O quotidiano das pessoas idosas nas cidades portuguesas em tempo de pandemia. Uma abordagem à cidade amiga da pessoa idosa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques da Costa, Nuno
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Marques da Costa, Eduarda, Louro, Ana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/59515
Resumo: O envelhecimento obriga-nos a repensar as cidades como incentivo às oportunidades no quotidiano das pessoas idosas. Após o confinamento pandémico, foi aplicado um inquérito no contexto do Projeto GRAMPCITY, entre 2020 e 2021, a 403 pessoas com 65 ou mais anos de seis áreas de estudo em Portugal – Área Metropolitana de Lisboa (AML), subdividas em cidade de Lisboa, AML Norte e AML Sul, a que se juntam três cidades médias - Aveiro, Coimbra e Faro e suas áreas de influência – foram questionadas quanto às suas condições de vida, incluindo-se aqui, espaços de vida, contexto habitacional, dinâmica relacional e formas de mobilidade. Este artigo tem por objetivos 1) compreender de que forma as vivências das pessoas idosas, através das suas práticas e problemas, se alinham com o que constituem aspetos presentes na Cidade Amiga da Pessoa Idosa, especialmente em contexto de pandemia; e 2) identificar diferenciações regionais entre as áreas de estudo. Os resultados evidenciam constrangimentos a um envelhecimento de qualidade, reforçados com a pandemia, como sejam: a residência em andares cimeiros sem acesso a elevador; dificuldade em caminhar ou estacionar ou a menor existência de lojas alimentares ou espaços de convívio; e a dualidade entre o apoio prestado por familiares e vizinhança em pandemia e a diminuição das visitas aos mesmos. Evidenciou-se assim uma diferenciação regional das práticas e perceções dos inquiridos, afastando o contexto metropolitano da realidade das cidades médias, nomeadamente nas condições habitacionais, nas relações com a comunidade e no impacto que a pandemia trouxe ao quotidiano. Conclui-se que alguns dos aspetos estudados são merecedores de maior atenção para uma efetiva promoção da Cidade Amiga da Pessoa Idosa, obrigando a uma visão específica de cada território e comunidade
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spelling O quotidiano das pessoas idosas nas cidades portuguesas em tempo de pandemia. Uma abordagem à cidade amiga da pessoa idosaThe everyday life of the older people in portuguese cities during the pandemic. An age-friendly city approachLa vie quotidienne des personnes âgées dans les villes portugaises pendant la pandémie. Une approche de la ville adaptée aux personnes âgéesLa vida cotidiana de las personas mayores en las ciudades portuguesas durante la pandemiaPessoas idosasCidade amiga da pessoa idosaEnvelhecimento ativoAmbiente urbanoPercepçõesO envelhecimento obriga-nos a repensar as cidades como incentivo às oportunidades no quotidiano das pessoas idosas. Após o confinamento pandémico, foi aplicado um inquérito no contexto do Projeto GRAMPCITY, entre 2020 e 2021, a 403 pessoas com 65 ou mais anos de seis áreas de estudo em Portugal – Área Metropolitana de Lisboa (AML), subdividas em cidade de Lisboa, AML Norte e AML Sul, a que se juntam três cidades médias - Aveiro, Coimbra e Faro e suas áreas de influência – foram questionadas quanto às suas condições de vida, incluindo-se aqui, espaços de vida, contexto habitacional, dinâmica relacional e formas de mobilidade. Este artigo tem por objetivos 1) compreender de que forma as vivências das pessoas idosas, através das suas práticas e problemas, se alinham com o que constituem aspetos presentes na Cidade Amiga da Pessoa Idosa, especialmente em contexto de pandemia; e 2) identificar diferenciações regionais entre as áreas de estudo. Os resultados evidenciam constrangimentos a um envelhecimento de qualidade, reforçados com a pandemia, como sejam: a residência em andares cimeiros sem acesso a elevador; dificuldade em caminhar ou estacionar ou a menor existência de lojas alimentares ou espaços de convívio; e a dualidade entre o apoio prestado por familiares e vizinhança em pandemia e a diminuição das visitas aos mesmos. Evidenciou-se assim uma diferenciação regional das práticas e perceções dos inquiridos, afastando o contexto metropolitano da realidade das cidades médias, nomeadamente nas condições habitacionais, nas relações com a comunidade e no impacto que a pandemia trouxe ao quotidiano. Conclui-se que alguns dos aspetos estudados são merecedores de maior atenção para uma efetiva promoção da Cidade Amiga da Pessoa Idosa, obrigando a uma visão específica de cada território e comunidadeLe vieillissement nous oblige à repenser les villes comme une incitation aux opportunités dans la vie quotidienne des personnes âgées. Après le confinement pandémique, une enquête a été appliquée dans le cadre du projet GRAMPCITY, entre 2020 et 2021, à 403 personnes avec 65 ans ou plus de six zones d'études au Portugal – Área Metropolitana de Lisboa (AML), subdivisées en la ville de Lisbonne, AML Norte et AML Sul; rejoint par trois villes moyennes – Aveiro, Coimbra et Faro et ses zones d'influence –, ont été interrogés sur leurs conditions de vie, espaces de vie, contexte de logement, dynamiques relationnelles et formes de mobilité. Cet article vise à 1) comprendre comment les expériences des personnes âgées, à travers leurs pratiques et leurs problèmes, s'alignent sur ce qui constitue les aspects présents dans la Ville amie des personnes âgées, en particulier dans le contexte d'une pandémie; et 2) identifier les différences régionales entre les zones d'étude. Les résultats montrent des contraintes au vieillissement de qualité, renforcées par la pandémie, telles que: vivre aux étages supérieurs sans accès à un ascenseur; difficulté à marcher ou à se garer ou manque de magasins d'alimentation ou d'espaces sociaux; et la dualité entre le soutien fourni par les membres de la famille et les voisins en cas de pandémie et la diminution des sas visites. Ainsi, une différenciation régionale dans les pratiques et les perceptions des répondants est devenue évidente, éloignant le contexte métropolitain de la réalité des villes moyennes, notamment en termes de conditions de logement, de relations avec la communauté et d'impact de la pandémie sur la vie quotidienne. Il est conclu que certains des aspects étudiés méritent une plus grande attention pour une promotion efficace de la Ville Amie des Personnes Âgées, nécessitant une vision spécifique de chaque territoire et communauté.El envejecimiento obliga a repensar las ciudades como incentivo de oportunidades en el día a día de las personas mayores. Después del confinamiento por la pandemia, se aplicó una encuesta en el marco del Proyecto GRAMPCITY, entre 2020 y 2021, a 403 personas con 65 años o más de seis áreas de estudio en Portugal – Área Metropolitana de Lisboa (AML), subdividida en la ciudad de Lisboa, AML Norte y AML Sul; uniendo tres ciudades medianas – Aveiro, Coimbra y Faro y sus áreas de influencia –, se les preguntó sobre sus condiciones de vida, espacios de vida, contexto de vivienda, dinámicas relacionales y formas de movilidad. Este artículo tiene como objetivo 1) comprender cómo las experiencias de las personas mayores, a través de sus prácticas y problemas, se alinean con lo que constituye aspectos presentes en la Ciudad Amigable con las Personas Mayores a, especialmente en el contexto de una pandemia; y 2) identificar las diferencias regionales entre las áreas de estudio. Los resultados muestran limitaciones al envejecimiento de calidad, reforzadas por la pandemia, tales como: vivir en los pisos superiores sin acceso a un ascensor; dificultad para caminar o estacionar o la falta de tiendas de alimentos o espacios sociales; y la dualidad entre el apoyo brindado por familiares y vecinos en la pandemia y la disminución de las visitas a los mismos. Así, se hizo evidente una diferenciación regional en las prácticas y percepciones de los encuestados, distanciando el contexto metropolitano de la realidad de las ciudades medianas, es decir, en cuanto a las condiciones de vivienda, las relaciones con la comunidad y el impacto que la pandemia trajo en la vida cotidiana. Se concluye que algunos de los aspectos estudiados merecen mayor atención para una efectiva promoción de la Ciudad Amigable con los Mayores, requiriendo una visión específica de cada territorio y comunidad.Centro de Estudos Geográficos, Instituto de Geografia e Ordenamento do TerritórioRepositório da Universidade de LisboaMarques da Costa, NunoMarques da Costa, EduardaLouro, Ana2023-09-29T15:52:51Z20232023-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/59515porMarques da Costa, N., Marques da Costa, E., & Louro, A. (2023). O quotidiano das pessoas idosas nas cidades portuguesas em tempo de pandemia. Uma abordagem à cidade amiga da pessoa idosa. Finisterra, 58(123), ahead-of-print. https://doi.org/10.18055/Finis324650430-502710.18055/Finis324652182-2905info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T17:08:47Zoai:repositorio.ul.pt:10451/59515Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:09:29.649535Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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