidade. Os resultados sugerem que a menor conformidade com papéis de género tradicionais está associada a uma maior perceção de ameaça ao valor próprio e à relação, face a situações de conflito que evocam papeis de género tradicionais e/ou podem representar transgressões face a estes papeis. As estratégias de desvalorização parecem ser as mais usadas em situações de desigualdade de género e dos conflitos associados. |
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Violência íntima feminina e perceção de desigualdade de género: um estudo exploratórioMESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDEPSICOLOGIAVIOLÊNCIA NAS RELAÇÕES DE INTIMIDADEIGUALDADE DE GÉNEROSDIFERENÇAS DE GÉNEROPSYCHOLOGYINTIMATE PARTNER VIOLENCEGENDER EQUALITYGENDER DIFFERENCESA investigação sobre o fenómeno de violência nas relações íntimas (VRI) tem-se focado, quase na totalidade, nos comportamentos violentos praticados por homens. O que faz com que ainda pouco se saiba sobre os comportamentos violentos adotados pelas mulheres. A escassez de investigação sobre a VRI praticada pelas mulheres, é ainda acompanhada de uma ausência de consenso sobre os motivos que as levam a agredir os companheiros. O maior foco na violência praticada pelos homens poderá dever-se ao facto de a maioria dos investigadores olharem para este fenómeno tendo como base a organização patriarcal da sociedade. Contudo, alguns investigadores defendem que a sociedade patriarcal poderá também estar na base dos comportamentos agressivos praticados por mulheres. O presente estudo tem como principal objetivo compreender a em que medida a maior ou menor conformidade com papéis de género tradicionais pode influenciar a adoção de comportamentos violentos, por parte das mulheres. A amostra inclui 318 participantes, do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (M = 28.37, DP = 10.132, Mo = 18). Os instrumentos administrados avaliaram a perceção de desigualdade de género e de conflitos associados à mesma, a vergonha interna, as atitudes relativamente ao género e os comportamentos abusivos no contexto da relação de intimidade. Os resultados sugerem que a menor conformidade com papéis de género tradicionais está associada a uma maior perceção de ameaça ao valor próprio e à relação, face a situações de conflito que evocam papeis de género tradicionais e/ou podem representar transgressões face a estes papeis. As estratégias de desvalorização parecem ser as mais usadas em situações de desigualdade de género e dos conflitos associados.Research on the phenomenon of intimate partner violence (IPV) is now almost exclusively focused on the violent behavior of men. This results in little knowledge about the violent behaviors adopted by women against their intimate partners. The scarcity of research on women's IPV is accompanied by a lack of consensus on the reasons why women abuse their partners. The greater focus on male violence may be due to the fact that most researchers look at this phenomenon based on the patriarchal organization that our society presents. However, some researchers argue that patriarchal society may be also the basis of aggressive behavior by women. The present study has as the main objective to understand how the higher or lower conformity with traditional gender roles can influence the adoption of violent behaviors, by the women. The sample included 318 female participants, age ranged by 18-64 years (M = 28.37, SD = 10.132, Mo = 18). The administered instruments evaluated the perception of gender inequality and associated conflicts, internal shame, gender attitudes, and abusive behaviors in the context of the relationship of intimacy. The main results suggest that lower compliance with traditional gender roles is associated with a greater perception of threat to self-worth and to the relationship in face of conflict that evoke gender roles and/or transgressions to traditional gender roles. Devaluation seems to be the most adopted strategy adopted in face of conflicts around gender inequality.2020-02-13T19:19:29Z2019-01-01T00:00:00Z2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10437/10067TID:202381765porCouto, Ana Isabel Ribeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-09T14:10:54Zoai:recil.ensinolusofona.pt:10437/10067Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:17:33.087304Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A investigação sobre o fenómeno de violência nas relações íntimas (VRI) tem-se focado, quase na totalidade, nos comportamentos violentos praticados por homens. O que faz com que ainda pouco se saiba sobre os comportamentos violentos adotados pelas mulheres. A escassez de investigação sobre a VRI praticada pelas mulheres, é ainda acompanhada de uma ausência de consenso sobre os motivos que as levam a agredir os companheiros. O maior foco na violência praticada pelos homens poderá dever-se ao facto de a maioria dos investigadores olharem para este fenómeno tendo como base a organização patriarcal da sociedade. Contudo, alguns investigadores defendem que a sociedade patriarcal poderá também estar na base dos comportamentos agressivos praticados por mulheres. O presente estudo tem como principal objetivo compreender a em que medida a maior ou menor conformidade com papéis de género tradicionais pode influenciar a adoção de comportamentos violentos, por parte das mulheres. A amostra inclui 318 participantes, do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos (M = 28.37, DP = 10.132, Mo = 18). Os instrumentos administrados avaliaram a perceção de desigualdade de género e de conflitos associados à mesma, a vergonha interna, as atitudes relativamente ao género e os comportamentos abusivos no contexto da relação de intimidade. Os resultados sugerem que a menor conformidade com papéis de género tradicionais está associada a uma maior perceção de ameaça ao valor próprio e à relação, face a situações de conflito que evocam papeis de género tradicionais e/ou podem representar transgressões face a estes papeis. As estratégias de desvalorização parecem ser as mais usadas em situações de desigualdade de género e dos conflitos associados. |
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