Representações filmadas da “Ásia portuguesa”: escassez e especificidades.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732022000400630 |
Resumo: | Resumo A filmografia portuguesa relativa ao Oriente português durante o Estado Novo é escassa, tardia e projeta uma retórica simplificada luso-tropicalista, que foi atualizando o mito da importância perdida de um território, outrora vasto, mas que durante a ditadura era já pequeno, impondo-se sobretudo pelo valor simbólico subjacente à sua posse. Proponho que a escassez de filmes sobre a Índia portuguesa, Timor e Macau decorre deste valor simbólico da comunidade imaginada (e território), que se projetava mais por omissão do que através da representação imagética. No entanto, com a emergência da questão de Goa e com o início da guerra colonial, o Oriente português passa a ser filmado como decorrência de um discurso luso-orientalista que pretendia, contra as evidências, sedimentar a ideia da unidade nacional “do Minho a Timor”. |
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