Bioactividade de Óleos Essenciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coca, Rui David Caeiro
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/6068
Resumo: Em todas as eras e civilizações se relatam ou registaram os efeitos benéficos do uso de plantas, não só a nível medicinal como cosmético ou até insecticida. Esse conhecimento, tem vindo a ser o ponto de partida para o estudo dos óleos essenciais dessas plantas, que são misturas complexas de 30 a 70 compostos distintos e em variadas concentrações. Dos muitos princípios activos que o óleo pode exibir, um deles começou a ganhar relevância no estudo de quase todos os óleos, a sua acção antibacteriana, tendo sido desenvolvidos vários métodos e técnicas para avaliar essa propriedade, designados de métodos screening. Desde que se estudam as propriedades antibacterianas dos óleos essenciais, constatou-se que, além de ser possível existir uma sinergia entre vários constituintes que justificam uma actividade demonstrada, também se começou a perceber que variações no meio ambiente em que as plantas se desenvolvem influenciam a constituição dos óleos produzidos por uma mesma espécie de planta. Assim, actividades demonstradas por uma planta, poderão não ser uniformes na mesma espécie, nomeadamente se têm origens geográficas diferentes. O objectivo deste trabalho visa estudar quimiotipos de óleos essenciais da espécie Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, testando as suas actividades antibacterianas frente a estirpes de interesse relevante, nomeadamente Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Os testes de screening são os mais utilizados hoje em dia, difusão por cavidades (poços) em placa de agar, efeito do vapor em placa de agar para determinação dos halos de inibição e macrodiluição em caldo para determinação de CMI’s e CMB’s. Os resultados mostram forte inibição para as estirpes Gram-positiva S. aureus (ATCC 25923) e Gram-negativa E. coli (ATCC 25922) com valores similares para os ensaios por difusão por cavidades onde se destacou o quimiotipo Dihidrocarvona. Nos ensaios por efeito vapor só os dois quimiotipos Linalol obtiveram bons resultados frente a essas estirpes. Para CMI e CMB, os melhores resultados são, pelos três quimiotipos testados, frente a S. aureus, todos na proporção de 1:64, Linalol (I) 28,15~14,06 mg/mL, Dihidrocarvona 28,43~14,21 mg/mL e para o Linalol (II) 27,18~13,59 mg/mL. Para E. coli temos CMI superiores às encontradas para S. aureus em todos os quimiotipos, Linalol (I) 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona 56,87~28,43 mg/mL e para Linalol (II) obtivemos ensaios não concordantes ([108,75~54,37] e [54,37~27,18]), sendo a variação entre 108,75 e 27,18 mg/mL, mas que provavelmente se encontrará mais perto de 54,37 mg/mL. A bactéria Gram-negativa P. aeruginosa (ATCC 27853), mostrou-se resistente nos ensaios em placa de agar para todos os quimiotipos, mas constatou-se com agrado a determinação da sua CMI, em todos os quimiotipos. Linalol (I) com uma CMI entre 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona com 227,50~113,75 mg/mL e Linalol (II) com 217,50~108,75.
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Desde que se estudam as propriedades antibacterianas dos óleos essenciais, constatou-se que, além de ser possível existir uma sinergia entre vários constituintes que justificam uma actividade demonstrada, também se começou a perceber que variações no meio ambiente em que as plantas se desenvolvem influenciam a constituição dos óleos produzidos por uma mesma espécie de planta. Assim, actividades demonstradas por uma planta, poderão não ser uniformes na mesma espécie, nomeadamente se têm origens geográficas diferentes. O objectivo deste trabalho visa estudar quimiotipos de óleos essenciais da espécie Lippia alba (Mill.) N.E. Brown, testando as suas actividades antibacterianas frente a estirpes de interesse relevante, nomeadamente Staphylococcus aureus, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa. Os testes de screening são os mais utilizados hoje em dia, difusão por cavidades (poços) em placa de agar, efeito do vapor em placa de agar para determinação dos halos de inibição e macrodiluição em caldo para determinação de CMI’s e CMB’s. Os resultados mostram forte inibição para as estirpes Gram-positiva S. aureus (ATCC 25923) e Gram-negativa E. coli (ATCC 25922) com valores similares para os ensaios por difusão por cavidades onde se destacou o quimiotipo Dihidrocarvona. Nos ensaios por efeito vapor só os dois quimiotipos Linalol obtiveram bons resultados frente a essas estirpes. Para CMI e CMB, os melhores resultados são, pelos três quimiotipos testados, frente a S. aureus, todos na proporção de 1:64, Linalol (I) 28,15~14,06 mg/mL, Dihidrocarvona 28,43~14,21 mg/mL e para o Linalol (II) 27,18~13,59 mg/mL. Para E. coli temos CMI superiores às encontradas para S. aureus em todos os quimiotipos, Linalol (I) 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona 56,87~28,43 mg/mL e para Linalol (II) obtivemos ensaios não concordantes ([108,75~54,37] e [54,37~27,18]), sendo a variação entre 108,75 e 27,18 mg/mL, mas que provavelmente se encontrará mais perto de 54,37 mg/mL. A bactéria Gram-negativa P. aeruginosa (ATCC 27853), mostrou-se resistente nos ensaios em placa de agar para todos os quimiotipos, mas constatou-se com agrado a determinação da sua CMI, em todos os quimiotipos. Linalol (I) com uma CMI entre 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona com 227,50~113,75 mg/mL e Linalol (II) com 217,50~108,75.The benefits in the use of plants have been recorded in all civilizations throughout all eras, not only as medicine but also as cosmetics or insecticides. That knowledge, propagated through generations, is now the starting point for researchers in the study of a plant essential oils, which are complex mixtures of about 30 to 70 different constituents in different concentrations. Many activities can be related to the use of essential oils, but one in particular began to gain some focus, being common to many essential oils, their antibacterial activity. There have been developed and adapted many methods and technics to determine the antibacterial activity of essential oils, which are commonly referred as screening methods. From all the years studying essential oils antibacterial activities, researchers began to understand that, not only there is a possibility of a synergistic effect between constituents of the oil which justify a specific activity, but also the surrounding environment in which the plant develops and grow can have a significant influence in the constituents of the oils produce by plants of the same species. Activities demonstrated by an oil from a specific plant, may not be verified in plants of the same species, particularly if they have different geographical origins. The objective of this work was to study the potential antibacterial activities of three chemotypes of Lippia alba (Mill.) N.E. Brown against representative bacteria, Staphylococcus aureus, Escherichia coli and Pseudomonas aeruginosa. The screening tests are the most commonly used nowadays, diffusion in cavities in agar plate and the effect of vapor on agar plate to determine inhibition halos and macrodilution to determine the MIC’s and MBC’s. The results show a strong inhibition against the Gram-positive S. aureus (ATCC 25923) and the Gram-negative E. coli (ATCC 25922), both with similar values for the difusion in cavities for all chemotypes, where the chemotype Dihidrocarvona reported the best results. In the vapor test only the Linalol chemotypes showed good results for those two strains. For the MIC and MBC's, the best results were against S. aureus, at 1:64 for all chemotypes, Linalol (I) 28,15~14,06 mg/mL, Dihidrocarvona 28,43~14,21 mg/mL and for Linalol (II) 27,18~13,59 mg/mL. The MIC for E. coli are higher than for S. aureus in all chemotypes, Linalol (I) 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona 56,87~28,43 mg/mL and for Linalol (II) were obtained two non-according intervals ([108,75~54,37] and [54,37~27,18]), indicating MIC near 54,37 mg/mL. P. aeruginosa (ATCC 27853), showed resistance in the diffusion in cavities and vapor tests, for all chemotypes, but surprisingly, able to determine MIC´s. Linalol (I) 225~112,50 mg/mL, Dihidrocarvona 227,50~113,75 mg/mL and Linalol (II) 217,50~108,75 mg/mL.Rocha, Pedro Miguel de MendonçaLópez Rodilla, Jesus MigueluBibliorumCoca, Rui David Caeiro2018-09-03T15:39:55Z2015-10-282015-10-52015-10-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/6068TID:201636786porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:44:20Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/6068Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:52.611927Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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